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Política Sem Politicagem





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O tempo não para na curva, não espera ninguém...

O tempo não para na curva, não espera ninguém, ele é seu próprio Juiz e carrasco das suas sentenças quando julga alguém merecedor de algum castigo para correção das suas malfadadas crises de consciência, esse é um fato que não devemos relevar principalmente para não se ter um tempo em desacordo com os solavancos da própria estrutura que nos mantem equidistantes dos nossos conflitos e desinteresse quando a nossa vida sempre foi e será voltada para interesse das comunidades mais carentes e desejosas do se manter coerente com os preceitos pregados por J. Cristo e seus reais assestam voltados com sua extremada fé na sua crença e seus desejos mais que certos e temerosos de seu castigo e sua benção quando determinado pelas sua justa e incessante desejo dos bem aventurados irmãos e filhos na esperança de novos tempos, mesmo que esse tempo já perdure por dois milênios e cinquenta anos bem vivido por esse povo esperançoso que mantém o equilíbrio voltado para o bom tempo e o recomeço de uma nova era voltada sempre para o bem estar e a tranquilidade de sua gente.

O homem sempre busca sua lógica em cada gesto e em cada pensamento que determine sua mais audaciosa predominância por menor que seja sua marca em cada passo em direção ao seguimento da sofreguidão, sempre irá buscar sua lealdade e seu sentimento extremado na convicção da sua fé irradiada pelos raios luminosos da sua sentença, assim se espreita a atordoada água que completa sua busca na inexorável vítima de todos os seus passos perdidos em direção ao que sempre buscou e nunca encontrou. Assim se vão o homem e seu engendrado esquema de soluções para colocar em pé toda situação mirabolante e cada vez mais embrenhado nas possibilidades de um recomeço vitorioso e notadamente espetaculoso e espetacular sempre vivido pelos mais canhestros dos homens e sua vulnerabilidade ante a vitória buscada pelos sinos que sinalizam a esperança dos bem aventurados.

O destino político será determinado pelo esforço repetitivo dos menos esforçados e pela busca incessante do monótono tempo empregado na recuperação dos absurdos usados na mesmice solução dos demagogos que não usam nenhuma imaginação de sortilégios ou mesmo qualquer trabalho de sórdido trabalho que desenhe um corpo de experiência que traga resultados satisfatórios ao bom uso do emprego de palavras ponderadas na defesa do emprego de argumentos não prolixos, mas de inconfessáveis tradições dentro do bojo e cujo esforço de repetidas alianças sempre foram vistas pelos mais confessáveis admiradores do bom senso e da Justiça Social sem em nenhum momento ter se embrenhado pelos caminhos desconfortáveis da intolerável do canibalismo selvagem que sempre vem cobrar o seu preço no favorecimento nevrálgico da desenfreada carnificina sem despautério.

 

Genival Torres Dantas

Poeta e Escritor

genival_dantas@hotmail.com

 


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João Victor, Forças Armadas, Um Espanto e Tudo Como Antes

 

Tudo parecia à mesmice de uma rotina de mais uma semana como tantas outras que se passa na vida das famílias comuns num País comum, esse seria o retrato em preto em branco com uma diferença especial, o aniversário do João Victor, sobrinho, lutador, gente fina, com um diferencial, único sobrinho filho único de uma irmã única, símbolo de uma geração da grandiosa estrela Espanhola, Sara Montielnome artístico de María Antonia Alejandra Vicenta Elpidia Isidora Abad Fernández, esse seria o diferencial em família a nos lembrar dum fato relevante para todos nós e a carreira profissional daquele que sempre sonhou com a distante felicidade ainda em busca dos seus sonhos reais e o seu profundo desejo de se achar na conectividade com o sorriso largo da centelha moldada ao seu alcance e forjada na sua bendita vida prospectada em longo desejo despertado na sua louca vontade de ser e que um dia será.

Nem mesmo o próximo dia desperta as Forças Armadas já se encontrava de plantão às ruas do Rio de Janeiro como quem a intimidar os mais afoitos bandidos, delinquentes, sicários, flagicioso e tantos outros adjetivados numa mesma categoria nada convencional aos padrões da novíssima sociedade que se compraz e busca seu espelho nas manchetes de jornais mais padrão nos diários dos matutinos Internacionais descritos no linguajar mais erudito dos idiomas reconhecidamente colocados nas grandes classes e estereotipados conceitos dignos e respeitados nas requintadas dos refinados escritores em suas raízes sem paradoxo nem parâmetros. Assim correm os dias de incessantes conflitos em toda a humanidade, todos correndo contra os fatos na contramão da natureza quando naturalmente em situação normal e num tempo não muito distante tudo seria de acordo com os padrões da própria sociedade que de um momento para outro tudo virou do avesso.

Tão rápido e somos tomados como um choque, não mais compreendemos as transformações que surgiram no comportamental social, já não somos os mesmos, não temos mais a mesma confiança de antigamente, os amigos estão inconfiáveis, não respeitamos mais em quem depositávamos a confiança de sempre, a sociedade encontra-se completamente corrupta, os governos sem o menor crédito junto ao seu eleitorado descrente de tudo e de todos, não há uma esfera se Municipal,  Estadual ou mesmo que Federal, estão todos generalizados, há um verdadeiro sincronismo, todos os poderes estão podres, acabou o respeito e a dignidade dos comandantes e comandados, é preciso que se refreiem os nervos e voltem os sentimentos de credibilidade entre as pessoas.

Quem sabe um dia tudo volte ao normal, com coragem nos seres humanos, não custa nada a volta da confiança dos seres humanos, basta um pouco de justiça nas palavras e nas ações de todos nós, precisamos de mais justiça no que falamos e mostremos nos nossos gestos, é preciso mais confiança e mais lealdade em tudo aquilo que procuramos demonstrar e deixar claro para os nossos interlocutores. Não somos o que efetivamente queremos ser, as tensões podem baixar, o respeito para com os outros precisam ser reativada, filhos podem confiar nos pais e o sentido inverso pode ser verdadeiro para que possamos ter uma sociedade familiar e assim vivermos por um novo período uma família justa e de bons conceitos, é só querer.

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com

 


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Maria de todas as Santas

 

O Brasil esperou por um século, para em companha de um Papa Argentino, Francisco, foi parceiro na consagração da Santa Maria de Fátima, numa participação de um pequeno jovem cujo milagre se deu para que a Santificação de Fátima fosse realmente confirmada, depois de uma história de 100 anos e o relato de tantas coisas lindas para o registro dessas duas nações vividas num país distante do nosso continente, preciso foi que a mão de Deus interviesse de forma absolutamente inocente e cristalina, firmasse em nossos corações a Bendita sorte de sermos hoje duas Nações conscientes o bastante para continuarmos sendo independentes nas nossas atividades e serenidades, com os méritos de todos os senhores feudais, assim já fomos conhecidos em séculos passados, somos, hoje, reconhecidos pelos nossos valores e pela nossa garra independentemente de outras riquezas as quais tentaram nos atrelar para justificar tudo que somos.

Enquanto a humanidade segue freneticamente sua caminhada em direção ao tudo ou nada, cada um com suas crenças e razões de fé muitas Nações seguem em disparada ao caminho da guilhotina tentando se firmar há bastante milênios em busca de afirmações e dentre elas as mais constrangedoras possíveis, não bastando seu desgaste e sua notória força de vontade em busca dos seus intentos, quando tudo é possível, para se buscar sua glória e seu desejo reconhecido, desde que amanhã todo seu esforço seja reconduzido juntamente com seus sonhos as profecias de tantos anos seja efetivamente consagrado nos sonhos puros de tantos corações que sofreram por tantas tentativas de uma Nação de glórias e em busca de Deus.

 

Fui longamente encorajado a reconhecer todos esses fenômenos  que passaram em minha vida cujo sentido maior era a busca da loucura em Deus, não em qualquer deus, mas o Deus que me trouxesse mais temperança e consentimento da devoção desde que me fizesse feliz pelo simples

 

 

prazer de ser feliz, por isso mesmo, fui fiel ao meu Deus, continuei firme no meu caminha e no meu trabalho de luta e fidelidade aos meus princípios cristãos e éticos, para isso foi determinante minha lucidez e caráter sem me corromper diante de tantas oferendas milagrosas, jamais acreditei na farta luz que vem do fundo do poço sem uma justificativa lúcida e prioritária.

 

Assim passei a valorizar mais minha consciência e meu desejo de ver as coisas dentro de um contexto equilibrado nada que possa me tirar da serenidade, depois desse exemplo de 100 anos de todas as Marias só tenho a agradecer minha coerência de não me desgarrar por caminhos nunca dantes percorridos. Sou um brasileiro de caminhos humildes sem grandes desejos, com a esperança que minhas preces sejam atendidas na nossa luta.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


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Café com pão, bolacha não

 

Seria iníquo ou até mesmo desventrar o pecado da insensatez de rasgar o ventre para conhecer de perto a origem da vida como assim agiu o pecaminoso Calígula na sua insanidade quando se achou maior que o próprio milagre da vida, ou mesmo o próprio Nero para sentir se existia uma chama maior que a chama da sua própria vida, ele se sentia o próprio ápice da Divina Comédia e o gesto maior das atitudes de Deus, mal sabia ele que muitas criações estavam por vir num futuro próximo, tudo uma questão de fé e crendice, os últimos milênios são provas suficientes da nossa afirmativa, e a história é o testemunho da nossa fé e profecia dos crédulos que souberam acreditar com toda esperança dos bons profetas da palavra de Deus.

 

Estamos passando por um processo distante do “café com pão, bolacha não”, esse adágio, muito antigo, aliás, ainda se usa sem a mesma conotação da sua época, mas que nos lembra dum período dos mais notáveis quando a palavra era sempre usada como garantia de honradez e a qualidade dos propósitos dos homens, fundamentalmente, aqueles que faziam suas carreiras sempre agregadas a ciência das políticas e filosofia sociais, eméritas honras a quem se doava aos bons costumes entre a prevalência entre os humanos.

 

Despropositadamente, estamos saindo de uma era ainda de muita compostura e de prazos assumidos pelos tratantes e seu assecla transpôs várias discórdias e guerras entre fronteiras e longe delas, o que se busca era exatamente a força das armas recém-inventadas o que se queria era exatamente mostrar poder independentemente de justiça, a famosa força pela força, coisa bem sedimentada na proporção que anos, décadas e séculos sem passaram e o homem continuou nas suas conquistas baratas e desqualificadas, por último tivemos a ascensão do PT (partido dos trabalhadores), surgido do idealismo e sucumbido pelo próprio desejo de não ter como continuar numa luta sem alicerce e filosofia de sustentação ideológica, uma verdadeira catapulta, na sua origem, sem pé e sem cabeça, uma barafunda desorganizada querendo se impor e se manter pelo caos, única formula conhecida pelos seus idealizadores.

 

É como se o corpo estivesse desmilinguido e sem reação pelo próprio estágio da momentariedade e das consequências decorrentes da fragilidade e seus intempéries, todas decorrentes da própria crise existencial, um passo que não passa de um simples gesto ou das próprias demandas das convergentes paralelas, situação tão comum nos interlaço dos descompassos que damos diariamente, significada em cada gesto de retorno, assim era sua consciência diante da realidade da sua própria vida, era sintomático, quase como um quadro real como a perseguir suas atitudes como que a cobrar dos seus objetivos e sonhos.

 

Toda essa sensação se misturava a sua realidade, com os pensamentos voltados para a praça dos Três Poderes, em Brasília, agora com mais de 90 políticos citados na Lava Jato, e outros 200 sendo encaminhados a poderes menores para a devida justificativa para a cobrança das respectivas responsabilidades dos seus gestos irresponsáveis, crimes podem ser menores, mas sempre cobrados por quem de direito. Essa é a realidade de uma República criteriosa e que tem procurado responsabilizar todos os seus membros e patrícios, seja ele quem for, e assim será sempre.

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

Genival_dantas@hotmail.com


 

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Como seria o sonho possível
 
Certamente o sonho possível seria o contrário das nossas assertivas, o máximo das nossas ilusões, o silêncio do sino na torre da igreja, o campanário das covas rasas estrategicamente administradas pelo ideário amorfo da megalomania dos pensamentos ideológicos dos saltimbancos perambulantes que buscam nas sombras das arvores e sob as lonas costuradas dos circos caças níqueis que alimentam a fome dos menos meritórios artistas dos sertões sedentos de uma cultura mais próxima da imaginação dos que tentam criar um mundo de tantas emoções e de heróis fantásticos.
 
Com certeza sairia de nossas mentes e procurava buscar na coragem e nos corações ajuizados e na concepção dos bem aventurados a certeza das vitórias mais cristalinas e a efetiva realização dos sonhos sonhados e nunca executados pelos vaidosos de baixa resistência e de um volume astutamente acalantado no peito de um medíocre e desolado sonambulo e menoscabado da figura mais desajeitada daquele medíocre atleta de memórias curtas e de poucas agilidades nas suas armas de duelos que nunca enfrentaram seus oponentes em noites de lua cheia ou de quarto minguante, apenas vaga por sua mente os combates imaginados em seus cavalos de pau ou de cabo de vassouras sempre lutando e uniformizado pelo azul ou vermelho, sob a luz vindas dos postes ainda em madeira, a iluminar as ruas esburacadas de difícil acesso as avenidas bem conservadas e logradouros de um trato bem ao estilo de bons cidadãos que vivem em servidões de meritórios conservadores, buscando amparar sua simetria e sua educação no escopo dos seus limites.
 
Assim se faz os contornos das ações de quem bem se comporta no seu espaço e na sua limitação, fazendo se impor a sua importância e seus objetivos junto a sociedade que se comprazer com os gestos e ressonância das atitudes calcinantes bem delineados aos mais radicais dos mandatários, mesmo que ignóbil, senhor das terras e das calçadas cuja largura era sempre medida e imposta pelo seu senhor, nunca marcada pelo prefeito senhoril. Essas condutas sempre foram impostas pelas circunstancias e pela imposição dos mais abastados e sempre prevalecia a ordem dos que tinha a voz mais estridente e possuído de desejos políticos e sempre voltado para o comando das terras que tinham como mandatários os mais chegados aos reis e seus asseclas, essa sempre foi a Lei das terras sem Leis.
 
Agora a terra não tinha mais um controle central, muitas decisões eram divididas entre vontades e desejos de muitos, talvez por isso nada seguisse um ritmo convergente ao centralismo, muita coisa era modificada até mesmo antes de uma avaliação mais comedida e abalizada por quem de direito, tudo isso pesava nas decisões convenças. Por tanto, as razões de muitas desditas foram debitadas na conta dos desencontros e dos desvios de conduta, nada que se pudesse resolver de uma outra forma, por essas e outras razões o País é a terra das saracoteias, dos vícios de linguagens e de contornos discrepantes.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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Terceiro Tempo

 

Já não estamos no tempo normal de um jogo de futebol, foi decorrido mais de 90% do terceiro tempo, sem nada de definições, muitas lamúrias e reclamações de perdedores que investiram tanto tempo numa possibilidade de benefício futuro e hoje ver com muita sofreguidão a distancia que toma a realidade das normas preconizadas pelos idealizadores do projeto de reconstrução e formação dos destinos da sociedade de beneficência do Poder Público, tão garfada e menoscabada pelos políticos de tantos tempos até então.

Assim se formou o novo conceito de assistencialismo para acomodar tantas desventuras administrativas dessa área social, foi, sem dúvidas, uma atitude de quem pensava o Brasil no futuro, e com o verdadeiro valor que se dava ao trabalhador e seus dependentes, além, evidentemente, de tornar seguro o futuro dos trabalhadores do Brasil. Se todos pensassem da mesma forma que os pensadores honestos e tomassem atitudes sérias e abalizadas pelo sincretismo dos verdadeiros apoiadores da moralidade e da Justiça que tanta falta faz no contexto geral da nossa República.

O Brasil é isso, enquanto uns apanham outros ganham e assim vai se formando novos juízos políticos, colocando sempre em evidência os novos pensamentos delineados nos fundamentos Republicanos, nem sempre novos fundamentos, a grande maioria se formam de ideias rejeitadas em administrações passadas e rejeitadas pelo Congresso Nacional, entretanto, ficando nos arquivos para serem relançadas em outros momentos que as circunstancias sejam favoráveis ao seu surgimento. Nada se inova, simplesmente reaparecem para marcar sonhos e ideais de personagens vivos da história da Nação, é assim que os nomes ficam eternizados mostrando que os personagens são eternos enquanto tiverem lembranças sem lágrimas.

Caminhamos para o próximo pleito presidencial, já há uma luta de muitos recursos e de forças tentando impor pontos de vistas e fazer valer seus conceitos dentro de uma política totalmente equivocada, com ranços e traumas formados pelos vícios dos erros e das angustias que sempre permaneceram após as disputas não só nacionais, mas, principalmente e verdadeiramente regionais, quando as intrigas locais ficam mais evidentes e acirradas na hora de cobrar promessas de outros pleitos. Claro que estamos marcados pelos constantes dissabores e decepções com o que há de mais hipócrita no sociedade política que restou de tantas mentiras e desilusões, já estamos fartos de melancólicos discursos e promessas falsas, a direita política brasileira é tão responsável quanto a esquerda malévola que trabalhou como pode dentro das aberrações dos velhos caminhos irresponsáveis dos novos políticos com velhos vícios e roupas mal vestidas e de agasalhos manchados ainda com as nódoas de insensatos truques que não se aplicam mais numa República como a nossa, cheia de calos e marcas que levará muito tempo para que seja apagada da pele de todos nós.

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


 

 

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O Dossiê da Omelete

 

Sendo o óbice a corrupção da boa política devemos admitir que estivessem mais próximos da aberração jacicô, servido num jantar francês, regado ao vinho branco, para uma plateia rigorosamente reverenciada ao jica, numa menção ao saudoso Getúlio Vargas, num pleito de 2017, como que dizendo que o tempo não passou, nem mesmo atingiu outros patamares com conotações diferente dos anos 1930/45, na dúvida foi feito um omelete sem ao menos quebrar os ovos, um ceticismo formado pelos apaniguados amigos do rei e do reinado.

Quanto mais caminhamos em direção ao futuro mais nos aproximamos do passado, reconheço até que não fugimos dele, estamos na sua rota como numa calandra a desenrugar chapas por solicitação dos mais nobres cocheiros a serviço da economicidade dos vassalos trabalhadores do reino encantado e mergulhado no caldo fatídico a nos lembrar que o passado não existe mais, apenas respinga nas lembranças daquela gente que é forçada a lembrar de traumas e inconveniências imputadas pelos administradores da má fé que tentando trazer uma situação de aconchego nos presenteou com o que é de mais profano nos últimos tempos.

Assim vamos seguindo numa estrada de muitos contornos, buracos e panelas desniveladas, herança de uma fase maldita que não podemos nem mesmo desejar aos nossos maiores inimigos é uma situação realmente indesejável. Quando somos comunicados que a transposição do Rio São Francisco já chegou ao Estado da Paraíba, não devemos agradecer aos céus pelo presente dos homens, mas, temos que pedir aos Santos a proteção para que esse sortilégio não seja passageiro, junto com ele não venha os castigos de outras terras para atingir o Cariri nordestino.

Agora estamos cercados pelos levantamentos do MPF (Ministério Público Federal), o Brasil se curva as caixas das delações encaminhadas ao STF, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, constante de 320 pedidos de investigação, incluindo-se aí 83 solicitações de novos inquéritos contra políticos, dentre eles constam ex-presidentes, governadores em exercício, senadores e deputados. Essa atitude, do procurador Janot, provocou um verdadeiro terremoto em Brasília, uma verdadeira correria nos corredores dos Palácios e do Congresso Nacional. Não se pode questionar o que está sob sigilo de Justiça, entretanto, há como certeza quase 1/3 de Congressistas pelo menos citados nesse listão condenatório.

Isso implica em muitos políticos tanto da situação como da oposição comprometido com os mesmos pecados, por essas e outras razões não podemos confiar nos políticos de ontem nem os de hoje, todos se utilizam do mesmo cocho para se alimentar principalmente quando a ração é privilegiada, é exatamente essa certeza que nos deixa cada vez mais tristes, sem ao menos ter a quem confiar o presente e o futuro da Nação, estamos todos mergulhados numa profunda tristeza por não termos a quem confiar nossos destinos, só um milagre pode nos proporcionar uma sorte muito grande, se isso ocorrer, será uma grande virada em nossas vidas.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


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Canções de Carnavais
 
 
Tudo parecia um começar de carnaval, melodias carnavalescas, bêbados saindo do ritmo das músicas tocados por ritmistas amadores, bandeiras de blocos já esquecidos a cobrar foliões de outros carnavais lembrando músicas vivas apenas no memorial carnavalesco, as lembranças de outros tempos que não voltam mais. Às ruas escuras, decorados por postes ainda de madeiras com suas lâmpadas, muitas das quais, queimadas, por isso, iluminando tão pouco o solo de terra batida como a mostrar ruas de bairros distantes do Centro Comercial, tão bem cuidado com seus paralelepípedos marcando a educação de um povo com sua cultura já em outro século e moldada na nova esfera Democrática.
 
Tudo eram lampejos e fragmentos de memórias que ficaram, certamente, na memória de outrora, a nos reações dos tempos da juventude tão distante dos nossos dias atuais, quando as marcas dos tempos nos mostra o quanto fomos guerreiros e lutadores por essa pífia Democracia que se sustenta em pilastras fragmentadas pela corrosão dos truques implantados pelos demagogos que se sustentaram no poder pelos discursos falsos e recheados de hipocrisia, alimentando esperança no peito dos Democratas valorosos que sempre lutaram pela sua permanência no coração do País.
 
Nada mais heroico que um brado de luta e guerra daqueles que sempre vão ficar contra os inimigos da Nação, lutando, se preciso for até a morte, nunca fugindo do inimigo, por mais numero que seja seu número e suas armas tecnologicamente atualizadas, isso é um fator que não nos mete medo nem receio de encarar os adversários, sempre foi e será sempre assim, uma forma e hino dos que vão ficar a disposição da terra mãe.
 
Assim é o espírito dos Democratas, mesmo em ritmo de músicas carnavalescas se sentem na luta pelo solo gentil, por isso, é de se orgulhar dessa alma guerreira no mesmo tilintar, em fragmentos, a invadir nossos ouvidos, mesmo assim, seguindo à direção do forte armado pelos inimigos perversos que só se sentem encorajados sob a segurança de armadilhas implantadas por eles mesmos, sabendo-se que a luta cuja arma seja as palavras e a verdade nunca será sua defesa pessoal.
 
Assim vamos seguindo em direção aos nossos objetivos, mesmo tendo vários indícios que a morte do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, esteja sob suspensão, enquanto não houver provas contundentes de atentado, nada será feito sobre o caso, e se nada for apresentado tudo ficará por conta das chuvas e ventos da região do litoral de Paraty.
 
Agora não há mais ventos com sopros de música, apenas murmúrios de um povo cansado das lamúrias, descrentes de tudo que nos foi negado, apenas iludido, por propagandas enganosas, a nos mostrar quanto somos tolos às mãos de governantes desonestos como tivemos nos últimos 13 anos, quando, efetivamente, fomos sendo levados pela tangente de uma ilusão perdida por entre os anos seguidos e malversados pelo conjunto da obra inacabada, graças a Deus.
 
Por menor que fomos ficando, seguimos como um povo que não aceita imposições por muito tempo, a verdade vem sempre a tona, e tudo vai ficando vivamente esclarecido, como a nos mostrar como somos simplórios, nunca devotos da usurpação dos poderosos.
 
O tempo vai nos mostrar quanto somos superiores e não nos curvaremos aos caprichos dos que se sentem superiores aos nossos anseios e desejos patrióticos, por essa razão, vamos ser sempre superiores aos que querem nos limitar Democraticamente.
 
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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Elucubração Nefasta
 
 
Desde sua fundação o PT, Partido dos Trabalhadores, tem um soba a detalhar insólitos desejos de seus cupinchas, mesmo que essa prática não seja o retrato fiel da postura de um partido de esquerda, postulante à chegar ao Governo Central, mesmo que para esse objetivo, fosse necessário, como realmente foi, alia-se a setores conhecidos dentro da Igreja Católica, como progressista, com um cabeça, no início dos anos 1970, com a personificação da luta pela democratização do País, cujo papel era perfeitamente cabível no ao jovem aguerrido e líder sindical, coincidentemente, presidente do sindicato dos metalúrgicos de SBC.
 
O que mais se admirava naquela figura impoluta, pelo menos aos olhos dos seus seguidores de confrarias, era exatamente a distancia que ele, Luís Inácio Lula da Silva, mantinha da política e seus politiqueiros, intelectuais e acadêmicos. Os primeiros 20 anos do partido dos trabalhadores foi uma verdadeira guerra contra o convencional trabalho dos partidos oficiais e a própria constituição de 1988, incluindo-se nesse bojo, o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal e, erraticamente, contra a economia de mercado, tidos, para eles, verdadeiros dragões do povo e suas conquistas sociais.
E foi dentro de uma conjuntura libertária que se livrou das amarras da sua postura, sem, entretanto, conseguir seu objetivo maior que era a conquista da República, nesse momento de desejos retraídos e com o fogo e despertar dos sonhos acalantados, se joga nos braços do Orfeu maior que era o PMDB, aliado de todos os governos pós-ditadura militar, assinando a Carta ao Povo Brasileiro, denunciando dessa forma, o Balanço de Governo, surgindo dessa forma “um pacto de não agressão ao capitalismo, com política clara de opção por promover programas sociais sem o confronto ao capitalismo”.
 
O regime Democrático idealizado pelo petismo bolivariano, com reais modelos praticado na Venezuela e Cuba, nostalgia dos anos 50 do século passado, levanta-se a bandeira da Democracia controlada pelo Estado, com proibições de bancos privados, limitações de propriedades rurais, e o consequente controle da mídia, com a implantação do Fundo de Defesa da Liberdade de Imprensa, com a dotação do horário sindical gratuito na TV. Como ideário, a pregação chega aos corações e mentes dos jovens sonhadores, sem medir consequência e a extensão das suas ações para a sociedade que normalmente paga o preço bruto das consequências torpes de atitudes impensadas de grupos que buscam o poder a qualquer custo, mesmo que para essa finalidade seja preciso que a nação pague o preço da inconsequência dos pensadores que buscam apenas sua projeção na sociedade, sem ter ao seu alcance os fatos que virão com o desenrolar da tragédia que vem enrolada no manto santo da bandeira pátria.
 
Nessa elucubração nefasta que se encerrou, espero que por muitos anos, não tenhamos a desagradável retorno a situação do lugar comum da vala das distorções que vão tentar dentro de um período curto trazer de volta o poder da incompetência e da descabida corrupção que assolou por 13 anos as terras pobres do meu pobre Brasil. Sou apenas mais um que luta em defesa dos pobres sem a necessária vontade de buscar o nome dessa classe tão maltratada e usada por quem deveria buscar protegê-la, nunca usá-la em seu próprio benefício, de exploração eles já estão cansadas de serem usados e subjugados, sem nenhum retorno em contrapartida. É preciso buscar coerência e dignidade para proteger os desvalidos e acoitados, jogados no lamaçal da covardia humana.
 
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

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Extenuante Esperança
 
 
Por mais que a realidade nos alimente de desesperanças somos obrigados a nos mantermos verdadeiramente esperançosos, mesmo que a evidência não nos apeteça desse desejo tão pisco na atual conjuntura, mormente aos mais idealistas e fartos de informações alvissareiras e de mananciais compostos de certezas plenas.
 
Sou um dos muitos brasileiros que não joga a toalha muito fácil, primeiro me lanço à luta e mesmo perdendo várias batalhas não me darei por vencido, quem se entrega fácil não devia se lançar a desafios e pelejas de longo tempo, realmente, a esperança, muito embora de espantoso desafio, tenha suas mirabolantes insinuações de devastação completa, remetendo o ser humano de pouca fé ao solo causticante, verdadeiro inferno exposto ao sol escaldante.
 
Desafia-nos os mais diferentes dilemas que temos que enfrentar doravante, durante o Governo provisório de Michel Temer, tudo favorece ao seu desânimo, não bastasse os problemas relacionados ao setor econômico e político, agora surgem mais crises na segurança pública, com 60 presos em Manaus, mortos e a grande maioria decapitada por facções contrárias e decididas ao extermínio dos seus contrários, é claro e evidente que Michel Temer não tem nada a ver com situações de naipes congênitas e de obstrução as suas conveniências.
 
São de fato situações desse tipo que as coisas se misturam e leva o povo de uma nação a tentar interpretar como tempos de desgoverno, principalmente no Governo Central, mesmo tendo numa República, deveres bem específicos e distribuídos entre governo municipal, Estadual e Federal, na hora da inconveniência debita-se tudo na conta de quem está por baixo, claro que o Governo Federal é o que mais se aproxima, na atualidade, de grande sacrifício, mesmo estando todos os poderes nivelados por baixo, negativo e escantilhado, não se dando nenhuma chance de defesa a quem se encontra nessa incomoda posição.
 
Até a hora de fecharmos o 4º trimestre de 2016 muita coisa vai acontecer, com números mais negativos, insinuações de extrema dificuldades para a sociedade mais necessitada, numa educação perdida no meio da incompetência administrativa, uma saúde pública tentando se equilibrar nas pernas bambas do artista bêbado e inexperiente, dentro de uma sociedade acostumada a viver das benesses do dinheiro público, sem nenhuma contrapartida como retorno.
 
Assim vivemos numa luta desigual, os recursos recolhidos aos cofres públicos hoje são insuficientes para fazer frente aos custos reais de uma nação quebrada e deficitária, graças aos muitos acordos para manter o País sub judicie, de um partido tido como quadrilheiro, sem escrúpulos ou com resquícios de competência.
 
Esse é o País passado a limpo pelos olhos de um Democrata sem paixões ou tendencioso, que olha a Nação com o livre pensar, para tanto é só pensar, e ver o que nos levou até o epílogo em que nos encontramos, cujos escritores da peça jogaram as canetas fora e tentam de alguma forma encontrar um caminho que os traga de volta ao centro do Poder Central, o que seria uma fatalidade brutal para um País que sente o desejo de retornar a sua vida normal.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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Renascendo as Esperanças

 

 

Nasce um novo dia, com ele a esperança de um País voltar a resplandecer na face de cada habitante, é hora de voltar o pensamento para o futuro onde está plantado todo nosso desejo e toda nossa vontade que todo nosso passado tenha ficado aterrado com nossos dissabores e desarmonias nas pelejas do ano de 2016. Há um certo entendimento intrinsicamente aparentado no semblante de todos nós, não temos mais tempo de acharmos, no mundo do achismo, que ainda nos resta esperanças de continuar tentando novas chances e possibilidades de chances em cada gesto dos nossos gestores, estamos numa nova fase, com ela, a certeza se apresenta como não há mais tempo de continuarmos apostando em chances como se estivéssemos na mesa de um cassino apostando a nossa própria sorte.

 

Já somos velhos marinheiros de um mar adverso, com ondas tentando virar barcos e velas estranhas ao seu mundo marítimo, a travessia vai continuar tensa e perigosa, não há como retornarmos ao local de partida, ainda bem que conseguimos zarpar e continuarmos navegando em direção ao nosso objetivo, as adversidades  virão na proporção que o tempo for passado e continuarmos a acertar nosso intento, os adversários não nos darão trégua, seremos massacrados pelos mais vorazes, sem pena nem dó, a intensão dos revoltados e queixosos é de nos derrotar antes da nossa vitória, ela representa a maior derrota deles, nosso sucesso será uma afronta aos seus ideais, enquanto não chegarmos em terra firme com todos os nossos propósitos em direção as suas assertivas não teremos paz nem sossego, muitas bandeiras serão levantadas contra nós, temos que sermos superiores e acima de tudo implacáveis com as nossas teses e compromissos.

O que mais nos conforta e nos dar esperanças é sabermos que estamos certos nas nossas teses, temos apenas de não fraquejar e continuarmos a marcha da salvação nacional, domos todos frutos de uma mesma árvore que foi por longo tempo ferida de morte na tentativa de deixa-la infértil e totalmente sem folhas, depenada para morrer depenada a beira de uma estrada distante de qualquer socorro ou ajuda. Entretanto, o tempo nos favoreceu e os números nos mostraram que ainda tínhamos um resto de esperança a nosso favor, agora é contar com a sorte de não errarmos na nossa jornada, para tanto, se faz necessário que os nossos atuais dirigentes acreditem nos seus propósitos e recuperem o tempo perdido com os entraves decorrentes dos desacertos do governo anterior, que além de fazer mazelas e ações banais, ainda se julgam no direito de tentar tirar do poder quem tenta arrumar a casa, apesar de toda fraqueza gerencial que ainda se apresenta no comando geral.

 

É hora de unirmos esforços e procurarmos juntar os cacos que nos sobraram dessa administração perversa que herdamos do causídico PT, lembrarmos que é um novo ano de esperança, já fomos jogados ao chão, não temos como cair mais, agora é recomeçarmos tudo novamente, acreditando piamente nos nossos esforços e consequentemente no nosso sucesso, precisamos tirar o País dessa vala infecta que nos atiraram, pedindo clemência para os nossos adversários, mais do que isso, que o nosso trabalho não seja desmerecido aos olhos de Deus, que tenhamos um ano de muita paz e  merecido sucesso.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


 

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Natal do desabafo

 

Quantos natais se passaram, quantas lembranças tristes e boas, em cada canto do País uma história ouvida e interpretada de acordo com nossas emoções e em sintonia com nossos ideais, somos todos momentos, respondemos por nossas inspirações e nos lançamos contra tudo aquilo que vem de encontro aos desejos e sonhos acalantados, muito mais latente na idade da senilidade, dessa forma, e de conformidade com nossos brios vamos lutando em defesa das nossas teses e de conformidade com nossos conhecimentos.

Hoje fazemos parte de uma comunidade triste e vivendo de sobressaltos indigestos, não temos nenhuma certeza do que virá pela frente, temos uma economia em estado letárgico, tentando uma recuperação lentamente, com parcos 0,8% de estado positivo para o próximo ano de 2017, número insignificante ante o que já representamos na economia mundial, em síntese, perderam o respeito pela nossa capacidade de recuperação, principalmente, depois das precárias ações do nosso Governo Central, caminhando em passos de tartaruga anêmica, debilitada e sem coragem para reação.

Nossas famílias encontram-se em pontos diferentes na geografia federal, pais muitas vezes desajustados e separados, quando muito alojados num mesmo ambiente por absoluta falta de recursos para caminharem separadamente, se suportam num mesmo teto amenizando a sofrência das dores diárias, filhos, quando adultos, ou mesmo adolescentes, procurando espaço de trabalho, em Estados diferentes, tendo que se sujeitar, pela maioria das vezes, de parentes indesejados da sua presença, acumulando mais despesas à sua ração já tão minguada.

Quando os sinos tocam ao chamamento para homenagem ao Jesus Cristo, muitos, e não são poucos, não atendem o badalar pela clareza que ele tem de sua real situação vexatória não tendo ao menos uma roupa decente que possa vestir numa hora dessa, com vergonha se recolhe ao seu leito frio e tristonho, esperando dormir mais cedo para que sua fome não lhe atormente tanto, muito mais que o dissabor de não ter como dar uma simples lembrança a sua amada parceira e amiga.

Assim é o brasileiro de 2016, sem emprego e nem mesmo perspectivas, tentando esconder dos outros a sua tragédia pessoal, morrendo de vergonha da sua incompetência, quando na realidade não é sua, mas, de administrados irresponsáveis e corrupto, levando para o brejo toda Nação brasileira, mesmo brejo da manjedoura do Menino Jesus.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


 

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Longas noites de verão
 
 
Finalmente a Primavera chega ao seu final com suas flores e temperaturas amenas, em todo Território Nacional uma saudade imensa começa a chegar e invadir o peito dos mais nostálgicos e românticos, afinal, é a despedida da mais sensível das Estações; é chegada a hora de começarmos a trocar o guarda roupa, tirando de circulação as roupas mais quentes e usando as de texturas leves e poros mais largos, com passagem de ventos mais suaves, permitindo a temperatura ambiente mais amena, com um toque sutil de permissão e de boas vindas.
 
Assim como na temperatura ambiente no âmbito do social muda-se de Estação, entretanto, mantem-se a temperatura mais alta, com uma contemporização, é chegada o momento do recesso, supõe-se que, na política, há certo pacto por conta dessas férias constitucionais e muitos políticos passam a ter um fôlego menos dramático e um pouco mais longo, sem as vicissitudes das próprias Estações. O bafo do Verão já é sentido no vento norte, com a se anunciar prontamente, como quem a dizer salve-se quem puder, é a imponência dos 25% do tempo que cabe e lhe é de direito.
 
É uma pena que por conta das férias escolares e o recesso parlamentar e a paralisação das fábricas maiores, não há encomendas que justifiquem produção extra, opera-se com 80% da capacidade industrial, portanto, temos 20% de ociosidade, é de se imaginar, sem regra de três simples, o mercado deve absorver na mesma proporção de 20% da mão de obra disponível no mercado sem alterar o quadro positivo, verdadeiramente dito, apenas repondo números reais do mercado acompanhado pelos índices oficiais, além do oficioso que muitas vezes retratam uma realidade mais próxima dos limites, se constituindo dessa forma num prenúncio de tragédia anunciada, pois, ela não usa máscaras nem subterfúgios para esconder números ou mesmo dados, numa operação tapa buraco, por isso mais confiável, tomando-se por precaução as fontes de manipulação dos dados.
 
Quem conhece o mercado de São Paulo, principalmente a área atacadista/varejista da 25 de Março, da Capital paulistano, sabe muito bem do termômetro que é aquele setor que abastece praticamente muitos Estados do Brasil, pela diversificação de estoque e a razoabilidade em termos de custos e benefícios.
 
Lamentamos que não há uma corrida às compras, havendo ofertas de liquidação bem antes do Natal, isso significa que o mercado está vendedor e não comprador, é bem provável que as dificuldades para pagamentos às indústrias sejam mais lentamente que os previstos, em decorrência, é claro, da rotatividade dos estoques naqueles clientes que se dispuseram a acreditar numa tomada do mercado após a entrada dos bilhões que envolveram o 13º salário e as festas do final de ano.
 
Porém, ninguém contava com o agravamento das crises, maiormente nos Estados limítrofes e outros mais próximos ao Estado de São Paulo, o que é de se lamentar, é que essa situação de penúria também está exposta na maioria dos Estados brasileiros, por conta de uma situação política desgovernada e por muitas vezes por absoluta falta de responsabilidade de seus gestores, usando a tática do Governo Central anterior, gastando muito mais do que tinha disponível em caixa e as previsões de recebimentos no curto e médio prazo, levando a essa sangria desatada, com parcas possibilidades de ajustes até mesmo no médio e longo prazo.
 
Para contas a pagar e ajustes nas contas a receber não há registro nos anais da história política mundial capaz de nos confortar, nunca houve milagres, nem mesmo a figura lendária do Papai Noel foi interceptor ou protagonista de qualquer evento nessa direção, é de se supor que teremos um final de ano de noites longas de muito calor, tais quais as noites de verão.
 
É melhor dançarmos uma valsa num azulejo de 20x20, com passos contidos e equilibrados, sem alongamentos das pernas e baços, com as mãos fechados e dentro delas as da parceira, evitando-se, dessa forma, mais apertos e desacertos para o começo do próximo ano. Que assim seja.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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Conciliação e Prudência
 
As intempéries provocadas pelas distorções e precipitações das nossas divergências e díspares seguem de uma forma truculenta e sem nenhum resquício de conformidade dentro dos próximos tempos, principalmente após as rusgas apresentadas nos meios dos comandos da Nação, mormente entre o Judiciário e o Poder Legislativo, numa posição de mostrar poderes superiores ficam adormecidos em berços esplêndidos, sem provar nada a ninguém, numa sorrateira linguagem de obelisco erigida aos ventos dos mares de no mínimo 1000 Km de distancia da base da ostentação.
 
Seguimos destoante e distante daquilo que imaginávamos em busca do tempo perdido e com base em propostas honestas e compostas de adjetivos substantivados no mais absoluto termo de prevalência justiça e transparência sem opacidade. O que estamos conseguindo montar em termos de trabalho em prol dos objetivos traçados anterior ao poder assumido está muito distanciado ou nada foi produzido de real, considerando o tempo inicial, com quase 07 meses, e o prazo decorrido com todas suas dificuldades e pressões, falta-nos objetividade e foco determinado pelas necessidades prementes e o que temos efetivamente feito.
 
Há uma verdadeira leniência na execução das tarefas, talvez a necessidade de não errarmos tanto nos tenha levado nessa cadência desacelerada, mas, não é um ritmo aceito pela necessidade dos mais aflitos que sentem o tempo passar com mais velocidade, impactando de forma negativa seus prazos e condições Sine qua non para resolução das suas muitas pendencias abertas tal qual feridas a sangrar sem uma solução asséptica, trazendo soluções, mesmo que paliativas aos corpos cansados de tantas debilidades provocadas pela completa ausência de cuidados e acuidades por quem de direitos.
 
Hoje temos um Brasil pendurado nos asfaltos que remendam ruas, vilas e vielas, numa linguagem sul real, longe das favelas com seus barracos embandeirados como a rimar amor e dor na complexa linguagem da poesia urbana a nos remeter às batidas febris dos corações que faziam a vida nos locais longevos, nos mostrando que o dinheiro favorece o luxo, mas, não traduz condição de vida longa. Temos visto por onde andamos que a substituição da poeira da terra batida, das ruas das periferias urbanas, pelo barulho das sandálias se arrastando nos paralelepípedos aquecidos pelo sol escaldante, só nos traz saudades dos tempos não muito distantes, da nossa infância nunca esquecida a correr entre a rua estreita e do sol segmentado, indo ao encontro do bairro dos Pereiros, na busca do nosso futuro.
 
Quanto mais eu tento buscar nos tempos atuais imagens mais amenas, que me traga menos sofrencia e mais esperança nos nossos contemporâneos somo levados pelo sopro dos ventos, como quem canalizados em direção à infinita diferença, não sabendo, portanto, que caminhos seguir, que rumos tomar.
 
Somos sacudidos por uma administração ruim, permanecidos por longos e indesejados 13 anos de profunda incompetência, estamos mergulhados no governo subsequente numa sensação de uma temperatura morna, o morno não é considerado pelos deuses, visto que se trata de algo nada definido nem esperado; não temos mais tempo dessas amenidades, ou o governo se faz presente com ação e determinação, ou já se faz necessário levantar acampamento e deixar que outros possam se prontificar a, pelo menos, tentar fazer essa travessia, mas que seja uma travessia numa ponte, não precisa ser para o futuro, mas, que não seja uma pinguela a não nos levar a lugar nenhum, estamos absolutamente cansados dessa cantilena.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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Banalidades dos Podres Poderes
 
 
Insólito é ver o atual estágio político em que nos encontramos e verificar nos anais da história da República brasileira que não há parâmetros para medirmos a gravidade reais dos fatos a que fomos submetidas. Não há precedente para nos basearmos e começarmos a discutir a extensão e as peculiaridades relativas a profundidade das mazelas que nos submeteram durante todo o decorrer do governo populista e enfadonho do petismo aloprado e desgovernado que praticaram por 13 longos anos de tortura cultural, alicerçado em manobras dilacerantes e de práticas estritamente esdrúxulas direcionado unicamente a prática do corporativismo de quinta.
 
Muito nos assustam os podres poderes que nos regem, o pior da conta do vigário é que dois dos quais foram eleitos pela nossa consciência falha e hipócrita, o terceiro constituído pelos nossos favoritos e colocado com toda pompa para concertar os desacertos seculares que impregnam salas e corredores dos Palácios da Corte. Essa é nossa história, a qual faz seus momentos de escuros descaminhos e perdulários viajantes nos caminhos da devastada Pátria mal amada e desconstruída por quem deveria amá-la em toda sua plenitude e meiguice.
 
Já fomos à terra dos sonhos e do futuro, hoje representamos o passado que sempre acreditou e nunca buscou o que se esperava para que a esperança se concretizasse nos futuros dias, mesmo que longínquos, porém sonhados e esperados, o amanhã foi sempre postergado de forma absolutamente irresponsável por quem deveria está construindo suas escadas e estradas até atingirmos sua plenitude, mesmo com fraturas expostas e vozes roucas a ecoar nos planaltos e sertões dessa extensa terra seca e de agonia triste e de mazelas contínuas sem a menor dó do sertanejo sofrido e afetado pelas tragédias resultantes da nossa sina.
 
Sonhar já foi preciso para amenizar o pesado fardo que carregamos às costas com todo peso das incertezas e mazelas a nos fragilizar, em vida tivermos, não nos respeitam na infância e juventude, não nos poupam na nossa mocidade quando temos toda vitalidade para reagirmos e fortalecermos nosso futuro, piora a situação em nossa velhice quando tentam abreviar nosso tempo com restrições e salários da fome, numa tentativa de fortalecer o Cofre da Nação e submeter nosso futuro aos caprichos dos gestores cercados por atos e gestos indigestos e indiferentes aos seres humanos, uma tentativa real é manter um projeto político em evidência, buscando, tão somente, o privilégio dos seus cúmplices e partidários.
 
O que nos deixa na perplexidade é a exaustão da recorrência, não existe um só ato de complacência nem de amor ao já exaurido sênior, que, cansado da sua luta e no final da sua vida é submetido aos mais diversos calvários, inacreditavelmente essa era uma tônica do Governo anterior, e está sendo adaptado pelo atual, com requintes de crueldade, como a empregar toda dureza de um coração machucado com tendências a uma vingança maligna e inescrupulosa.
 
Confesso, não esperava esse tipo de atitude por quem se vangloriava do seu espírito Republicano e praticante da Democracia plena e absoluta, devoto e de profundas juras de amor ao comportamento sábio das práticas humanitárias, tudo que vimos até hoje não passou de uma oportunidade barata de conseguir o poder e dele se apropriar custe o que custar, essa é mais uma decepção que carregaremos até o final dos meus dias. Que assim seja, infelizmente!
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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Estranhos caminhos do desmoronamento
 
 
O Brasil desde o início, “ab initio”, tem seus sobas e cupinchas agregados ao histórico conceito agregador e desagregador em todos os segmentos sociais. Nos últimos dias fomos devastados por insólitos ventos, vindos de todas as direções e nos atingindo de forma absolutamente indiscriminado, cuja tentativa era só, e continua sendo, a de desfazer a construção secular das nossas estruturas marais, infelizmente edificadas em alicerces num deserto de areias movediças e sem uma argamassa confiável, cujos operários, em toda sua trajetória, vem pincelando por nódoas malfazejas, deixando impregnados, todas suas paredes e revestimentos, de uma acidez insuportável, e que vem sendo eternizado na proporção em que o tempo passa e não encontramos desvios ou variantes para alcançarmos um destino para uma conduta mais amena e menos indigesta para a posteridade.
 
Para contextualizar o nosso raciocínio, no meio dessa avalanche de intempéries, quando o Legislativo Federal foi atingido pela deposição do Presidente da Câmara Federal, o Deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), na sequência, exatamente na data de ontem (05), o Presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Senador Renan Calheiros (PMDB/AL), foi afastado do seu cargo na mesa, pelo Ministro do STF, Marco Aurélio Mello, em decisão liminar, podendo, portanto, ser recorrido pelo réu, Renan Calheiros. Depois de um período marcado pelos atropelos na Câmara Federal, temos agora uma situação de difícil solução, até fevereiro do próximo ano quando dar-se-á as eleições para a mesa do Senado, ficando aquela Casa sob a responsabilidade de um membro do Partido dos Trabalhadores, no caso, o Vice-Presidente, Senador Jorge Viana (PT/AC), coincidentemente, da vez anterior que o Renan Calheiros teve que renunciar ao mesmo cargo de presidente da casa, nove anos atrás, o Senado tinha como vice presidente o Senador Tão Viana (PT/AC), irmão do atual vice presidente.
 
Essa exposição não vem sinalizar ao Governo Federal dificuldades na sua caminhada em direção as reformas desejadas, muito embora o Senador Jorge Viana seja opositor ao governo atual, trata-se de um petista bastante ponderado, não se comportando como inimigo da situação, apesar das diferenças impostas pela própria ideologia em prática. É de se esperar um momento de mais dificuldade para o Presidente Michel Temer, sem, entretanto, ser a pedra no caminho da sua gestão, é pelo menos o que o bom senso espera dessa dramática situação imposta pelas maledicências e defecções políticas em que estamos submetidos.
 
Com o reconhecimento de alguns Governos Estaduais, notadamente o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e o hoje humilde, Governo Mineiro, anunciando e encontrando reais dificuldades para resolver os problemas financeiros que envolvem todas suas Secretarias e compromissos financeiros que vivem abaladas pela escassez de recursos para honrar com pontualidade a imensa pauta de pendencias junto a fornecedores, bancos e mesmo funcionários que começam a desacreditar num Natal menos dramático, a crise efetivamente começa a acenar com a possibilidade de faltar recursos para o compromisso da folha de pagamento de dezembro e os valores correspondentes ao 13º, tão esperado para essa época do ano com enormes despesas que se acrescentam com a improrrogável festa dos valores agregados a nossa cultura tão pobre de lembranças.
 
Ainda bem que a tragédia que envolveu a equipe da Chapecoense foi superada pelo espírito humanitário do Povo Colombiano, num gesto de singular atitude, houve por bem eleger a Chapecoense como Campeã do torneio continental. Desse gesto a Chapecoense foi beneficiada com um prêmio correspondente ao valor de U$2 mi, ficando a CBF de agraciar com mais R$5 mi, além de empréstimos de empresários da cidade de Chapecó, correspondente a R$30 mi, o que faria o clube arcar com as despesas concernentes aos jogadores e demais funcionários, além, é claro, de recomeçar com um novo time de futebol. Nesse aspecto, tivemos sorte de termos um time esportivo muito bem administrado, diferentemente do que ocorre na nossa administração pública que se encontra completamente falida e sem crédito para se erguer.
 
Voltando ao campo político, a decisão tomada pela mesa do Senado Federal de não aceitar a ação do STF, ficando de aguardar a decisão do plenário daquele Poder, que se dará (07), próximo, espero que essa atitude do Senado não seja intempestiva e transforme o fato numa situação de difícil contorno. Não estamos em condições de nossos poderes ficarem peitando determinações, precisamos manter cautela e bom senso.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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Governo em queda
 
 
Com a prisão de dois ex-governadores do Rio de Janeiro, Antônio Garotinho (PR) e Sergio Cabral (PMDB), acompanhado de duas demissões de dois ministros do Governo Federal, o Ministro da Cultura, Marcelo Colero, e o Ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, vão transformando o Governo Michel Temer numa sequência desanimadora de fatos cruciantes para a manutenção do atual governo, que continua a promover graves sintomas de desajustes no núcleo administrativo, no total já são seis ministros demitidos ou demissionários, não favorecendo a estabilidade Política e Jurídica, anseio de toda comunidade que precisa de calma e ambiente de governabilidade concreta.
 
O que, efetivamente, temos é uma clara boa intensão da equipe do Governo Federal tentando colocar ordem na casa, mas, com desajustes terríveis, com bate cabeças e tentativas de se imporem sem ao menos se importarem com os resultados negativos quando extrapolados os limites de cada ministério ao conjunto da obra, ainda, inacabada.
Infelizmente, o episódio que envolveu os dois ministros demissionários, do Governo Temer, foi um balde de gasolina na fogueira que já ardia com a prisão dos governados presos, mesmo o assunto não tenha nada relacionado com atual administração federal, todo e qualquer fato relacionado a política brasileira canaliza resultados positivos e negativos diretamente ao Governo Central.
 
Estamos sendo cercados por um clima de completa instabilidade emocional, com resultados ruins na área econômica, pífios avanços nos controles das contas, pendentes pela aprovação da PEC 55/2016, primeiro passo importante para a efetiva política de controles de todas as demais políticas a serem implementadas para o sucesso ou não do atual governo. É público e notório que o Presidente Michel Temer é um hábil articulador, com extensa folha de serviços prestados à política, mas, o teste no Executivo está sendo uma carga pesada, mesmo sendo ele, o Presidente, portador de uma conduta, até agora, impoluta.
 
A renuncia do ex-ministro Geddel Vieira chegou com um atraso razoavelmente fora do tempo, não havia necessidade de tentar segurar o ministro no cargo sabendo-se que a sua permanência era ruim, mesmo perverso, aos interesses nacionais, diante de todo o constrangimento pela fratura exposta na declaração à Polícia Federal, pelo outro Ministro demissionário, Marcelo Colero, era de se imaginar que imediatamente as publicações, Geddel Vieira seria sumariamente demitido. Esse estágio de maturação entre um fato consumado e uma providencia tomada é literalmente conectado as normas e procedimentos do Governo Petista, anterior ao atual.
 
Essas coincidências muito nos entristecem, é uma prova inconteste que os nomes mudaram, entretanto, as políticas administrativas continuam no mesmo diapasão, levando-nos a crer que toda esperança que tínhamos no novo governo começa a se transformar em desesperança e ilusão. Não estamos sentido uma atmosfera de melhoras no quadro geral da política nacional. Sabíamos das dificuldades iniciais que o Governo Temer ia ter, porém, essa patinação no entorno dos problemas sem uma solução aparente não era o esperado, confesso, a decepção já começa a surgir no peito de cada um de nós. Não vamos esmorecer, mas, se não houver uma ação imediata, tentando controlar o estado de penúria em que nos encontramos, fatalmente, tenho que reconhecer que demos um tiro no pé.
 
A prática de velhas políticas oligárquicas com condescendências aos apadrinhados do sistema só contribui para a demolição do governo na proporção que a população não suporta mais tantos desmandos praticados por representantes políticos que se aproveitam de seus cargos ou sua proximidade com eles na defesa de seus interesses pessoais, caso específico do ex-ministro Geddel Vieira Lima, na tentativa de usar sua posição de destaque no governo para pressionar um colega, no mesmo nível, uma ação no mínimo traiçoeira e descabida. Todos que tentaram segurar o ex-ministro no cargo se lambuzaram na lama da hipocrisia e deviam sofrer reprimendas do Governo Central, entretanto, em decorrência do momento de crise esse mesmo Governo não tem capacidade moral de fazer um enfrentamento junto aos seus apoiadores.
 
Depois do trauma político que sofremos com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, decorrido em função da crise econômica e a conivência do seu governo com a corrupção instalada no seu núcleo, o povo só espera que o Governo Temer não seja um governo de compadrios, ou mesmo um governo de amigos, assim como se reporta o ex-ministro demissionário; é de se esperar que, o novo governo, seja comprometido com a luta implacável e, principalmente, com a decência e superação da crise no Brasil de tanta sofreguidão.
 
A mudança de sentimento só será revertida se tivermos ações produtivas e determinantes, com a força da coragem e do determinismo, será preciso muito mais, bem mais do que temos visto e sentido, não adiante paliativos e tentar apenas negociar no atacado, o problema é grave, o varejo exige muito mais que predicados de bom senso. Estamos alimentando o arsenal dos opositores que querem o pior, quanto pior melhor, se isso ocorrer vai perder uma grande oportunidade de tentarmos mudar a cara do país com políticas assertivas voltada para o social sem demagogia ou populismo. Isso não é pessimismo, apenas constatação de uma realidade que se aproxima com as nuvens das chuvas de verão, curtas, porém imprevisíveis.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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A crise em regime continuado

 

O momento que o Brasil atravessa é atípico e descomunal, não há na nossa história qualquer período que possamos traçar parâmetros e tentar fazer comparações trazendo luzes ao nosso atual momento, substituídas o governo por outro, devidamente credenciado pelo regime anterior, mesmo assim, não há a menor chance das correntes políticas se engajarem num plano de consenso e trabalharem pelo país, em busca de uma solução para as enormes encruzilhadas que nos encontramos e tem nos colocado em caminhos difusos ou maus pavimentos, numa tentativa inteligente e conciliatória, fazendo o país sair do buraco negro que fomos remetidos pelos vários fatores que nos trouxeram até aqui.

 

Quando achamos que o barco vai zarpar para sua longa travessia, em busca de novas oportunidades e perspectivas, eis que nos vemos envolvidos no meio de novas crises, sempre provocadas por políticos da base aliada, como sempre acontecia com o governo anterior, contribuindo de forma definitiva para que o crédito do povo, no governo, ficar sempre temerário e impossibilitado de criar condições de uma credibilidade sustentada e firme. O último desacerto na equipe governamental provocada pela saída do Ministério da Cultura, do Ministro Marcelo Calero, provocada por uma situação de ingerência ministerial, quando o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, um dos mais próximos auxiliares do Presidente Michel Temer, tentou interferir em decisões de competência do ministério da cultura. O normal seria, avaliada a veracidade dos fatos, que o ministro da cultura continuasse no cargo enquanto o SR. Geddel Vieira Lima, se tornasse demissionário, o que não ocorreu.

 

O que mais chamou atenção da população brasileira foi o recado rápido, dado pela Presidência da República, que o SR. Geddel Vieira Lima continuava no cargo, numa atitude rápida e dando a entender que aquele ministro estava intocável no seu assento. É lamentável que os governos passem, mas, a politicagem continue a mesma, continua a forma anterior, quando prevalece à amizade com o rei, independentemente do súdito puxa saco a dizer amém. Essa é uma triste realidade que continuamos a conviver, pensei que o passado estava superado, mas, pelo andar da carruagem continuamos a caminhar pelas mesmas estradas mal conservadas e cavalos cansados e famintos, a servir pessoas mal agradecidas e famintas, loucas para completarem a carga de suas carroças já assoberbadas de patuás e souvenir do Banabuiú, como se operar com produtos vindos dos desvios e contrabandos fossem corretos e honestos.

 

Essas práticas não credencia o governo atual a se sentir absolutamente posto no cargo sem ter que trabalhar com dignidade, respeitabilidade e dando satisfações a carta maior que é a nossa Constituição, fica, portanto, registrado o nosso desconforto e temeridade pelo que possa vir daqui para frente. Se não houver uma guinada em direção aos bons costumes, esse governo fica prejudicado pelo seu próprio comportamento, logo agora que há uma necessidade premente do governo aprovar a PEC/55/2016, ele, o governo, corre o risco de ver sua pretensão ser prejudicado, com a não aprovação do seu desejo governamental, isso seria um descrédito descomunal, mas, é uma realidade que pode ser verificada se nada for feito para restaurar um pouco de crédito ao governo pelo Senado Federal.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com

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Donald Trump, o ponto fora da curva
 
 
Temos tantos problemas sistêmicos, ou não, para resolver internamente, mal nos recolhemos às nossas necessidades mais prementes, somos como que intrépidos levados ao desatino de novo envolvimento, agora totalmente independente da nossa vontade. O mundo se viu surpreendido pela eleição do novo Presidente dos EUA, o bilionário excêntrico Donald Trump, velho conhecido no meio empresarial pela sua arrogância e prepotência, de um vernáculo próprio aos fanfarrões desmiolados, cuja verborreia só comparava aos sadomasoquistas na tentativa de afirmativas vazias e imbecis, tudo falando e nada dizendo, numa guerra de palavras ao vento, sem nada justificar.
 
As primeiras ideias vagas do novo presidente dos EUA, com posse para 20 de janeiro de 2017, é um verdadeiro dossiê de impropérios, viadutos ligando nada a lugar nenhum, transposição de água doce de um rio importante na economia de uma nação, com as águas desviadas sendo jogadas no final da tubulação num deserto esmo, desabitado e insólito.
 
Uma colcha de retalhos sem nenhuma combinação de cores ou pinturas, um descalabro visual. Todas as propostas apresentadas no decorrer da campanha tinham sempre conteúdos preconceituosos, danosos aos seres humanos, de cunho hostis e degradantes às minorias radicados nas terras do Tio Sam. Um verdadeiro perjuro aos Democratas mais insensíveis, verdadeira desconstrução as teorias mais elementares da liberdade de ir e vir, fato indispensável, ou regra sene qua non dos fundamentos democráticos.
 
Dessa forma, vamos tentando reconstruir uma Democracia praticamente assassinada de morte matada pelos falsos fariseus, inescrupulosos aliciadores dos poderes podres das republiquetas desoladas, fincadas no entorno das bananeiras mal cuidadas, no final de produção cujos produtos não servem nem mesmo para os porcos desnutridos e fétidos largados à lama dos esgotos naturais que vazam por entre raízes e ramos sobre a terra mal alimentada e despreparada para cultivo de qualquer cultura alimentar.
 
Não obstante o cuidado que há na tentativa de trazer o Brasil para o centro do recomeço do desenvolvimento num pátio industrial, temerariamente sucateado e desmobilizado pelos inimigos do progresso, somos vítimas dos que trabalharam pelo insucesso da pátria, com verdadeiro saque ao erário público, com desvios constantes dos cofres da nação, representados pelos ministérios e empresas estatais, largamente noticiadas pela imprensa informativa e investigativa, no seu trabalho basilar, levando informações ao território nacional e ao exterior, deixando-nos verdadeiramente perplexos de tanta vergonha por essa gestão que tivemos no governo anterior, instalado desde 2003, a partir do primeiro mandato do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, até o impedimento legal da ex-presidente Dilma Rousseff, limitando-se, portanto, a 13 anos de gestão petista, período de desmandos, nunca antes praticado em nosso país em todo regime Republicano Democrático.
 
Quem acompanhou o período nababesco do petismo não podia imaginar a situação de penúria que estávamos vivendo, enquanto a nação gastava por conta de um dinheiro inexistente as dívidas simplesmente cresciam chegando a um estágio falimentar, chegando ao ponto de muitos Estados ficarem sem dinheiro para pagamento dos salários dos seus funcionários, casos específicos do Estado do Rio Grande Do Sul e Rio de Janeiro, pedindo urgente Intervenção Federal.
 
Sabemos que a PEC 245/55/2016, não representa a redenção do Estado Brasileiro, mas, de alguma forma, atenua os problemas mais cruciantes. Muitos serão os caminhos a ser percorridos, diversos os espinhos a nos penetrar, longas estradas de estranhas formas percursos, dias de chuvas e penúrias, extensas noites de escuras solidões, várias serão as mesas de pouca comida e muita solidão, não vamos nos enganar.
 
Genival Torres Dantas
Poeta e Escritor
genival_dantas@hotmail.com

 

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Indústria, porta de poucas esperanças
 
Antes éramos um país do futuro, hoje somos o país do passado, como quem diletantismo vivemos à brisa dos ventos uivantes, como que viciado em estatolatria, e o Estado custeando os custos de sobrevivência dos seus internos mergulhados na ociosidade dos vícios medrados da preguiça e jactância como se direito fosse viver do repouso do corpo inerte sobre a terra açoitada. Muitos vivem seminalmente como se vivia em séculos passados sem uma cobrança mais dura e mais ativa da sociedade política e os direitos da família que precisava de mais esforço objetivando uma melhor opção aos que estavam por vir e iriam povoar a pátria num futuro próximo.
 
Apenas para ilustrar a nossa tese, é de bom arbítrio informar das nossas severas dificuldades. Em 2014 tivemos uma queda na produção na ordem de 3%, chegamos em 2015 num encolhimento industrial de 8,3%, havendo uma previsão de mercado de mais uma queda para esse ano de 6%. Portanto, para que nos aproximemos da produção de 2013 há a necessidade de crescermos 19,6% no próximo ano, um crescimento absolutamente impossível se considerou os números que temos avaliados e descritos por quem de direito.
 
Para piorar a nossa avaliação, o setor, ou segmento, de bens de capital, maquina e equipamentos mantêm 19,8% de retração nos últimos 12 meses, e mantendo 1/3 de sua capacidade produtiva ociosa. Isso nos leva a crer que caso ocorra uma recuperação no mercado de consumo, teremos um longo espaço a ser percorrido sem a necessidade de buscarmos mão de obra no mercado já ocupado por mais de 12 milhões de desempregados em todo território nacional, ainda sequelas do governo anterior que nos deixou um legado, muito mais parecido com dejeto de uma sociedade duramente castigada pela irresponsabilidade dos que deviam ter servido a nação com disciplina e honestidade, entretanto, o que tivemos foi um verdadeiro crime e desvio de comportamento por quem ocupou cargos no governo anterior, papel carbono do sistema petista de governar.
 
Ainda sofrendo com o descaso dos setores beneficiados com a renuncia fiscal, caso específico das montadores de veículos, que nada deu em troca dos favorecimentos obtidos do governo irresponsável da ex-presidente Dilma Rousseff, tivemos uma produção de 177,33 mil veículos em agosto, contra 170,81 mil em setembro, piorando os dados do setor, no mesmo período, tivemos exportação de 40,19 mil, contra 38,78 mil, ficando o setor de máquinas agrícolas e rodoviárias com um recuo também considerável.
 
Esses números não encerram a nossa tragédia industrial, a grande maioria dos setores foi sacrificada, com forte retração e prejuízos enormes para a nossa economia como um todo. O setor da construção civil teve que suportar uma paralisação maior que a grande média nacional, com forte desemprego no seu setor, cuja recuperação está vindo em dose homeopática, sem nenhuma esperança de algo promissor que possa dar alento à sofreguidão dos ansiosos e fraquejados funcionários que esperam voltar ao mercado para continuar sobrevivendo aos descasos dos que tiveram os destinos da nação em seu poder e trataram o ser humano como números irrelevantes e sem a mínima importância dentro do contexto econômico de um país sofregamente abatida pela crise que nos cerca e não sabemos quando teremos pelo menos um paliativo que possa nos acenar com a mínima possibilidade de esperança para os próximos dias, meses ou anos.
 
Esse é o país que temos, tombado em terra ardente do calor primaveril gritando por água no nordeste brasileiro, não só para matar a fome dos homens e mulheres dos sertões longamente castigados pela seca, que já dura anos, e com as águas que tormenta com seus ventos e quantidade pluviométrica além das necessidades e possibilidades de evacuação dos excedentes.
 
Há uma grande necessidade que a natureza possa dosar minimamente nosso potencial de uso da sua gratidão pela nossa permanência em suas terras, muitas vezes esquecidas e mal olhadas, mesmo assim temos sido gratos pelo que nos sobra e somos doados, mesmo não sendo nossa real necessidade, mas, é o que temos na terra que amamos e queremos continuar amando. E que Deus seja louvado.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta

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Dias de conflitos e confrontos
 
 
As pendengas que nos assolam com a queda do governo petista e a consequente posse, conforme a Constituição vigente, do governo Michel Temer, sucessor direto da Presidente Dilma Rousseff, vai continuar por um longo período, até que as medidas de correções sejam implantadas e surtam os efeitos positivos, e possam se apresentar da melhor forma e de melhor aceitação para os brasileiros atingidos pela nefasta política de assolamento do governo anterior, cujos prejuízos ainda não foram levantados, pois, a abrangência e extensão são de uma profundidade que requer um tempo maior para que os cálculos sejam efetivamente levantados e apresentados à sociedade que exige reparos e reposições.
 
Junto com as medidas de controles e prevenções existem sequelas que não dependem diretamente do atual governo, há a necessidade de ações de toda sociedade para represar os desatinos das atitudes não pensadas e implantadas no meio do calor dos desejos de repassar a grande massa lucros que ainda não existiam, apenas era projeto de ganhos que permeava a mente política de inexperientes políticos defensores da distribuição de renda, sem o necessário cuidado de agir por conta de desejos sem medir as consequências, como foi feito, de retirar dividendos de uma conta que não tinha sido creditado os devidos ganhos, pois, não havia créditos disponíveis para tal intento.
 
Como em tudo que se retira e não se reponha, o erário foi definitivamente exaurido, e, em não havendo como sacar positivamente a conta foi entrando no vermelho a tal ponto que o débito ficou insustentável para cobrir com arranjos contábeis e, sem alternativa, a situação veio à tona, cujos resultados e sequelas são de conhecimento de todos nós, sem a concordância, evidentemente, daqueles que ainda acham que tudo não passou de malabarismo da direita ingrata e da imprensa comprometida com a classe A, com objetivos claros de tirar da administração pública a esquerda brasileira, representada pelo PT e seus aliados políticos, numa gestão de 13 anos de penúria e tragédia à história política da Nação.
 
A aprovação pelo Senado da PEC 241/2016 será um assunto que vai rolar muita discussão e contraditórios, é claro que a atual oposição, movida pelo sentimento de perda e ódio vai sustentar sua inoportuna aprovação, sempre alegando que se trata de um monstrengo a ser incorporado à nossa Carta Magna, tirando direitos adquiridos pela massa de trabalhadores contida na faixa mais pobre dos assalariados e, por isso, mais fácil de manipulação pelos detentores do poder, lógica tirada do comportamento desses mesmos que foram retirados do Governo Federal pela prática casuística durante todo período em que foi situação.
 
Convém ressaltar, há sempre um desejo de jogar aos outros aquilo que está contido na personalidade mal formada, e, principalmente, situações que não deram certo e foi motivo de prejuízos aos seus idealizadores, caso específico dos perdulários rejeitados pela sociedade duplamente, primeiro foi a legislação que tirou fora os maléficos administradores de má fé e indolentes; depois, as urnas ratificaram o desejo nacional cassando a grande maioria da antiga situação, leia PT e agregados, da esfera municipal, limitando a um número bem menor de prefeituras que continuarão na administração petista, num claro e evidente sintoma de rejeição por aqueles que praticaram a patifaria dos desleais e desqualificados na gestão pública, não podemos negar que alguns bons administradores que estavam albergados na sigla petista foram sacrificados apenas por se situarem em lugar e hora errada.
 
Sabemos das dificuldades que teremos pela frente, o Presidente Michel Temer vai ter que trabalhar com muita responsabilidade e com um índice de assertividade muito grande, pois, a atual oposição não vai descansar enquanto esse governo continuar, e se o governo atual for vencedor nas suas ações e realmente colocar o país dentro da normalidade econômica o ódio petista vai se acentuar cada vez mais, isso representará dificuldade para que esses invejosos e despeitados sintam cada vez mais distantes de um dia tentar retornar ao poder central.
 
Não temos outra opção a não ser trabalhar e torcer para que, efetivamente, esse governo dê certo até 2018, quando teremos a oportunidade e parâmetros para votar num novo bloco de administradores para comandar o Brasil novamente, até lá temos que trabalhar para que as coisas se acertem mesmo dentro de um ritmo menor, e de um governo que não é o esperado, mas, é o que nos resta dentro da Democracia desidratada e mal tratada pelo regime fatalista.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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Medo, sensação de impotência
 
Na minha infância o medo que sentíamos era sempre das mesmas coisas, dos mesmos fatos, sempre decorrentes de histórias contadas pelos nossos familiares, que durante a noite, com cadeiras expostas às calçadas e sob a luz do luar, contavam aquelas fábulas aterrorizantes, para nós crianças, sempre recorrentes a assuntos de mortes recentes ou de casos da invencionice popular tiradas da memória das comunidades, mas, para nós representava retrato do cotidiano com pitadas de temor provocadas pelo linguajar regional e bem coloquial.
 
Normalmente era sempre o homem sem cabeça que rondava as ruas da periferia urbana, ou mesmo no quadrilátero central, correspondente ao setor comercial e produtivo da cidade, cidade pequena, porém pujante na formação dos seus intelectuais que sempre levaram o nome do nosso local aos mais distantes cantos do nosso país e do mundo, caso específico de Celso Monteiro Furtado: https://www.ebiografia.com/celso_furtado/
 
“Celso Furtado (1920-2004) foi um economista brasileiro”.
Foi Ministro do Planejamento no governo João Goulart e Ministro da Cultura no Governo José Sarney. Foi superintendente da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), criada no governo de Juscelino Kubitschek.
Celso Furtado (1920-2004) nasceu em Pombal, na Paraíba, em 26 de julho. Aos sete anos, mudou-se com a família para a capital do estado, João Pessoa. Estudou no Liceu Paraibano. Completou os estudos no Ginásio Pernambucano no Recife. Em 1939 foi para o Rio de Janeiro, estudou Direito na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, concluindo o curso em 1944.
 
Logo após a formatura, foi convocado para integrar a FEB (Força Expedicionária Brasileira) e servir na Itália, durante a II Guerra Mundial. Ingressou no curso de doutorado em Economia na Universidade de Sorbonne, em Paris, no ano de 1946. Defendeu a tese "A Economia Brasileira no Período Colonial". De volta ao Brasil trabalhou na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Casou-se com a química argentina Lúcia Tosi, com quem teve dois filhos, Mário e André.
 
Em 1949 passou a fazer parte da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). Foi nomeado Diretor de Desenvolvimento e viajou por vários países. Participou do convênio entre o CEPAL e o BNDE, cujo Grupo Misto elaborou um trabalho que serviria de base para o Plano de Metas, estabelecido pelo governo de Juscelino Kubitschek.
Celso Furtado foi nomeado, em 1960, superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), órgão criado no Governo de Juscelino Kubitschek. Em 1962 assumiu o Ministério do Planejamento, no governo de João Goulart.
 
Com o golpe de 1964, é exilado e perde os direitos políticos por dez anos. Foi para o Chile onde permanece até setembro, indo em seguida para os Estados Unidos, como pesquisador graduado do Centro de Estudos do Desenvolvimento da Universidade de Yale.
Em 1965 foi para Paris, onde assumiu a cátedra de professor na Sorbonne, onde permaneceu durante vinte anos. Realizou viagens por diversos países, como professor visitante em universidades. Participou de seminários e integrou o Conselho Acadêmico da Universidade das Nações Unidas, em Tóquio, em 1978.
 
Depois da anistia, Celso Furtado voltou várias vezes ao Brasil. Casou-se com Rosa Freire. Em 1986, foi nomeado Ministro da Cultura no governo Sarney, criando a primeira legislação de incentivo à cultura. Em 1999, seu livro "O Capitalismo Global" ganhou o Prêmio Jabuti, na Categoria Ensaio.
Em 2000, em comemoração a seus 80 anos, a Academia Brasileira
de Letras do Rio de Janeiro realizou a exposição "Celso Furtado: Vocação Brasil".
“Celso Furtado faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de novembro de 2004.”
 
O tempo passou, viramos adultos mais permeados de medos por circunstancias voltadas aos problemas do tempo que recrudesceram os medos da infância, associando a esses, outros tantos impostos pelos novos males advindos da saturação da maldade humana. Como quem jogados à sorte pela própria natureza humana, somos sobreviventes de uma época em que o ser humano passou a não ter a importância de tempos atrás, prevalecendo o ter sobre o ser e suas consequências cujos prejuízos estão sendo fatais para a humanidade.
O homem perdeu o respeito pelo seu semelhante e por si próprio, moral, substantivo feminino, aquele conjunto de regras que conseguimos através da educação e cultura, hoje é apenas um conceito de formalidades passadas, perdemos o respeito por esse tipo de formalidade e condicionante passada para a formação do caráter do ser humano. Quando entramos na formação política dos indivíduos a sensação que temos é que estamos mergulhando num mar de prostituição, onde tudo é possível e aceito em nome do sucesso e o atingimento dos objetivos para se chegar ao lugar tão sonhado pelos hipócritas formados nas incubadoras responsáveis por essa nova sociedade composta de delinquentes de colarinho branco.
 
Dentro desse quadro de reprovação absoluta, por aqueles que ainda defendem a dignidade como o parâmetro maior da formação do caráter humano nos sentiu presos pela patifaria que nos cerca. Temos medo ainda dos fantasmas da infância, da ausência de chuvas no Nordeste brasileiro, a matar de fome e sedo não só os animais já começam e definhar o próprio homem, no sofrido sertão nordestino; do excesso das águas que caem no Sul do Brasil, dos projetos aprovados, sem acabativa, cujo prejuízo soma-se aos bilhões surrupiados do erário público, independentemente se foi prática da direita ou da esquerda; temos medo de votar até mesmo num amigo para qualquer cargo eletivo, com receio que ele não se transforme no próximo apropriador do dinheiro do contribuinte brasileiro, seria mais um a envergonhar a classe política.
 
Temos medo das ações dos nossos governantes, os Poderes Constituídos andam se estranhando, como que no absolutismo, cada um tentando ser maior que o outro se esquecendo da sua finalidade dentro dos limites dos poderes, uma verdadeira falta de caráter e humildade naqueles que deviam exercer esse ofício com toda consistência dos fortes de espírito, vivem para mostrar o quão é poderoso. Enquanto convivermos com esse tipo de autoridade não sairemos dessa mesmice alimentada pelo governo petista, desembarcado do executivo pela força da Democracia, por outra trupe vindas do mesmo jequi, praticando atos tão abomináveis quanto os praticados pelo governo anterior, numa demonstração clara que as práticas refutáveis continuam sendo praticadas como sortilégios a bancar a sustentação desse novo governo no poder, o que é lamentável, precisamos sim de um governo, independente, sem amarras e sem cabrestos, a seguir o tirocínio da responsabilidade e dos critérios da moralidade, esse tipo de governança não nos serve, já sabemos o final desse filme de terror, cujo desfecho vai juntar-se aos nossos medos e nossas certezas.
 
Fica, portanto, evidenciado que esse modelo político de compartilhamento não nos serve, principalmente pelo instinto nocivo que sempre predominou a política nacional. Temos que partir para outro modelo que venha de encontro as nossas necessidades sem estimular os desvios de conduta ou a prática dos mal feitos tão evidenciados nos últimos anos. Com a saída do petismo do comando achávamos que esse tipo de comportamento seria definitivamente erradicado, o que não ocorreu, continuamos na mesma cantilena, com a política do dando é que se recebe, no mesmo embalo da mesma cantata a embalar os sonhos entrelaçados entre o executivo e legislativo.
 
Dessa forma ficamos entristecidos pelo futuro do nosso país, não vejo nada que possa ser mudado nesse ritmo desconcertante a nos levar à um futuro desesperançoso, o pior, esperar até 2018 quando haverá novas eleições para trocarmos novamente o comando se algo até não seja mudado por força das circunstancias e das desditas que vem marcando o nosso destino.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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Cunha, cacimba exaurida à margem de um rio esgotado
 
A prisão de Eduardo Cunha (PMDB/RJ) ocorrida dia 19 último, na Capital do País, pôs o fim de uma certeza nunca realizada e a consumação de um fato já previsto nos meios políticos e financeiros do Brasil. Claro, não resolveu os grandes problemas e entraves que já nos cerca por uma longa data. Era, de fato, uma situação já constante no inconsciente nacional, o povo não suportava mais a recorrência do assunto, em qualquer reunião social, de boteco, nos meios de comunicação, na imprensa de uma forma geral, todo e qualquer assunto sempre desembocava no fim da liberdade de ir e vir, imposta pelo judiciário, em decorrência das ações nada Republicanas daquele que foi um político de grande prestígio e detector de poderes que assustava o meio político nos últimos anos.
 
Depois do primeiro impacto, e para tristeza dos petistas que preconizam a ideia que o sistema Jurídico brasileiro só trabalha em função da sua derrocada e extinção, pode constatar que sua teoria foi suplantada pelas ocorrências pulverizadas entre vários partidos, agora impondo um golpe no atual governo quando leva ao cárcere um dos mais ilustres políticos do partido do atual Presidente Michel Temer (PMDB/SP), provando que a justiça continua cega nas suas ações, aplicando a Lei em qualquer cidadão, independentemente do seu Dr, ou mesmo, sua posição social ou poder econômico. Com essa nova atitude da Policia Federal, as consequências serão graves, quanto a extensão e sequelas, de fato, só ocorrerá com o tempo e com a profundidade das investigações impostas na sequência.
 
O que pudemos sentir nesse final de semana foi o alvoroço, ocorrido na sexta-feira, por conta da prisão de policiais legislativos, acusados de proteção aos senadores citados na Lava Jato, fato que não surpreendeu a nação. Há uma operação promovida por um grupo de servidores que mandam e desmandam naquela casa, opinião que corre nos corredores daquela casa. O que mais nos surpreende é a gastança que continua, com o Senado gastando R$120 mil com a publicação de dois livros luxuosos, sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, sendo 2500 exemplares a relatarem uma história repetida e constante no site da Casa, e esses livros, pasmem, foram distribuídos a autoridades, Senadores, Jornalistas e bibliotecas, portanto, um custo que devia ser evitado nesse momento de ajustes e controles de custos. Mesmo com essa estapafúrdia história, nada recomendável, o assunto não foge do caso Eduardo Cunha.
 
Nessa linha o destaque fica por conta dos efeitos imediatos. Cunha já é considerado uma cacimba exaurida, sem poder de fogo contra seus adversários e antigos apoiadores. Como ele está à margem de um Rio morto, não tendo, portanto, prosseguimento, fica a certeza que ele só fará sombra aos que com ele estiveram envolvidos na Operação Lava Jato, isso se ele se dispor a fazer uma delação premiada, numa tentativa de salvaguardar sua filha e esposa da ação da Justiça que certamente fará uma investigação profunda nos parentes do Deputado envolvido até o pescoço com os malfeitos do legislativo, principalmente durante sua gestão como Presidente da Câmara. Enquanto Eduardo Cunha vai amargando sua primeira semana como detento, os números continuam nefastos contra nossa economia, todas as informações que nos chegam sempre levam em consideração que as assertivas que vieram da MP/241 serão aproveitadas no leito carroçável para outras medidas que virão certamente, pois, essa única medida não será suficiente para tornar o Brasil sustentável economicamente.
 
É de se imaginar o tamanho das dificuldades que teremos para acertarmos o ritmo da economia com tantas ações de cunho capcioso feito no governo anterior, isso com o espírito de coonestar que envolvia a áurea dos que se sentiam os defensores do povo, para tanto, hoje são oposição, sem, entretanto, avaliar a importância para o país daquilo que estão sendo oposição, querem ser oposição apenas por ser oposição, isso é traduzido como um enorme prejuízo para a nação. As consequências desse comportamento irresponsável e pouco Republicano é o retrato de um partido que não soube se portar como situação, dessa forma, esperamos que ele volte a se situar comodamente na oposição, e fique, por muito tempo, nesse compasso de espera, esperando que o Brasil esqueça do seu desgoverno e tente em um outro momento retornar ao comando do país, mas que seja, se ocorrer, daqui a muitas décadas.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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Retomada do crescimento
 
 
Não há dúvidas que o remédio mais premente para o Brasil é exatamente a retomada do crescimento, e de forma absolutamente transparente. Passamos por um período de engôdos e panaceias com perdas de grande monta para a nossa economia que parecia ter um caminho certo em direção ao futuro de apogeu e supremacia, entretanto, tudo não passava de histórias inventadas no subsolo das mentiras e descalabros, invencionices para manter uma aparente tranquilidade e progresso, quando de fato nada era real ou consistente. O PT com sua megalomania tentou fazer um projeto político fundamentado no ilusionismo com bases nada convencionais, fundamentando sua ideologia numa base sem um mínimo de alicerce, por isso, como se feito fosse a areia movediça com possibilidades de ruina a qualquer momento, como efetivamente ocorreu, e aquilo que parecia sonhos não passava de pesadelos e transtornos para os brasileiros.
 
Depois da borrasca a realidade se apresenta de forma cristalina e real, o Brasil continua sua caminhada em busca do seu futuro, os milagres não aconteceram, as dificuldades do dia a dia são as mesmas, ou pior, como nada acontece por acaso, a grau de dificuldade será sentida até conseguirmos por o país nos trilhos novamente. Dizer que o efeito da Lava Jato é coisa do passado é um desrespeito com a própria história que estamos fazendo, temos certeza absoluta que por muito tempo os efeitos maléficos sentiremos por um longo período e com efeitos danosos para a nossa sociedade e economia. Não sei se aprendemos nesses longos anos, 13 no total, alguma coisa de positivo para não acreditarmos mais em promessas vagas e ganhos fáceis. Virar a mesa agora é o que temos que fazer buscar soluções, não paliativas, mas, de forma consistente e buscarmos um crescimento sustentado e sustentável.
 
Realmente o PT não perde o vício, continua imputando a responsabilidade do seu fracasso aos seus aliados e a terceiros, não assume seus erros e falhas, nem mesmo acredita que o seu tempo já foi, não há mais como acreditar num partido desmoralizado pelas suas próprias falhas, como numa dicotomia, o partido que pregava a moralidade e o zelo pelo erário público, passou a ser o mais corrupto em toda história da nossa República, não há nenhum registro de qualquer partido, em qualquer tempo, em todo território nacional, que tenha praticado ou deixado praticar tantos desmandos como o Partido dos Trabalhadores. Para tentar salvar o pescoço do seu líder maior, Luiz Inácio Lula da Silva, há uma onda no ar, de sindicalistas internacionais montando um projeto de recuperação da imagem daquele que já foi o nosso maior líder sindical, entretanto, acredito que já é tarde para uma campanha nesse sentido, é mais fácil o ex-presidente ser alcançado pela caneta do Juiz Sérgio Moro e passe a ocupar uma cela em Curitiba.
 
Como o país não pode esperar, o Presidente Michel Temer continua sua viagem pela Índia e Japão, em busca de apoio e recursos financeiros para investimento na área de infraestrutura, como portos, aeroportos, estradas, e tantos outros setores necessários ao desenvolvimento do nosso agronegócio, assim como outros setores que dependem da nossa mobilidade para fazer escoar toda nossa produção. Infelizmente, enquanto o presidente está em viagem, ministros da sua base aliada ainda são citados em escândalos da Lava Jato, sinal inequívoco que essa nódoa vai continuar por muito tempo. Não podemos nos preocupar com uns poucos desventurados, como o joio que continua junto ao trigo, como que uma descompostura.
 
Continuo acreditando na destilação da boa aguardente, em breve tempo seguiremos o caminho da retomada do crescimento, e os maus elementos que ainda estão a usufruir das benesses do poder, esses serão alijados e colocados nos seus devidos lugares, de onde não deviam ter saído. Tudo será uma questão de tempo e seleção, é preciso que acreditemos na honestidade de uns em benefício de todos, é claro que o Presidente Michel Temer não é o presidente desejado, mas, é o que temos como resposta aos danos causados pelo regime esquerdista do PT, esperamos, portanto, que o senhor Michel Temer dignifique o cargo que ocupa para não termos uma nova decepção.
 
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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PEC 241/2016, o recomeço de um País saqueado

 

Numa velha história conhecida, alguém perdido numa bifurcação pergunta para um transeunte que passa pela estrada, o caminho que seguia em direção sul qual era a sua primeira paragem, o desconhecido responde que para quem não sabe aonde ir qualquer caminho serve. Certamente, esse não é a sina do Brasil, sabemos da encruzilhada e dos perigos que nos ronda, mas, sabemos que nem todos os caminhos nos servem.

 

Estamos tentando sair de um atoleiro em todos os aspectos, moral, financeiro e político, mesmo assim, não nos achamos encorajados a seguirmos trilhas que não sejam aquelas apontadas por andantes encorajados e robustos de conhecidos pródigos e consistentes, capazes de demover entulhos e devolver esperanças mortas aos corações desanimados a bater no compasso das horas tristes e melancólicas que temos passado no mar de tormenta que nos envolvemos nos últimos anos da bizarra história da nossa terra.

 

Nem por isso temos motivos suficientes para nos entregarmos ao desânimo e deixarmos de continuar lutando pelos nossos objetivos cujo intento maior é chegarmos ao futuro de forma vitoriosa, mesmo que essa vitória seja parcial, mas, que seja em direção ao ponto desejado, de forma que a primeira etapa esteja superada. Nessa caminhada que já prevemos ser longa e espinhosa, muitos percalços teremos que superá-los, não teremos facilitados a nos favorecer e nos destravar etapas e conquistas, elas, certamente, virão, não com a facilidade de mar de calmaria, mas de terras devastadas e sopradas pelos ventos da discórdia e da desarmonia dos intrigantes mensageiros da guerra.

 

A PEC 241/2016 é uma formula encontrada para começarmos a caminhar em direção ao futuro dos nossos filhos e netos, tenho a sensação que o futuro da nossa geração é tão incerta quanto penosa. Se ela, a PEC 241 não for aceita certamente teremos grandes dificuldades e incertezas para recebermos nossas aposentadorias dentro de pouco tempo. O sistema previdenciário vigente não é sustentável, portanto, tudo deve começar pela PEC 241, a sequência será de maior resistência, tudo que virá vai ser de grandes desafios para toda Nação, sofrimentos virão com as necessidades de juntarmos os cacos que sobraram do desmanche da economia nacional, privilégios serão cortados e isso sentiremos na própria carne. Já há caminhos apontando para sacrifícios na própria classe política, essa classe deve ser penalizada para que paguem pela desordem feita pela sua irresponsabilidade.

 

Sou da opinião que todos devemos entrar no sacrifício e sermos penalizados em nome do nosso futuro, sinto falta de algum sinalizador apontando o quinhão dos afortunados, dos ricos e abastados, não podemos deixar de fora essa fatia, muito embora pequena, mas que corresponde a um grande percentual de reservas de capital, podendo, dessa forma, responder por um pedaço do bolo para sanarmos os problemas de maneira mais rápida e objetiva, sem sacrificarmos os mesmos e os de sempre, os assalariados que pela legislação não têm como se safarem da imposição governamental, sendo, esses, os mais sacrificados de toda população, sendo seguidos de perto pelos comerciantes, na sua via cruzes de todos os problemas surgidos na nação.

 

Nada nos garante que esse é o caminho mais curto entre o estado de lamúria em que nos encontramos e a saída para o inicio de uma nova vida, pelo menos que nos garanta a continuidade da luta pelos nossos objetivos. Mesmo sabendo que é o caminho que temos não é permitido ao governo usá-lo como atrativo e bancar com dinheiro público jantar para 500 talheres em nome de sua aprovação. Não se pode gastar quando o dinheiro está curto principalmente para tratar de redução de custos. É uma modalidade que não se aplica em qualquer circunstancia e em qualquer governo, seja ele de direita ou esquerda, esse ponto de vista tem que ser equânime.

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


 

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Hoje, você pode mudar o Brasil

 

 

Nunca antes na história política do Brasil tivemos a oportunidade de darmos uma mudança radical na mentalidade ideológica, tão rapidamente, como ocorre hoje, nas eleições municipais, feitas para darmos rumos aos nossos municípios e transformarmos num futuro breve os destinos da República. O aparato governista implantado e manipulado da era petista e lulista pode começar a ser desfeita no âmbito municipal se tivermos coragem de desmontar oficialmente as bases de apoio fisiológico e partidário montados na tentativa medíocre de consolidar o projeto populista respaldado na desastrada política de governança desvairada idealizada pela malfadada tese de poder político, desbaratada na sequencia inoperante do Governo Dilma, impedida de continuar seu governo pelos descalabros praticados em sua gestão.

 

Na realidade esse desfecho começou a ser desenhado a partir do momento em que o PT começou a ser demolido nas suas bases de fundação nas defecções importantes e cruciais, no seu quadro de componentes que faziam a liderança sólida de uma política admirada pelo povo e até mesmo seus adversários, que via naquela estrala de cinco pontas uma filosofia firme e duradoura, com objetivos claros e assertivos, em direção aos anseios populares. Entretanto, a esbornia resultante que o poder oferece aos seus neófitos levou no seu arresto toda sensatez e dignidade que existia no seu interior, principalmente, pelas novas companhias que se fizeram necessários para chegar até o poder central e de lá espraiar seus tentáculos como forma de sustentáculos aos seus desejos e inspiração maléfica com a finalidade específica de locupletação baseada nos desvios de finalidade com o erário público.

 

Avançando ao quinto mês da ausência da ex-presidente Dilma, a Nação continua engessada pelos efeitos danosos ainda remanescentes da desvalida gestão horripilante que mantém seu eco nas paredes e corredores dos palácios do Poder Central; fato que vamos conviver por muito tempo, enquanto as digitais petistas ainda permanecerem entranhadas nos poros da memória política da nossa história, e é verdade que esse tipo de sequela não se dissipa ou se esvai em curto prazo, vai haver sempre lembranças lamuriosas mesmo no silêncio entorpecedor vindo do vácuo da herança maldita deixada pela maligna sigla petista.

O novo governo de Michel Temer (PMDB/SP), mesmo não tendo sido eleito diretamente para o cargo, foi, entretanto, ratificado para ocupar a função na ausência da presidente eleita com ele na vice-presidência, daí a importância dele ser o seu substituto direto e respaldado pela Constituição Federal, doa a quem doer e por quanto tempo preciso for, claro que ele não é o presidente ideal que todos almejamos, mas, é o que temos, assim sendo, devemos torcer para que ele seja o mais assertivo possível, e que posso recolocar o país no lugar em que sempre esteve, nem que seja para ser novamente o país do futuro, coisa que já não somos mais, não acreditam na nossa capacidade de superação e de comprometimento com o futuro. Somos o país da desordem, do fracasso, da roubalheira, da corrupção sistêmica, dos amantes do alheio, do olho comprido, da barriga insaciável, do preguiçoso avarento e do esfomeado invejoso.

 

Somos um país sem nenhuma meritocracia, a que ponto chegamos! Ao olhar compadecido das comunidades internacionais, sinceramente, é de sentir vergonha da nossa geração, que tanto fez para conseguir nos jogar abaixo do chão, se isso é possível, estamos soterrados pela camada misericordiosa da vergonha humana. Pior que isso, temos uma grande quantidade de brasileiros e brasileiros que continuam acreditando nas mentiras escabrosas dos seus líderes que continuam afirmando que agiram em nome do povo e para o povo, os que pensam o contrário são os mesmos que atrasaram o Brasil durante cinco séculos, em conjunto com as monarquias anteriores.

 

Voltando ao título do texto, nós somente nós, temos a capacidade de sairmos desse masmorra, em definitivo, nos negando a caminhar junto com os impróprios a gestão pública, tentando substituí-los por pessoas de melhor índole e que não precise do alheio para ser chamado de seu. Particularmente acredito nessa tese e nessa possibilidade, não é preciso ser muito crédulo para participar desse pensamento, pelo menos esperançoso, se não der certo, pelo menos tentamos fazê-lo ocorrer, fazer nossa parte é preciso!

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


 

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Patologia Cínica
 
Depois do desvario petista a única conclusão razoável é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está possuído por uma patologia cínica, cínica com “c”, pois, estamos bem distantes da China, e possuídos por uma atmosfera carregada de fluídos heréticos com sobressaltos de perversão aniquiladores, quando o placebo nitidamente construído para enganar a ingenuidade humana, leia-se, brasileira, fica atônito com o ar de tenebrosidade imposto pelas ruínas escabrosas que restaram da calamitosa gestão do governo anterior.
 
Nessa tônica composta de ingredientes malfazejos, pregados pelos vermes seguidores da desgovernação da esquerda malfadada, e da delinquente fase das atrocidades vividas pela nossa sociedade que soube com dignidade superar os percalços dos caminhos destoantes, frutos da incapacidade gestora da burguesia neófita dos depauperados e sinistrosos desvalidos e irresponsáveis pela desventura que fomos submetidos durante 13 longos anos de retrocesso.
 
Na provincial linguagem popular há um adágio que afirma toda destemperança que há no gandaiar dos pernósticos que vivem de ludibriar a consciência dos imaculados, dos restos que sobram sobre a terra desvalida e arrasada pela própria fome dos seus asseclas. Os intrujões que se locupletaram das joias da coroa não tiveram tempo ágil para usufruírem das benesses que o dinheiro oferece, foram apanhados precocemente, antes da brisa do vento e bem antes do amanhecer, normal numa situação no debacle sorrateiro e revestido de perversidade notória.
 
Nos últimos dias já não ouvimos com tanta veemência as vozes que rosnavam o Fora Temer, numa alusão a possível derrocada do atual presidente, como se esse tivesse pedido para ser vice-presidente da República, na chapa conjunta da presidente eleita, Dilma Rousseff, e deposta por conta e risco do conjunto da obra do seu governo tenebroso; todos sabemos que houve um pedido unívoco da esquerda brasileira para que Michel Temer continuasse compondo a chapa petista para que tivesse uma chance de sucesso na reeleição, o que de fato ocorreu.
Depois dos primeiros levantamentos, o que foi encontrado não passa de uma verdadeira herança maldita, deixada pelo governo falido. Temos uma economia em frangalhos, uma indústria sucateada, um comercio soterrado até o pescoço; uma educação pedindo socorro para tentar recuperar o tempo perdido; um projeto de saúde com enorme dificuldades de sobrevivência, a não ser que se faça uma verdadeira reengenharia em todo seu projeto.
 
Um povo sem esperança nos seus gestores, descréditos nos políticos que aí estão uma verdadeira sofreguidão para os que precisam continuar na sua luta e permanecer na ativa em busca de sobrevivência, num mercado atípico e recrudescente que insiste em não aceitar desafios.
 
A despeito dos relatos feitos ainda há aqueles que continuam acreditando nas mentiras injuriosas espalhadas pelos inimigos da população crédula nos seus “benfeitores”, acomodados na camada da política nacional, propagando os malefícios plantados pela direita brasileira, desrespeitando a inteligência do povo mais humilde e carente.
 
Dessa forma, o período mais agudo da influência do cognominado beneplácito dos pobres no Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já passou, hoje esse senhor dos anéis solapados, conjuntamente com os dedos, quando não as mãos. Portanto, para a Nação essa é uma situação de grande benefício, pois, assim, temos a certeza que esse tipo de desvalido governo não retornará durante um grande período, até que nossa memória continue registrando resquícios dessa tragédia humana que se implantou por um período de inequívocos prejuízos para o País.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 

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Estamos juntos

 

Quando foi virada a página da história política da Ex-Presidente Dilma Rousseff, com sua cassação do mandato, manutenção dos seus direitos políticos, o país entrava em novo ritmo com a posse em definitivo, de o atual Presidente Michel Temer, e até 2018, saindo da posição incômoda de presidente interino, cujo termo e cargo não leva ninguém a lugar nenhum. Assim, os dias vão se passando e o ritmo administrativo do senhor Presidente tem se mantido aquém do desejo dos brasileiros, esses, ansiosos na espera que o país tome o caminho do desenvolvimento, necessariamente, não precisa ser em ritmo acelerado, mas, que retome o caminho do emprego para os 12 milhões de desempregados, por conta e risco da administração do arruinado partido dos trabalhadores (PT).

 

Particularmente, não acredito que tenhamos uma retomada imediata, as coisas vão vir lenta e gradualmente, infelizmente, não há como se colocar em prática uma política de revitalização do país quando sabemos que a economia encontra-se em frangalhos, moralmente arrasado, com sua reputação, dentro e fora, servindo de comentários maledicentes, jocosamente sendo humilhado e relevado a país de 5º categoria, o que não merecemos pelo muito que somos no conceito internacional. Acredito que não será por ação de um partido que surgiu das massas, chegando ao poder maior ainda na sua juventude, tenhamos que pagar um preço injusto e desproporcional a nossa dívida. Compreendemos que realmente estamos no bico do urubu, como se diz popularmente, mas, essa não é nossa posição, se chegamos até aqui temos a real capacidade de nos erguermos, sacudirmos a poeira do chão onde estamos, dar a volta por cima e seguir nosso caminho em busca do futuro que nos pertence. Não vamos fraquejar nessa hora, ainda temos forças e juventude, acredito nos jovens do meu país e na capacidade de reação do nosso povo.

 

O título desse trabalho é uma colocação feita pelo Presidente do Senado e do Congresso, Senhor Renan Calheiros, captada pelos microfones do plenário, na hora da posse do Presidente Michel Temer, hoje ela está sendo muito repetida pelo que possa vir a representar no futuro. Se o Presidente Michel Temer continuar com o governo de compartilhamento, na forma que vinha sendo feito no governo anterior, confesso, demos o passo errado, nada irá mudar, vamos compreender que mudaram pessoas, nem todas, há muitas caras dentro do atual governo que fazia parte do governo anterior, isso é ruim, pois, representa de certa forma, o continuísmo indigesto e indesejado. Esperamos que o nosso Presidente, tenha a delicadeza e a moral de refutar qualquer tipo de políticas com politicagem e faça valer seu poder de Presidente, com mão firme, sem machucar, com voz determinante, sem magoar, e com a capacidade intelectual que lhe é peculiar, e faça dessa Nação um patrimônio verdadeiramente Nacional.

 

O Brasil segue seu ritmo natural, segunda feira(12), a Ministra Carmem Lúcia, toma posse como Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), muitas são as esperanças depositas em seu nome, por tudo que ela tem demonstrado na sua carreira impoluta, coisa rara em nossos tempos, e sua disposição para o trabalho é tudo que desejávamos para o ocupante do cargo tão importante no país. Na mesma data (12), no contra ponto, no plenário da Câmara Federal, o Deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), finalmente é cassado juntamente com seus direitos políticos, o resultado da votação foi surpreendente, teve 450 votos a favor da sua cassação, 10 votos contra e 1 abstenção, placar significativo para quem levou 11 meses protelando esse dia. Essas duas situações, bem distintas, mostra que os ventos estão soprando em benefício do Brasil.

 

A hora é de seguir enfrente fazer todas as negociações, negociatas não, com aqueles que querem o bem do país, buscar pessoas coerentes e honestas para ajudar na reconstrução da Nação, esquecer os desafetos, as vozes que já não encontram eco nos ruas e nas praças, e mostrar seu trabalho. Quem sabe, é chegada a hora de recomeçarmos e darmos um jeito em busca de um futuro próximo para aqueles que querem o melhor para todos nós, que buscamos um país igualitário, transparente respeitado e respeitoso para com os seus.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


 

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Uma semana decisiva e quase previsível

 

Sinceramente, não sabia das vozes roucas das ruas, das invencionices inventadas em pleno decorrer da sessão da votação do impedimento da hoje Ex-Presidente Dilma Vana Rousseff, nem previa os números finais para seu afastamento, nem mesmo imaginei os espalhafatosos discursos situcionistas e contrários ao Presidente Michel Temer, muito menos as digitais de Renan Calheiros, Presidente do Congresso Nacional, no afago ao votar na permanência dos direitos políticos da presidente afastada, muito menos, a média do Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Levandovsk, ao fatiar o voto em duas partes distintas, salvaguardando de certa forma o desejo dos petistas e seus assectas, colocando um ponto fora da curva ao menoscabar a Constituição brasileira.

 

A história nos relata fatos que fizeram o rumo das coisas tomarem destinos diferentes, por várias razões, dentre as quais, as paixões políticas, o ranço dos desditosos, a mágoa dos injustiçados, o contorcionismo dos perdedores e suas sequelas sempre marcadas na pele dos mais sensíveis, normalmente entrepostas entre a pele a alma dos mais açoitados, convalescentes e prostados, longamente acamados, autopiedade dos decepcionados e refugiados nos labirintos das masmorras fétidas e lúgubres, lugares só encontrados nas mentes dos autodeportados e condenados pela própria consciência, como castigo imposto pelo péssimo comportamento e a difícil aceitação do sucesso alheio.

 

Agosto tradicionalmente sempre foi tido como um mês de desgostos, e o próximo passado não foi diferente, para muita gente, fomos castigados pelos resultados negativos em vários setores da nossa sociedade, os números refletiram a condição desfavorável na nossa economia debastada pelo comportamento irresponsável dos que estavam manuseando nossos destinos, vamos ter que amargar por um longo período de noites de inverno, ousente de luzes, pelos descabidos e escabrosos projetos eneficientes e ineficazes que fomos submetidos.

 

A angustiante tragédia que se abateu sobre os brasileiros permanecerá por muitos longos anos a nos consumir pela nossa absoluta culpa, pois, nós nos permitimos essa possibilidade nefasta, mesmo porque, fomos nós os responsáveis por colocarmos essa gentalha que faziam o Partido dos Trabalhadores no comando dos nossos destinos, mal sabíamos do que estávamos fazendo, agora, temos que levantar a cabeça lutar para recuperarmos treze anos perdidos tanto no social como no econômico, além, evidentemente, do moral que ficamos mais arrasados que terras depois de terremotos de alto grau na sua escala.

 

O mais repugnante é perceber que os algozes do agora governo empossado não reconhecem suas desventuras, suas mazelas, seus tirocínios de malversação, sua tirania obsessiva. Os advogados da presidente afastada já recorreram ao STF tentando anular a sentença dada pelo Senado Federal, por afastamento em definitivo do cargo, mesmo mantendo os direitos políticos da ré, querendo que se mantenha a interinidade do Presidente Michel Temer. Enquanto isso, os apoiadores do atual presidente tentam anular o efeito dos direitos políticos da presidente destituida. Dessa forma, fica estabelecido que a sinecura em questão deve ser bem proveitoso e de rendosa aferição, e pelos ditames perseguidos, no final do percurso, muitos regozigos se converterão como prêmio aos contemplados.

 

Quando acreditávamos que estávamos com o assunto Dilma Rousseff, definitivamente resolvido, o assunto volta a mídia e a pauta política nacional, não há um recomeço de uma história mal resolvida, há sim, uma pendência que se esforça em não se acabar, um verbo que se julga não conjugado nas flexões de modo, tempo, pessoa, número e voz, seguindo uma ordem determinada. Nós brasileiros comuns, continuamos a conviver com a incapacidade dos políticos em se aceitarem, e trabalharem por um país democrático, com segurança Jurídica, definindo um norte a ser seguido, com um pretérito enterrado junto com suas vergonhas e façanhas inescrupulosas, rotina de uma nação tupiniquim que não se cansa de ser a mesma desaventura e maldita, senhora das desavenças e intrigas banais, uma bestialidade concreta. Para quem duvida, a vida continua em capítulos conforma a nuance dos ventos.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.co


 

 

A vida continua depois dos detalhes amorfos
 
Os paradoxos e compadrios nem sempre impedem que o ritmo da vida continue livre e soberano, no esporte tivemos um encerramento das Olimpíadas dignas de todos os bons carnavais brasileiros, uma verdadeira epopeia de encontros e desencontros entre jovens que vivem no momento mais fértil de suas vidas, quando as aventuras e sagas são apenas detalhes de um hiato sendo arremessado ao futuro, sem compromissos maiores com o comprometimento das ações geradas no calor das palmas febris dos corações embriagados pelo aroma doce da juventude com toda sua vigor.
 
Muito embora tivéssemos um crescimento em números de medalhas conquistadas, não foi nada excepcional comparativamente ao número de atletas inscritos, agora em 2016, participamos com 474 atletas com 19 medalhas, das quais 07 ouros. Enquanto em nossa primeira participação, na Bélgica/ Antuérpia, 1920, com 29 países na disputa, ficamos em 15º com 03 medalhas, a de ouro ficou com o Tenente Guilherme Paraense, portanto, o primeiro medalhista de ouro de nosso país, naquele ano foi apenas com 21 atletas inscritos.
 
Tivemos muitas decepções com atletas e equipes, esse sentimento faz parte do processo, acreditávamos muito em determinadas categorias e menoscabamos outras que nos foram gratas e reconfortantes. O canoísta Isaquias Queiroz, de apenas 22 anos, foi a surpresa agradável entre nossos atletas, tendo conquistado três medalhas, sendo duas de pratas e uma de bronze, um feito nunca antes ocorrido em nosso país e na canoagem, sem nenhuma tradição por aqui. Quem ficou encortinado foi o menos valoroso, o paulista Thiago Braz que tentou e conseguiu o salto com vara, mostrando toda sua coragem e ficando com o ouro em sua companhia.
 
Fomos agraciados com medalhas de ouro no futebol e vôlei de quadra masculino, com grande honra para o vôlei de praia masculino, com Alison e Bruno Schmidt. O que dizer do Judô feminino tão bem representado com Rafaela Silva e sua valentia. Fomos surpreendidos ainda com Robson Conceição, um bravo atleta que honrou grandiosamente o Box e nos presenteou com outra medalha de ouro. Finalmente, tivemos a honra da participação dourada de Martine Grael e Kahena Kunze, mantendo a hegemonia da Vela na família Grael em nossa terra.
 
Esses feitos não foram suficientes para acharmos que fomos suficientes, pelo contrário, deixamos muito a desejar, precisamos aprender com os erros e procurarmos evoluir usando nossas falhas como alavanca para o futuro. A hora de comemorarmos já passou, a bandeira já foi dobrada e levado em destino a Tokio/Japão, lá, quando ocorrer a nova Olimpíada, 2020, for anunciada, outros ídolos certamente virão, novos recordes serão batidos e assim vamos levando a vida olímpica de quatro em quatro anos. O Japão já anda anunciando sua preocupação com os custos que terão que arcar, mesmo contando com uma estrutura montada em meados dos anos 1974 para patrocinar sua primeira Olimpíada, nas terras do Sol Nascente.
 
Enquanto saímos de uma empreitada árdua, porém vitoriosa, tanto na organização como na segurança, não medimos esforços para garantirmos o financiamento dos seus custos, absurdamente altos e impraticáveis para um país da nossa estirpe e com nossos vícios de comportamentos políticos arraigados no nosso DNA. Fizemos nosso papel, o legado que ficou será comensurado daqui algum tempo com o aproveitamento dos esqueletos físicos que ficaram de toda estrutura da engenharia civil e mobilidade urbana para a cidade do Rio de Janeiro.
 
É hora de aproveitarmos o calor das ruas com o contentamento pelos nossos feitos e investirmos nos atletas que certamente levaremos para os próximos jogos Olímpicos, esse será o investimento maior que teremos retorno no futuro, com a criação de mentalidade de competição, criando o desejo em cada brasileiro atleta, de retornar de suas competições com suas medalhas brilhantes no peito, como símbolo de coragem, bravura e heroísmo. Esse é o país que queremos como formação para o futuro bem próximo.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
Genival_dantas@hotmail.com

 

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Reta final

O Brasil se ajusta no seu momento final das Olimpíadas e na política. No esporte, por enquanto, não mudamos muito, continuamos em busca de medalhas mais valiosas nos elevando a superciliosos nas conquistas mais expressivas no contexto mundial. Temos verificado nossas limitações e precárias condições no apoio a nossa juventude briosa, porém tratada com indiferença por quem devia dedicar total apoio no interregno dos jogos de alcance internacional, primordialmente as Olimpíadas.

Nos jogos tradicionais à nossa cultura esportiva não fomos tão brilhantes e eficientes como almejávamos, fomos até de certa forma incompetentes para alvejarmos posições melhores, nos comportamos superiores quando devíamos ter nos debruçados de forma mais consistente e não confiado na nossa tradição esportiva, uma coisa é competirmos entre nossas forças internas, outra situação diferente é quando encaramos adversários com nosso potencial esportivo e melhores ranqueados na competição internacional, refiro-me ao futebol feminino e ao vôlei de praia, tão admiradas entre nossa torcida, cujos resultados não justificaram tanta esperança que nutríamos.

Não soubemos aproveitar a oportunidade, única para nossa geração, e transformar esse apoio governamental em resultados mais positivos, o investimento foi muito grande, certamente não teremos grandes retornos, o legado alegado pelos gestores seriam os mesmos com ou sem Olimpíadas, seria suficiente que os administradores investissem melhor na mobilidade urbana tão relevada a segundo plano nos últimos tempos; ainda corremos o risco de termos uma tragédia provocada pelos terroristas internacionais em terras brasileiras, felizmente estamos passando por esse teste de fogo e temos a esperança que continue assim até o encerramento da jornada.

Ainda temos algumas medalhas a conquistar, espero que sejamos beneficiados pelo fato de sermos sede dos jogos e provocar essa situação no coração e mente dos nossos atletas que ainda disputam as primeiras colocações. Temos que apelar para a capacidade dos nossos jovens e o sentimentalismo que prevalece nessa hora de decisão.

No outro lado da moeda a definição pela continuidade ou não da Presidente afastada, Dilma Rousseff, foi marcada a data da sessão final, com inicio previsto para 25 do corrente mês, certamente não será avançado o mês subsequente. A interinidade de Michel Temer é interrompida, ele terá oportunidade de avançar com seu governo ou passará o bastão a Presidente Dilma, para continuar com seu desserviço à Nação brasileira.

A possibilidade de a Presidente Dilma retomar o comando do país é muita remota, considerando que o PT e seus aliados hoje estão em número reduzido, não perfazendo o número desejado para barrar o impeachment, mesmo assim, tudo é possível em termos de política, não podemos e nem devemos subestimar quem está por baixo, o respeito precisa ser colocado em primeiro lugar, devemos sim, procurar de todas as formas levantar fatos que justifiquem o nosso desejo e interesses que os mal feitos sejam estancados e os elementos que trabalharam em função dessa desdita sejam definitivamente afastados dos seus cargos públicos e ensejados a não mais retornarem por algum tempo, até que o país passem por uma purificação na sua gestão e recuperemos nossas forças tão debilitadas que deixaram.

Temos esperança que a nossa memória não seja apagada em breve tempo e tenhamos consciência que os benefícios trazidos pela esquerda irresponsável não justifiquem as mazelas praticados pela escória política nacional em tão pouco tempo, 13 anos apenas de nefasta gestão, foram suficientes para devastar um país de futuro e teve um presente tão funesto.

Temos pela frente uma eleição de âmbito municipal, nessa oportunidade teremos como fazer um pequeno teste das consequências que ficaram da megalomania gestora da esquerda maléfica. Espero que não guardemos rancor daqueles que tiveram a oportunidade de testar a capacidade administrativa e não souberam condignamente responder responsavelmente pelo erário público, muitas vezes por absoluta falta de capacidade e em outros momentos por permitir que seus aliados fizessem devassa nas contas públicas, acarretando um prejuízo enorme à nação brasileira. Dessa forma, acreditamos, principalmente, e, crente na consciência de todos nós, que tenhamos melhor sorte no afastamento definitivo da Presidente Dilma Rousseff, e que essa página fique virada para todo o sempre.

Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com


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Caminhos distintos

O Brasil entra no mês de agosto com posições bem claras em dois pontos básicos para nossa população. Por questões megalomaníacas forçamos a situação e fomos agraciados como sede das olimpíadas que começa oficialmente sexta-feira (05). Muitos países fogem desse compromisso pelos resultados negativos que decorrem do seu patrocínio, como somos diferenciados e pelo aforismo petista, onde tudo é possível custe o que custar, embreamos a mata virgem de vidas desconhecidas, quando muito de caráter duvidoso, quando muitos e prováveis agouros servem de pano de fundo para o espetáculo que se avizinha. Mesmo diante desses alarmes negativos nos propomos ao projeto de exposição mundial e os investimentos foram feitos com sacrifícios para todos nós, mesmo considerando um projeto arrojado e, principalmente, para um país com sua situação financeira e econômica em estado falimentar como é o nosso caso.

Aos poucos fomos nos moldando ao clina da nova realidade, atletas e delegações começaram a chegar, com algumas dificuldades em acomodações, feitas exclusivamente para recepcionarmos nossos convidados e competidores; a correria foi grande, fizemos o possível para que sanássemos os problemas apresentados de última hora, mormente na infraestrutura mal acabada e construída a toca de caixa, sabendo-se que toda obra executada nesse frenesi a possibilidade de desacerto é muito grande, mesmo assim, corremos o risco e fomos ridicularizados em todo planeta.

Os ajustes foram resolvendo as situações desagradáveis e o tempo tratou de acomodar os fatos dentro do nosso prisma, assim os treinos para os desafios começaram a se intensificar de forma consciente e dentro da capacidade de cada delegação. O Brasil, como não podia ser diferente apresenta sua maior equipe de atletas, com 465 nomes escalados dentre os melhores nomes da Nação, visando, evidentemente, tentar ganhar o maior número de medalhas possível, principalmente por ser país sede e perdendo em número de atletas, apenas para os EUA, que sempre foi a delegação olímpica que mais se apresentou com números de atletas, e, por conseguinte, pela qualidade atlética, a que mais obteve sucesso em todos os jogos.

Muito embora as nossas dificuldades sejam enormes, somos tomados pelo espírito olímpico e nos engajamos definitivamente nesse clima de festa. Agora não há como retroceder e temos que torcer pelos nossos, afinal é coisa rara, e vivemos esse momento, compartilhar e viver o clima dos jogos olímpicos em nossa terra, não sabemos quando teremos uma nova oportunidade, certamente nossa geração não terá outro privilégio, por conta dessa façanha temos que nos dar as mãos, esquecer ressentimentos de ideologias ou facções políticas e partirmos para tentar uma participação honrosa nesses jogos realizados em nossa pátria.

No outro lado da moeda a vida continua a mesma, o mundo político não se resolve, fica cada vez mais emaranhado com a desídia dos seus atos para com o comprometimento da coisa séria. O processo de afastamento da Presidente afastada Dilma Rousseff, continua da mesma forma, o relator do processo, Senador Antônio Anastasia (PSDB/MG), na leitura do seu relatório, ontem (03), foi objetivo, pedindo sumariamente o afastamento em definitivo da Presidente em questão. Uma posição já esperada por todos, como também era sabido que os defensores de Dilma Rousseff apresentam votos em separados, mesmo sendo sabedores da dificuldade de ter respaldo na comissão.

A Nação brasileira precisa urgentemente sair desse marasmo político para poder ter sustentação Jurídica, criamos um grande impasse, depois de tantos descalabros temos um governo provisório que não transmite nenhuma segurança em todos os sentidos; a população ainda desconfiada, pois o atual Presidente provisório, Michel Temer, foi eleito na chapa do PT, mesmo sendo do PMDB, traz no seu cerne o vício e a cognição das barbáries cometidas pelo antigo governo. Agora, mesmo que o Presidente provisório tente se esforçar mostrando um lado mais positivo, querendo mudar o jeito de governança, ainda não conseguiu o apoio popular da população, a simpatia aos seus gestos ainda são inexpressíveis.

Os investidores internos e externos começam a dar um sinal de crédito muito vagarosamente, essa fase só passará quando, efetivamente, o Senado resolver a questão, em definitivo, do afastamento da Presidente Dilma Rousseff.
Enquanto isso, vamos nos embalando na alegria da nossas possíveis vitórias nas olimpíadas e torcendo para que tenhamos um final político digno das nossas necessidades e premência.

Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com


 

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O brasileiro apetece um governo de caráter forte

 

O atual governo não tem demonstrado que vai elidir em tempo razoável todas as mazelas praticadas na era petista, fica cada vez mais sintomático na proporção que o tempo passa e as confrarias montadas para dar credibilidade às ações governistas são compostas por pessoas que antes lotavam os espaços ocupados e permeados pelas correntes esquerdistas e monopolistas guiados pelos pensamentos perversos e maquiavélicos que transtornaram mais de uma década da sociedade brasileira, por tamanha necrose e desmilinguido aspecto que ficou da estrutura gerencial que sobrou da forte e soberba estrutura do país, o que temos, definitivamente, são restos a pagar de um ativo negativo sem forças nem mesmo para se pagar ou recomeçar de algum lugar que não seja da lama fétida.

 

Já não há tanta ênfase nas palavras de defesa nos defensores do governo deposto pelo Senado Federal, mesmo que provisoriamente, perde-se a esperança que o governo retorne, se o governo provisório não é aquele que tínhamos imaginados ele opera de forma direcionada a cabala dos desconformados, por um momento de incertezas e de futuro incerto que temos convivido nos últimos dois meses, principalmente pela falta de segurança jurídica que acomete os governos provisórios e dependentes de um legislativo ardiloso como é o do nosso país, em toda sua extensão e fundamentos, operando da forma mais que vergonhosa e inescrupulosa, do jeito que é dando que se recebe numa troca de favores desfavoráveis ao erário público e a moralidade política.

 

 

 

Nessa flagrante ostentação de concubinato leviano, mantido pelo fisiologismo pragmático e obsessivo, numa relação de caráter estritamente duvidoso e nocivo, travestido ordinariamente, sob a luz difusa do abajur lilás, quando da procrastinação do dever assumido e abortado pela facilidade que o abuso do poder revela na fragilidade que o erro se apresenta, sem, em nenhum momento cobrar a minha culpa, minha máxima culpa, postando nos holofotes da ganancia e do ganho fácil toda malemolência advinda dos mais indispostos a lutar pelos seus objetivos e um lugar sério no futuro próximo.

 

Eu imaginava que no mês de julho não tivéssemos mais resquícios das malversações promovidas pela administração passada, entretanto, foi um ledo engano, estamos ainda permeados pela insolência da descompostura imposta pela gritante aberração que fui acometido pelo projeto de poder sem ditames, apenas escorados na conveniência de uma lógica da ilegalidade e espraiado apenas aos seus comparsas.

 

Com a aproximação entre o Presidente em exercício Michel Temer, o presidente do Senado Renan Calheiros e o presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia, espera-se o retorno de uma política centrada no mais elevado grau, porém, essa possibilidade passa a ser duvidosa, a partir do momento que as três autoridades foram moldados na forma da politicagem que se desenvolve já por muito tempo, ampliada evidentemente, no governo petista na tentativa de desviar recursos em somas maiores e em menor espaço de tempo. Lembro-me de uns 50 anos atrás, quando falávamos em corrupção, o número que ficava em evidência era em torno de 10% de desvio absoluto. Hoje esse número é o que imaginamos que fica para a obra ou o material a ser contratado, ficando a diferença a ser dividida pelos aproveitadores e responsáveis pelo descalabro do nosso país.

 

Pelos fatos elucidados não temos dúvidas que, mesmo que o Presidente Michel Temer, continue no cargo até 2018, não haverá tempo nem medidas suficientes para retrocedermos aos patamares do inicio do ano de 2000, quando ainda era presidente, FHC, Fernando Henrique Cardoso. Por tudo isso, teremos ainda uma longa travessia, muitos serão ainda os contaminados e expurgados da vida pública, outra grande leva será identificada e isolada para o bem e a moral da Nação brasileira. Vai ser preciso paciência e determinação não só do governo, mas, de todos os brasileiros que querem um país livre dos aventureiros e deformadores da moral e dos bons costumes.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


 

 

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Apesar da epifania o Brasil segue seu rumo

 

Muitos foram os líderes religiosos, cientistas, místicos e filósofos que tiveram experiências epifânicas, dentre eles podemos destacar Jesus Cristo, Buda, Moisés, Estevão, Friedrich August Kekulé e Maomé, todos abarcados com seu povo com determinação sempre voltada nas suas conceituações profundas e pontuais. Para esses privilegiados de mentes e atitudes, o tempo e o espaço foram sempre generosos para com as suas filosofias e a sensatez que sempre prevalecia nas suas manifestações profanas.

 

Temos convivido nos últimos anos, mais de uma década, com uma verdadeira atrofia política, com sucessivas perdas e danos ao nosso país, um prejuízo incomensurável ao mundo político que sempre teve o respeito e a consideração dos povos como um verdadeiro supino o alcance dos nossos intelectuais, mormente os mais devotados e politizados gestores da governança, em toda extensão territorial, o que não é pequena, nem mesmo fácil de ser conduzida, com tantas culturas regionais, balanceadas com influências das mais diversificas possíveis, mesmo porque, o Brasil é tido como um país multirracial, entretanto, com confluências para o bom senso, destacando-se daí o razoável espirito apaziguador e ponderado que sempre impregnou nossa raça.

 

Com a recente eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara Federal, político bastante experiente e calejado com as disputas políticas, os entreveros que formam o quadro da política nacional hão de serem disseminados, ao mesmo tempo eliminados pela inconsistência dos valores associados à formação do caráter improprio ao desenvolvimento do povo brasileiro. O Deputado Rodrigo Maia, conhece a teia do mundo político, com formação na área econômica, portanto, moldado aos problemas que perturbam a nossa economia, deixando indigesto todas as áreas afetas e dependentes dos malefícios e benefícios que o mundo financeiro pode facilitar ou não para o desenvolvimento e retorno de qualquer setor público. Essas características, do Rodrigo Maia, tornam-se lenitivos associados a sua juventude na luta contra a inercia gerada dentro da administração pública federal, tornando o país capenga, moroso e carcomido pela sua própria ineficiência para destravar a nossa economia e deixar que a nação tome um rumo em direção aos seus objetivos mais simples, prevalecendo uma boa política na saúde, na educação e segurança, o tripé tão desejado, minimamente, para que tenhamos um pouco de cautela e determinação na nossa labuta diária.

 

Reconhecemos que temos uma economia desastrosa e desastrada, não temos mais o espírito competidor, estamos sendo superados por países menores e de economia menos desenvolvida que os nossos concorrentes diretos e indiretamente, claro que cometemos nossos erros e equívocos no decorrer dos últimos tempos, fomos atropelados por um projeto de poder, implementado por políticos amadores, sem nenhum conhecimento dos problemas inerentes ao surgimento dos encalhes e intempéries que sempre surgem na condução de um processo ou projeto que desenvolvemos. Por conta dessa formação vazia perdemos tudo, ou quase tudo, que foi feito no campo social, os ganhos realizados nesse interim foram praticamente absorvido por uma inflação que veio lenta e silenciosamente corroendo toda gordura acumulada, levando, principalmente, os assalariados ao apavorante mundo do desequilíbrio e desconforto de não ter como manter seu padrão de vida, que surgiu e evaporou em tão pouco tempo.

 

Esperamos que nesse segundo semestre, depois do recesso, o Congresso Nacional, possa definitivamente, tornar a governança nacional viável, oferendo ao presidente interino, Michel Temer, os instrumentos necessários, principalmente com segurança jurídica, para que tudo volte ao normal, dentro de um prazo razoável e que possamos enxergar a luz, tão necessária, no fundo do poço em que nos encontramos. A questão política, com afastamento da Presidente Dilma Rousseff, seja efetivamente resolvida, que tenhamos o bom senso de darmos um prazo ao presidente em exercício para que ele possa trabalhar com a razoável tranquilidade tão necessária a todo e qualquer homem que precisa trabalhar com os olhos no futuro de pequeno, médio e curto prazo.

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

www.genivaldantas.com


 

Duas honras esboroadas, dois destinos incongruentes

 

Quando Eduardo Cunha se sentiu preterido pelo PT e colocado à boca dos lobos para ser trucidado pelos seus opositores na Câmara Federal, não teve outra alternativa se não a iniciativa de colocar em pauta, acolhendo, em retaliação, um, entre os 34 pedidos de impeachment contra a Presidente Dilma Rousseff, refluindo o processo que hoje atormenta não apenas as vidas de Dilma e Cunha, mas, a vida e o dia a dia de todos os brasileiros. Foi com essa atitude que surgiram as sequências, em forma de desdobramentos, da Operação Lava Jato, mostrando a face oculta dos políticos maquiavélicos encrostados nos corredores, pátios e guetos da política nacional.

Não temos dúvidas, Eduardo Cunha antes de renunciar ao cargo de Presidente da Câmara Federal deu uma substancial colaboração à moralidade de nossa terra. Muito contribuiu para o afastamento, não só apenas da desacreditada Dilma Rousseff, com a sua torpe de auxiliares, tão incompetentes quanto à própria chefe, mas, alijando definitivamente da vida pública, o petismo, pelo menos nos próximos dois anos, claro, dando como certo o afastamento definitivo da presidente rejeitada pela grande maioria da população.

Ficou patente que a Dilma é o simulacro da própria mazela administrativa, não sendo um exemplo de gestão como nos foi vendido a ideia sacrossanta de um contorcionismo aloprado de uma algoz prosista encalacrado nos meios burocráticos, transformando um país de economia progressista e acreditada na comunidade internacional, numa provinciana e desmilinguida sociedade de fundo de quintais.

Infelizmente, por conta da megalomania petista, muito dinheiro investido pelo governo em projetos do setor público foi definitivamente perdido, em vez de resultar em aumento de capacidade produtiva, ou ainda, por conta da superavaliação das obras, até mesmo com desvios de recursos pontuais. Sem contar com outra parcela de obras desperdiçadas com suas paralizações, não obstante, algumas utilizáveis, mas, sem nenhum aproveitamento logístico.

Conta-se no meio desse devaneio, conforme levantamento do Jornal O Estado de São Paulo, mais de 5 mil obras paradas em todo país, dentre elas temos saneamento básico, ferrovias, rodovias, até mesmo conjuntos habitacionais por conta do programa Minha Casa Minha Vida, projeto tão necessário quanto oportuno, se desenvolvido fosse dentro das normas e procedimentos legais. A patifaria está em todos os níveis, desde o poder executivo municipal, estadual e federal, todos contaminados com o vírus da desconstrução nacional, com muitos partidos e políticos de várias ideologias devotos do alheio.

Esse tipo de comportamento nos deixa triste pelos prejuízos dados ao erário público, e o pior, sem termos nenhuma certeza que esses recursos desviados serão um dia retornados aos cofres públicos, ficando apenas como castigo, uma punição carcerária transformada posteriormente em prisão domiciliar adicionando aos culpados tornozeleiras eletrônica para que não possa se ausentar do ambiente previamente demarcado pela Justiça. Esse tipo de condenação é muito pouco para quem nos fez de verdadeiros idiotas, usando e abusando do voto de muitos inocentes para ludibriar a consciência de todos nós.

Depois da renúncia do Eduardo Cunha, com a consequente cassação do seu mandato de Deputado Federal, e o afastamento da Dilma Rousseff, nos deixa uma ponta de esperança que essa seja a ponta do iceberg que desponta no mar de lama da política nacional, que outros possam pagar pelos seus erros e desvios de comportamentos, que a justiça seja definitivamente aplicada aos devedores, não se escolhendo nomes, nem partidos, que todos sejam iguais perante a Lei, como sempre nos pregaram, que os justos sejam reconhecidos e reconduzidos ao seio das suas famílias e sua sociedade, só pedimos justiça para todos.

 

Genival Torres Dantas

Poeta e escritor

www.genivaldantas.com


 

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Bondades nem sempre consegue confiança

 

O Brasil entra cada vez mais na atmosfera contaminada da atual camada política corrupta e seus corruptores, encontrados facilmente no meio empresarial, notadamente no seio dos empreendedores das construções, operantes na infraestrutura brasileira. Essa via de regra, com exceções, fica mais patente na proporção que o sistema policial e judiciário avança nos guetos da criminalidade do colarinho branco, bem postados nos arrabaldes da economia séria e formal, nesse ambiente de aspecto lusco fusco dar-se a ideia de impunidade total pelo difícil alcance das autoridades constituídas.

Dessa forma, apenas a mudança do CPF do Governo Federal não foi suficiente para estancarmos a gula dos políticos e setores viciados em dinheiro fácil, mesmo que espúrio e defenestrado pela população consciente e coerente. É de bom alvitre não esquecermos que pelo prolongamento da crise fomentada nos últimos 13 anos pelos governos escabrosos do petismo esdrúxulo, fica muito difícil de uma só canetada eliminarmos toda patifaria incrustada na administração pública e que recrudesce na proporção que o tempo passa, cujas manobras, para que seja eliminado esse cancro devastador vamos demorar pelo menos o mesmo período de sua prática.

Fica imperioso sem se tornar frenético que tenhamos um pouco de paciência para com o governo de Michel Temer, principalmente pelos motivos evidenciados acima e pelo próprio estágio de maturação em que todo negócio tem que haver para o retorno surgir. Nesse caso específico de muita sensibilidade, quando o jogo de cintura tem que ser usado todo tempo e por todo tempo. Mesmo seguindo esse raciocínio lógico não podemos aceitar devaneios e práticas de bondades acima dos limites suportáveis pelo caixa do Estado. Quando o presidente provisório e interino anunciou que ia implantar um sistema de austeridade, ficamos confiantes numa reversão imediata das sangrias que vinham jorrando dinheiro das entranhas da administração federal, mesmo que esse dinheiro, que não mais existia, viesse de fontes alimentadas por juros escorchantes levando a nossa pátria ao mundo dos maus pagadores, portanto, com sua nota sendo diminuída a cada anúncio da comunidade financeira internacional.

O governo interino anuncia o seu pacote com um déficit superior a R$172 bi, nesse caso, bem superior, mais que o imaginável, levado ao Senado pelo governo Dilma Rousseff. Confesso que fiquei assustado com os números apresentados. Na sequência em que ia aparecendo bondades do Presidente, no caso do reajusto do Judiciário, o inconsequente absurdo, dinheiro enviado ao Estado do Rio de Janeiro, além de outras invencionices usadas para sugar dinheiro do erário, mesmo porque, estava muito fácil enfiar a mão no cofre administrado pelo Michel Temer, tamanha sua benignidade, principalmente, para seus adversários que precisavam serem afagados para garantir a continuidade do seu governo, sendo sustentado pela benevolência do Senado Federal, no caso, afastando definitivamente a Presidente Dilma Rousseff.

Nem sempre bondades é sinônimo de confiança, não há uma reciprocidade automática, quando se usa esse expediente como argumento cria-se o risco de ter que dar sempre e em quantidades maiores para o oponente desonesto que usa o artifício da chantagem para levar vantagens cada vez maiores. Cria-se um corredor mais próximo da morte que da vida, surge os 15 governadores do Norte e Nordeste ancorados na tese do acordo fechado com a União com os Estados Federados, já havendo um documento endereçado ao Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, suscitando essa bondade ainda no ano em curso. Não bastasse os contornos Lavajatianos no Congresso Nacional e todo seu contorno, agora o país se ver na arte do faz me rir, mais uma vez, com o dinheiro extorquido de um poder quebrado, como é o caso do Executivo brasileiro.

Mesmo continuando achando que Michel Temer, como presidente, está leniente, acima do aceitável, é preciso que tenhamos um pouco mais de paciência, o suficiente para verificarmos se realmente o seu governo não passa de um puxadinho do governo anterior de Dilma Rousseff, ou, se efetivamente, ele veio para tirar a Nação do marasmo em que se encontra ou empurrar, definitivamente, a locomotiva brasileira para o abismo, sem solução ou breviário para o futuro.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


 

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Incertezas

 

A prisão do ex-ministro do Planejamento no Governo Lula, Paulo Bernardo (PT/PR), e marido da Senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), fez definitivamente o petismo desbussolar, saindo em agressão ao sistema judiciário e a todos que fossem contrários ao seu pensamento, claro que deve-se respeitar o lar de quem tem imunidade parlamentar, no caso específico a Senadora, mas, o alvo era, nesse momento, o ex-ministro, acusado de desvio de comportamento em subtração de R$100 milhões dos funcionários federais, ficando esse com a quantia de R$7 milhões. Esse foi mais um capítulo lamentável do comportamento de políticos envolvidos em fraudes que compõem a história desleal abarcado pelo PT e seus séquitos, apoderados do governo federal nos últimos 13 anos.

 

Enquanto o tempo passa e a situação no país estaciona num patamar de alarmante preocupação, e vai perdurar enquanto permanecer esse período de interinidade do Governo Michel Temer, e o Senado Federal não definir a situação da presidente afastada Dilma Rousseff; a incerteza que toma conta de todos nós, deixa a sociedade em compasso de espera, muitas decisões, principalmente na área econômica, como investimentos e ampliações, até mesmo manutenção do parque fabril, tem sido adiadas, não há como acreditar num poder temporário, marcado para terminar ou continuar de acordo com a vontade política de um Senado contaminado pelos tentáculos de um câncer em estado terminal como é o caso da corrupção que toma conta de todo corpo dos governos municipais, estaduais e federal.

 

O Presidente em exercício Michel Temer tem se esforçado a mostrar seu lado positivo, tentando acordos para garantir a continuidade do seu governo, governadores tem ascendência sobre muitos senadores, mostrando-se flexível e disposto a colaborar com todos, independentemente de sigla política ou corrente ideológica, entretanto, essa disposição não traduz em apoios explícitos ao Presidente, há uma visível insatisfação gerada pela situação de instabilidade do governo atual, o que é normal. A intranquilidade é estendida na proporção que a Lava Jato se aprofunda nas investigações e vai atingindo políticos de todas as correntes e partidos da República, não podia ser diferente. Não há como se previsionar um final de uma operação tão positiva para o país como essa em andamento, aqueles que desejam o seu final, como há muitos já expostos dentre muitos políticos, é por pura preocupação de ser atingido por ela, o próprio presidente Michel Temer tem dito que a operação não deve durar por muito tempo, mas, que dure o necessário, todo tempo, não deixando rastos nem dúvidas ao povo brasileiro.

 

Temos constatado que é supino o apoio dado ao atual governo comparado ao governo afastado, levemente denotado, não o suficiente que possa proporcionar segurança política, jurídica e constitucional, entretanto há certo alento no ar, com indicativos que pelo menos na área econômica e de comunicação o governo tem se esmerado para atingir objetivos plausíveis. Temos torcido para que tudo seja resolvido da melhor forma e que tenhamos melhores dias para o futuro, e essa torcida vai além da manutenção do atual governo, como também, toda e qualquer possibilidade da ex-presidente retornar ao poder discrepante em qualquer República, com espírito de transigir ilicitudes dos seus comandados, sem tomar qualquer iniciativa para coibir os desmandos praticados dentro do seu governo. Esse exemplo de gestão deve ser reprimido e condenado por todos nós, não temos mais tempo nem recurso para nos levar por essas práticas indecorosas que nos causa constrangimento e prejuízos incalculáveis para a nossa geração e as que estão por vir.

 

Com é sabido, somos no planeta terra uma geração que vai deixar um planeta pior do que recebemos dos nossos antepassados, nós brasileiros somos piores que os demais humanos terráqueos, deixaremos nosso país bem pior que a média mundial, saqueamos não apenas o dinheiro suado do trabalhador brasileiro, mas, desmilinguida ficará a ética e a moral para os nossos sucessores, vergonhosamente. Estamos ensinando o que há de mais podre e imoral aos nossos descendentes, perdemos a compostura e a vergonha na cara, uma marca tão cara que apendi com os meus pais, com meus mestres e professores a quem devoto um profundo respeito e admiração, e aos mais velhos por quem nutria e nutro profundo zelo pela sapiência desses.

 

Esses sentidos colocados e expressados acima são marcas de uma época saudosa! Fomos perdendo o que havia de mais patriótico e moralizador que existia no seio familiar, foi tudo degenerado, extinto; valores que foram substituídos por frases de efeitos, ilações depauperadas, lemas apenas tiradas de filosofias baratas e inconsistentes, de mau agouro à pátria amada, face de um partido mal criado e constituído para operar com a malignidade do ser humano, esse foi o verdadeiro PT que se decompõe e vai se exaurir com suas maldades e faceta que não há de prevalecer entre nós.

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com

 


 

 

O pejo brasileiro vai além do fisiologismo


É com denodo com o brasileiro percebe que é conspícuo o pejo que temos com o modelo político que nos cerca há bastante tempo. É evidente que o Lulopetismo não inventou a corrupção no meio político brasileiro, simplesmente foi um fomentador da sua prática e difusão em todos os níveis de governo, desde no pequeno município, passando pelos modestos Estados e sacramentando sua prática no núcleo federal, onde o orçamento é mais robusto, respondendo por 63% de tudo que se arrecada em termos de impostos, daí, as possibilidades de maior aporte, ilícito, de desvios fica mais difícil de controle por parte dos responsáveis pelos setores da controladoria, elidindo completamente os rastos dos mal feitos na prática desses desatinos, principalmente os praticados nos últimos 16 meses do governo Dilma Rousseff, afastada de suas funções pelo Senado Federal.

O primeiro mês do governo provisório de Michel Temer, vice-presidente empossado no cargo de presidente em exercício, vem sendo margeado por situações absurdamente reprovante para os que trabalharam pelo afastamento da presidente Dilma, e temos em curso um governo que continua cercado das mesmas pessoas, ou partidos, que deram sustentação a presidente anterior, e com os mesmos vícios de gestão, ao ponto de já termos três ministros, do atual governo, afastados por citações em envolvimento da Operação Lava Jato. O fato deles se afastarem do governo é positivo, mas, o ideal é que eles não tivessem entrado no governo, tivessem a postura de não aceitarem convites para somar ao governo provisório esse tipo de constrangimento e prejuízo moral.

Para somar às escolhas mal feitas pelo presidente Michel Temer, surge no cenário das delações premiadas a figura do ex-presidente da Transpetro, empresa ligada a Petrobras, e que relata políticos já de conhecimento público na prática de corrupção, e outras figuras ainda desconhecidas das operações ilícitas, dentre esses novos surge o nome de Michel Temer, com ações quando ainda como vice-presidente da República. O que nos deixa repugnados é que a atuação do então vice-presidente é por solicitação de recursos, no montante de R$1,5 mi, para outro político, no caso específico, o candidato a prefeito de São Paulo, 2012, Gabriel Chalita (PMDB/SP), membro do partido que Michel Teme fora presidente nacional, licenciado para ocupar a Presidência da República. Junto com o Michel Temer 24 políticos foram denunciados em 7 partidos ( PMDB, PSDB, PT, DEM, PP, PC do B, e PSB). A menção ao nome de Michel Temer causou alvoroço nos bastidores políticos em Brasília, todos nós achávamos catarse a ausência do Lulopetismo no governo, ledo engano, o governo Temer tem inflexão com lufadas a lembrar das ações perpetradas pelo governo anterior, a nos deixar temerosos que as repetições de recuos, práticas recorrentes pelo presidente em exercício, torne um caminho próspero às malversações aos políticos hoje situacionistas, mesmo porque, eles fazem parte do mesmo balaio de gatos.

Nesse primor de incertezas e vulnerabilidades a gestão do presidente provisório vai se afastando da certeza quase que absoluta do afastamento definitivo da presidente Dilma. Não temos mais nenhuma certeza do futuro próximo, existe uma variante colocada em prática que é a possibilidade de uma nova eleição viabilizada por um plebiscito nacional, cujo poder de demanda apenas o Congresso Nacional pode viabilizá-lo, mas, é uma situação que já toma forma dentro do Senado Federal apoiado pelo Lulopetismo e seus séquitos. Essa possibilidade implica no retorno da presidente Dilma e o afastamento do presidente temporário, trata-se de um fardo muito pesado para ser carregado pelos brasileiros já tão desmilinguidos pelo satanismo politiqueiro dos espíritos do mal que norteiam a casta política nacional.

O cerco feito ao Congresso Nacional a partir das ações do Juiz Sergio Moro, responsável pelo resultado da Operação Lava Jato e apoiado pelo Supremo Tribunal Federal, (STF), está longe de ser barrado por qualquer associação de políticos, mesmo que oficialmente ou oficiosamente, o que temos verificado é o absoluto desconforto da maioria dos políticos e seus partidos tranbiqueiros e quadrilheiros, todos apavorados pelo muito que a Operação Lava Jato e seus tentáculos podem trazer de positivo para os brasileiros de bons costumes, no final dessa devassa. Temos uma única certeza, se o ritmo se mantiver nesse mesmo patamar muita gente considerada boa no âmbito político será defenestrada do cenário nacional, espero que seja para breve.


Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 


 

 

O Brasil não serve de parâmetro na divisão Epistemológica de Japiassu

 

O Brasil é contrafatual, vai de encontro aos fatos e se distingue como um corpo estanho no universo da pluralidade, como um grande arrastão vai levando o que se encontra nas suas águas escuras, muitas vezes rasas, em outros momentos, profundas, mas, em todo tempo e por todo tempo turbulentas e pesadas, como quem não sabendo separar o material sólido do líquido, pelo seu longo tempo de poluição.

 

Somos uma nação de dualidade, temos dois presidentes, uma presidente afastada outro substituto conforme as Leis que regem nossa Carta Magna, portanto, peremptoriamente dentro das regras e do contexto legal, mesmo assim, bradam que há um golpe em marcha, numa contenda mal resolvida, dessa forma, muitas queixas e queixumes nos caminhos e descaminhos dos brasileiros que já tem tantas malversações e histórias mal contadas a serem discutidas e desvendadas, para que o país possa seguir rumo em direção ao futuro, mesmo porque, o presente é um caso perdido por entre ações equivocadas e atitudes antidemocráticas, longe do republicanismo tão cantado em verso e prosa por aqueles que usaram a democracia para surrupiar o erário público, assaltando em plena luz do sol ou dos candelabros de bom gosto sob o teto dos corredores dos palácios da República, retirando dos escaninhos as joias e valores da mãe desalenta, e triste com seus filhos de Alto Coturno, que em nome dos mais pobres e oprimidos diziam-se defensores únicos dos desvalidos, e açodados que foram, deixaram rastros como que ratos fugindo dos seus perseguidores.

 

O Brasil das calendas gregas vive no “sine die”, o Congresso Nacional que era a atalaia do Governo Executivo, não passa de uma corporação a lutar para manter seus membros, muitos deles, longe das amarras por entre celas e sob o julgo das tornozeleiras eletrônicas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), resultado das cretinices praticadas pelos irresponsáveis que ocupam cargos naquele poder, para tristeza e vergonha dos que votaram naqueles torpes apresentados à sociedade como corruptos e malfeitores. Os partidos políticos são corporações voltados para o interesse próprio, tentando a subsistência a custa de apoios vergonhosos e falsos, apenas para sugar dinheiro de quem esteja no governo, não importando, para tanto, ideologias ou modelos de governo, sendo ou não da esquerda ou direta, a meta é sempre a mesma, sobreviver a tudo custo e custe o que custar.

 

Os números continuam a mostrar que o atual governo não é diferente do deposto, mesmo que interinamente, ambos não têm conceitos favoráveis, a Presidente Dilma tem alto índice de rejeição e não há nenhum contentamento que ela volte, enquanto o interino, Michel Temer, não inspira nenhuma confiança no povo brasileiro, enquanto isso, uma nova eleição é puro ilusionismo, pois, só poderá ocorres se ambos renunciarem, não há vontade política nas partes, por isso, não estamos vendo solução rápida e salutar para resolver o impasse criado. Temos os poderes batendo cabeça, um Executivo sem apoio popular, o Legislativo acossado pelo Judiciário, que diante do pedido de prisão para membros dos figurões do PMDB, incluindo-se aí o Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, fica dividido entre aceitar o pedido ou ignora-lo, pelo menos por enquanto, até que o impedimento da presidente afastada seja definido no Legislativo.

 

Enquanto nada se resolva, a indefinição leva o brasileiro a ficar sem muita noção de como agir, pois, há uma descontinuada produção que apavora o empregador e o empregado, a elevação de preços que recrudesce e amarga à vida de todos nós, a taxa de juros foi reiterativa sinalizando as dificuldades que continuaremos a ter ainda nos próximos dias, um problema que o Ilan Goldfajn, como presidente do Banco Central terá que resolver a curtíssimo prazo. Nesse compasso de espera o PT tenta montar uma catilinária que possa justificar a sua história de golpe, credível apenas aos poucos que fazem parte desse partido desagregado e seus séquitos.

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com

 


 

“... O Brasil vive da ração e não da razão...”

 

Para não variar o ritmo na política nacional, o novo ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim, mesmo sendo amigo de o Presidente Michel Temer, deixou a base de apoio do novo governo, provisório, numa verdadeira saia justa, quando bem antes de assumir o cargo e numa palestra durante o 6º Congresso de Ciência Política e Direito Eleitoral do Piauí, como palestrante, citou a frase supracitada, como título desse trabalho, como quem a fazer jus a sua ilibada carreira profissional, como homem da Lei e os cargos exercidos em toda sua trajetória.

A inconveniência foi exatamente, depois de alguns dias estava dentro do governo. Torquato Jardim é Professor de Direito Constitucional na Universidade de Brasília por 20 anos, ele é pós-graduado pela Universidade de Michigan, na Universidade Georgetown (Washington) e no Instituto Internacional de Direitos do Homem (Estrasburgo, França, 1982). Portanto, profundo conhecedor das causas e efeitos das palavras mal colocadas ou ditas no tempo errado.

 

O pensamento político do douto teria ficado na plateia ouvinte do palestrante não fora a sequência da sua vida profissional, vindo ocupar, como ocupa, até quando, no novo governo brasileiro que vem sendo remontada sobre areia movediça, cada semana que passa uma ocorrência lesa-pátria, como que colaborativa na tentativa de abreviar o governo Temer. Para piorar o quadro governista, a ex-deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP), indicada para assumir a Secretaria de Política para as Mulheres, é apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) como integrante de articulação criminosa, responsável pelo desvio de R$4 milhões de emendas parlamentares, correspondente ao período em que atuou no Congresso Nacional, Câmara dos Deputados. Antes, o ministro do Planejamento Romero Jucá, tinha pedido suspensão das suas funções; e, Fabiano Silveira entrou em rota de colisão, assim como Romero Jucá, apanhados em escutas telefônicas, e também pede desligamento do governo, numa tentativa de minimizar os problemas causados a Nação.

 

Não podemos dizer que a última semana foi fácil tanto para o governo como para os brasileiros comuns como nós que trabalhamos cinco meses para pagar impostos e temos que nos virar com o que sobra do resultado do ano, nem que para isso tenhamos que fazer contorcionismos e ginásticas com o que nos cabe para a sobrevivência diária. Em termos de governo, Pedro Parente assume a Petrobrás anunciando uma reestruturação para reconstruir a empresa em processo de desmonte. Para que tenha sucesso é preciso que ele possa desobrigar a empresa a se livrar de uma série de obrigações impostas pela megalomania petista. Como referência primordial sair da obrigação de ter que participar como acionista com 30% de todos os projetos de exploração do pré-sal, uma obrigação alienígena e descabida e se impõe como severas limitações na sua política empresarial.

 

Quanto ao processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff, muitas definições ficaram a ser definido pelo Presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski, o mesmo que fará a reunião para o impedimento ou não da presidente, nesse sentido o advogado de defesa José Eduardo Cardoso, recorreu ao STF contra medidas resultantes da última reunião da comissão especial.

 

O desconforto está generalizado dentro do governo em função da delação premiada do sr. Sergio Machado, entre tantos os desmandos apresentados em gravações, os mais graves são as conversas que envolvem três caciques do PMDB, ex-presidente José Sarney, os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, apoiadores do novo governo, ao mesmo tempo jogando por terra as esperanças que tínhamos de ver um governo ausente dos descalabros existentes no governo suspenso. Não anda nada fácil para o presidente em exercício Michel Temer, além de não conseguido o crédito necessário, com o povo, para governar de forma tranquila, continua a trabalhar sem segurança emocional, tendo muitas vezes que voltar em tomadas de decisões, demonstrando fraqueza e indecisão, o que não é bom em qualquer governo. Tudo bem que se trata de um governo temporário, mas, com possibilidade de continuar até 2018, caso a presidente afastada seja definitivamente impugnada pelo Senado Federal.

 

É preciso que Michel Temer tome consciência da sua posição e trabalhe para sua efetivação, pois, preciso é, que tenhamos um presidente com pulso firme e determinante, estamos cansados de governos paliativos, e do faz de conta, sem nenhum compromisso com a pátria, com ações voltadas para o interesse próprio e partidário, em detrimento das necessidades prementes da nação brasileira. Caso o governo em exercício não revigore ficaremos numa verdadeira sinuca de bico, sem opção alguma, a não ser o desastre total, pois o que teremos o retorno da presidente Dilma Rousseff, a presença na presidência de Waldir Maranhão, presidente da Câmara Federal, outra hipótese a condução de Renan Calheiros, presidente do Congresso Nacional, três situações desastrosas para a Nação brasileira. Isso na minha terra se chama: “balaio de gatos”.

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com

 


 

As incertezas de um país traído
 
 
No decorrer do segundo mandato da Presidente Dilma Rousseff (PT/SP), e sua trupe, como numa vórtice, desagregaram todos os fundamentos dos novos conceitos gerenciais e agiram de forma acendrada em direção ao inexcedível, de tal forma que as colunas de sustentação de um governo sério foram detonadas e seus escombros retirados e jogados irremediavelmente no ponto mais fundo do mar morto. Agora o que se apresenta no governo interino do Presidente em exercício, Michel Temer (PMDB/SP), é uma situação grotesca e estapafúrdia, de difícil solução, mormente pelo clima de instabilidade tanto política quanto econômica, além das ações paliativas minimamente aplicáveis nesse momento em que se exigem ações duras e comprometidas com o resgate imediato da economia e emprego, binômio que traduz toda insatisfação do povo brasileiro.
 
No meu texto “idas e vindas” procurei textualizar de forma simplória, mas objetiva, o mal que estava por vir com a participação de políticos, no governo Temer, alcançados pela operação Lava Jato, a calamidade veio a reboque com a gravação anunciada pelo Jornal Folha de São Paulo, com participação inicial do o já ex-ministro do planejamento Senador Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, mergulhado até o pescoço na operação Lava Jato e tentando uma delação premiada, para tanto, não se importando em mergulhar no mesmo mar de lama em que se encontra, tantos correligionários e amigos que se fizerem necessários para atingir seu objetivo.
 
O pior de tudo ou para todos é que as denuncias não ficaram centradas apenas em um único personagem, a patifaria de um crime sórdido está vindo a tona com o anuncio de vários personagem que fazem parte de escabrosa montagem de uma estroina malévola e irremediavelmente insuportável a um país ainda em desenvolvimento, de um povo pobre e de hábitos toscos, cujas consequências danosas ao nosso património fará mal por muitos anos, atingindo novas gerações, tamanho é o estrago que se apresenta com os roubos incongruentes da claque que assolapou nossas riquezas, de tão dilapidadas já não nos coloca mais como um país do futuro, hoje nos apresentamos como o país do passado, anterior aos últimos 14 anos nefastos, pois, se fossemos analisados pelos últimos 13 anos seríamos vistos como o país do fracasso.
 
A fragilidade das ações do governo interino de Temer mostra um presidente caminhando sobre o arame de um circo cujo picadeiro não oferece nenhuma segurança para seus artistas mais destemidos, é como se fora uma travessia sobre uma mata desconhecida e povoada por animais e insetos vorazes e de mau agouro. Caso não seja tomadas medidas de efeitos imediatos, sinalizando à nação caminhos melhores e alvissareiros as ruas votarão a serem ocupadas pelo povo pedindo o afastamento também do Sr. Michel Temer, que de tão discreto e ponderado está deixando muito a desejar em termos de iniciativas mais contundentes, atitudes mais firmes e melhores escolhas nos seus auxiliares diretos.
 
De um momento para outro ficamos com um Presidente da República que ainda não inspira a confiança total, uma Câmara Federal acéfala, com dois presidentes, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) e Waldir Maranhão (PP/MA), um afastado e outro com o cargo sob suspeição e totalmente desconforme para a função em questão, um verdadeiro aziago para o momento traumático. O Senado Federal, assim como o Congresso Nacional tem como dirigente, Renan Calheiros (PMDB/AL), fazendo parte de uma gama de políticos arrolados no processo da Lava Jato, ficando cada vez mais difícil sua permanência na presidência daquela casa.
A situação mais incômoda fica por conta das novas delações que surgem a cada dia, agora o delator Pedro da Silva Corrêa de Oliveira Andrade Neto (PP/PE), cita nominalmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos participantes da Operação Lava jato, como conhecedor profundo dos saques ao patrimônio da Petrobras e seu estado quase falimentar em que colocaram a empresa, além de outras figuras importantes da República, indo da esquerda para a direita, mostrando que não há inocentes nessa tragédia advinda com o mensalão e passa pela operação Lava Jato, ficando o eleitor brasileiro sem nenhuma opção política, considerando-se ideologias e pragmatismos.
 
Sinceramente, é difícil opinar numa situação em que nos encontramos, ou o Michel Temer muda de postura, com fortes indícios de um líder absoluto e com ações nesse sentido, ou verá a Dilma Rousseff voltar ao seu cargo com todo ruído que sua base de apoio virá, dentro do Congresso Nacional, propiciando mais dois anos de absoluta inércia e cambalachos na nossa pobre República. A ideia de novas eleições é puro engodo e fantasias, esse imbróglio só será, efetivamente, resolvido depois que ações rápidas, eficientes e eficazes sejam tomadas pelo governo em exercício ou tudo que foi feito para tentar o impedimento da presidente afastada terá sido mero contorcionismo político obsoleto.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com
 

 

Idas e vindas, insegurança ou incapacidade

Depois que a Presidente Dilma Rousseff se recolheu ao palácio da Alvorado, logo após a suspensão provisória da sua atividade presidencial e a automática posse do seu substituto, Vice-Presidente Michel Temer, por até 180 dias, o Brasil segue o rumo da normalidade constitucional, com alguns solavanques por conta das idas e vindas às tomadas de decisões do empossado presidente neófito que tenta se mantiver de pé, mesmo estando numa verdadeira corda bamba, tendo que se segurar em acordos tão desditosos quanto incomuns, pelos interlocutores impostos pela situação política do país. Fazendo uma análise fria, verdadeiramente, muitos dos que fazem parte do ministério do presidente em exercício não são as pessoas que deveriam compor o novo governo, assim como o governo anterior, populista, incompetente e esdrúxulo, o novo governo tem aprimorado as facetas no trato com a comunicação até mesmo dentro da sua seara mais próxima e de alcance técnico e político.

 

As atitudes disjuntivas e cheias de acharques por parte dos membros do PT (Partido dos Trabalhadores), e seus séquitos, trouxeram ao país uma sensação de incompetência a todos os brasileiros que em nada tendo com o desgoverno implantado pela absoluta falta de competência e poder de comando, foi sendo tomado por uma quase certeza de desesperança e colapso do país como um todo, tamanha era a falta de crédito que era repassado pela administração federal. Agora nos vemos as voltas com as primeiras atitudes do governo Temer, sem, entretanto, entender algumas ações difusas e sem muita lógica por parte do presidente. Mas, não podemos esquecer que grande parte dos desencontros e ruídos na comunicação entre os membros dos eleitos pelo presidente Michel Temer foram em consequência do afobamento e a pressa das futuras autoridades que tentaram, de alguma forma, se dizer presente nesse momento de verdadeira pasmaceira. Tantos eram os disparates que o próprio presidente teve que acorrer muitos desses, procurando centrar o foco na situação real do momento de crise e o que estava por vir no futuro próximo.

 

Essa disritmia verborrágica causou uma série de desconforto em todos aqueles que lutaram e tomaram posição em pró do afastamento da Presidente Dilma Rousseff, mesmo tendo acuidades com a dramaticidade que o momento exige, não poderíamos de forma alguma fazer de conta que o que estava ocorrendo nada tinha a ver com as nossas vidas e do futuro do Brasil. Michel Temer não tem um Curriculum voltado ao executivo, foi sempre do legislativo, no âmbito federal, e suas escolhas foram preocupantes e ainda está sendo um assunto de muita análise.

 

Ficou claro e evidente que a área econômica estava bem servida, com Henrique Meirelles no comando do Ministério da Fazenda temos o alento que muitas coisas vão ser mudadas e para melhor. José Serra como Chanceler é um ponto positivo para a política externa, foi um grande ministro da saúde, desenvolvendo o trabalho exemplar no comando da pasta e um governador, de São Paulo, com mudanças e reformas profícuas. O ministério da educação foi o centro das atenções desde o início do governo Temer, principalmente por ter incorporado o ministério da cultura, entretanto, depois de muita pressão novamente o ministério da cultura foi recriado, Mendonça Filho fica com o ministério da educação que por si só já é uma pasta muito desgastante; Enquanto Marcelo Calero assume o ministério da cultura, ele que estava na secretaria.

 

Alexandre de Moraes, Ministro da Justiça, procura alinhar o governo ao trabalho feito na Lava Jato pela Polícia e a Justiça Federal, desfazendo as manobras esquerdistas quando afirmavam que o novo governo tinha como objetivo desmobilizar a Operação Lava Jato. Ricardo Marcos passou a responder pelo ministério da saúde e pelo que tem afirmado deseja dar uma nova cara ao ministério que é um dos mais criticados pela falta de serviços ofertados pela grande massa de trabalhadores que exige mais eficiência e eficácia, coisas que ficaram no passado.

 

O calcanhar de Aquiles, de todos os ministérios mais visados, ficou por conta do Planejamento. Nele está alojado Romero Jucá envolvido até o pescoço em várias operações, portanto, grande desgaste para o governo e sua equipe que tem outros envolvidos principalmente na Lava Jato. Esse fato nos deixa surpreso, pois, mesmo diminuindo o número de ministérios, Michel Temer não teve como escolher 23 ministros fora do alcance da corrupção, isso é uma vergonha para um país de mais de 200 milhões de habitantes e constante entre os países emergentes. É preocupante o quadro do novo governo, Michel Temer vai ter que provar muita coisa boa para superar os 180 dias do afastamento da presidente afastada Dilma Rousseff.

 

Caso o seu trabalho não seja de agrado da opinião pública ele não vai ter sustentação, se isso acontecer só terá uma chance, novas eleições. A sequência sucessória é muito ruim, tanto o Eduardo Cunha quanto o Waldir Maranhão, na Presidência da Câmara não oferecem nenhuma segurança ao país. O Renan Calheiros como Presidente do Senado como do Congresso, está mergulhado nos desserviços à Nação. Portanto, ou Temer muda suas atitudes de idas e vindas, mostrando firmeza nas suas atitudes ou teremos muitas dores de cabeça até 2018, caso Dilma Rousseff seja efetivamente cassada.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

Genival_dantas@hotmail.com


 

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Corsários e Acossados
 
 
Não faz muito tempo, a prática do corso foi abolida pela declaração de Paris, ano de 1856, sem o apoio de Estados Unidos, México, Espanha e Venezuela; na sequência , em 1907, Conferência de Haia prescreve as condições nas quais um navio mercante privado podia ser convertido para objetivos bélicos; e, definitivamente, a conferência de Haia de 1922/1923, numa declaração assinada conjuntamente pelos países signatários contra o uso de corsários na guerra aérea, quando esse setor começou a ser o perigo maior, principalmente, embasado no último conflito mundial e suas consequências horrível, e anterior ao de 1945.
 
Os corsários eram beligerantes e pagos por nações que queriam atacar determinados povos sem que lhes fossem imputados os crimes de guerra, como uma verdadeira manobra de ataque, no uso, evidentemente, de brechas nas relações internacionais, como se usa hoje, dentro de um mesmo país nos furos da lei para se safar de uma situação de acusação ou defesa, tudo dependendo do tirocínio do advogado e sua visão holística.
 
Os acossados são sempre as minorias mais frágeis, os limitados e sem uma formação de sociedade equilibrada e constituída para defender seus membros dos ataques da maioria, normalmente destemperada, porém concatenados e unidos com fins específicos de eliminar os contrários aos seus pensamentos, não importando os meios, mas, os fins objetivados. Seguindo essa analogia, é bom dizer que numa nação com o poder concentrado no cume piramidal toda e qualquer iniciativa da sociedade, tais como: liberdade e responsabilidade fica sufocada nas amarras ditatoriais, exemplo específico do Brasil lulopetista.
 
O momento brasileiro além de ser singular, depois de tantas mazelas e incongruências, o afastamento, mesmo que temporário, da Presidente Dilma Rousseff, foi como o desate do um nó obstruindo nossa garganta, e de repente, foi possível gritar forte e objetivamente toda nossa alegria pelo desfecho de um desejo ardente de tão desejado. Vários foram os filmes que passaram em nossa cabeça, nessas rememorações em preto e branco, lembrei-me dos Corsários que se sentindo poderosos abateram vários povos de regiões mais pobres e potencialmente fracos, sempre prevalecendo seu pensamento e sua fúria devastadora.
 
Fazer um resumo do processo de 13 anos de sucessos, desditas, mentiras, corrupção e apego incomensurável do poder não é muito fácil. No começo tudo parecia sorrir para o governo que se iniciava com a vitória do capo maior, Inácio Lula da Silva, sendo eleito presidente da República, e sustentado pela coalizão de forças, ancorada no maior partido político, PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), e seu próprio partido, PT (Partido dos Trabalhadores), coadjuvado por outros partidos menores, sem, entretanto, ter menos significado dentro da base criminosa de apoio.
A sequência todos já sabe: continuação da política econômica do governo FHC; junção de projetos sociais dando a fusão no Projeto Bolsa Família, um projeto de uma única porta, a de entrada e sem saída, portanto, se encerrando em si, o que não é bom nem para o país e nem para o assistido, não se pode ter um projeto social como um objetivo de vida, há a necessidade fundamental que esse tipo de assistência tenha uma contrapartida para que a pessoa possa criar condições técnicas, educacionais e morais para retornar ao mercado de trabalho e viver do seu suor, nada mais digno para o ser humano e edificante que essa situação de recomeço.
 
Depois do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e a entrada em cena, no mesmo cargo, da Dilma Rousseff, a turbulência política administrativa foi tomando forma e as bases de fundamentos foram sendo desconstruídas na proporção que o tempo passava e as reservas financeiras iam sendo consumidas, principalmente no momento que as receitas se tornaram menores que as despesas, e essas não paravam de crescer, como se a desigualdade nas contas fosse apenas um hiato de pouco tempo e tudo voltasse ao normal, ou seja, receitas maiores que as despesas.
 
O milagre não aconteceu, por isso, depois da reeleição da Presidente Dilma Rousseff, o estelionato eleitoral veio à tona, tudo que ela apregoava que seria feito pelos seus oponentes, principalmente seu maior concorrente, Senador Aécio Neves (PSDB/MG), ela pôs em prática e conseguiu de forma absolutamente desastrosa ruir os fundamentos da nossa economia, sucateou a indústria, sem leva-la à concorrência internacional, frustrando o mercado interno com elevação de preços e dispensa em massa da mão de obra trabalhadora; chegamos ao fundo do poço quando elevamos os juros sem segurar a inflação que recrudesce em patamar elevadíssimo, sobrando produtos nos estoques das indústrias e no comercio atacadista e varejista.
 
Hoje somos motivos de chacota no mercado internacional, já não temos o mesmo crédito junto à comunidade financeira, somos maus pagadores, mesmo assim, conseguimos desembolsar R$500 bi de juros no decorrer do ano anterior (2015), um pouco mais teremos de pagar esse ano de (2016).
 
O novo governo que foi empossado dia 12 último, infelizmente, não tem a credibilidade necessária para assustar os fantasmas dos corredores dos palácios de Brasília, como na gestão anterior, os denunciados no Processo Lava Jato continuam no novo governo, em número menor, mas, há os citados, o próprio presidente em exercício, Michel temer é um dos arrolados.
 
Mudamos de governo, entretanto continuamos com os mesmos problemas a nos atormentar. É preciso que o novo gestor provisório aponte os caminhos a serem seguidos dentro da forma mais cristalina e vistos a olho nu por todos os brasileiros, cortando gastos desnecessários à nação, cobrando a dívida ativa que não é pouca. eliminando os funcionários, tidos como de confiança, esses mesmos que atuam sem salas, sem mesas e sem endereço funcional, mais conhecido como fantasmas da ópera acabada.
 
É uma pena que eu tenha que continuar criticando, entretanto, nessa hora não sou partidário da direita ou da esquerda, sou um brasileiro que quer apenas o certo para o país, para que, não os meus filhos, já luto pelos netos, e que esses tenham no futuro o país do presente, coisa que a minha geração e as anteriores não tiveram.
 
Tenho fé que toda esperança depositada na nova gestão seja de alguma forma recompensada, pelo menos que a corrupção seja vencida, mesmo que parcialmente, a inteligência humana seja capaz de por o país nos trilhos do caminho que esperamos. Não pedimos muito, queremos apenas um país com crédito, emprego, com saúde a altura das nossas necessidades, educação para todos e sem exclusão, e segurança para trabalharmos em paz e com absoluta dignidade.
 
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta

 


Os esquerdopatas tupiniquins conspurcam a Democracia brasileira
 
 
Tento acreditar que efetivamente estou escrevendo um texto na última semana do governo maculado do petismo, implantado há 13 anos e abortado pela providencia das leis criadas e executadas pelos homens. Nada mais justo que desarmar o covil dos perjurados, e defenestrar os espaços ocupados pela invasão dos lacaios, de tão inoportuna presença na nossa República há de se pedir aos deuses da suprema justiça que esses inconvenientes populistas enlameados não retornem a vida pública nos próximos séculos para que a Nação brasileira possa nesse interregno consertar os malfeitos e recuperar o tempo perdido, recolocar o país no lugar onde se encontrava, em termos de conceituação internacional, preparando as futuras gerações para um lugar apropriado no futuro que se avizinha.
 
O Brasil paga um preço muito alto pelos poucos ganhos sociais de período de nefasta administração da cabala dos 13. Fomos infestados pela esbornia e percalços programáticos, criados a partir de um projeto de poder cujos meios, por mais perversos que fossem, justificavam os fins, dentro dessa filosofia funesta, tudo era possível desde que o objetivo traçado fosse especialmente alcançado. No começo do plano tudo dava certo, havia recursos disponíveis e um caminho consolidado pela administração FHC, que poderia ter colocado o Brasil definitivamente no bloco dos países em desenvolvimento sustentável e permanente, caso os fundamentos construídos não fossem deturpados e desviados por descaminhos de perjúrios da administração seguinte e perseguido pelos 13 malfadados anos da administração pública federal.
 
Ficou patente no transcorrer dos anos da administração de Dilma Rousseff sua extrema indiferença as Leis do País, adensando sob sua ótica toda sua ira ditatorial, comprovadamente nas suas políticas à débâcle. Levando esse inaudito comportamento consequências de delitos repugnantes, tais como: destruição das contas públicas brasileiras, por conseguinte a perda de grau de investimento, um crescimento vultuoso nas dívidas, acarretamento da recessão, falências, inflação recrudescente e desemprego assustador para todas as camadas da sociedade, mormente às classes C e D, que já retornam ao lugar comum por supressão do poder aquisitivo e falta de renda nesses blocos sociais.
 
Todos esses fatores contribuíram definitivamente com o conjunto da obra desmilinguido do governo Dilma, além, evidentemente, dos dois tópicos básicos encaminhados pela Câmara Federal selecionada pelo então Presidente da Casa, Eduardo Cunha, que fez as restrições aos demais itens da admissibilidade do processo de impedimento da Presidente Dilma Rousseff, muito mais pelo receio de ser atingido futuramente pelo completo teor do processo, em detrimento a outros sentimentos que nutre para mandatária brasileira.
 
A vitória do impeachment não vai aplacar de imediato os dramas que estamos vivenciando mormente a crise econômica, composta de todos os malefícios que uma sociedade não deseja, principalmente iguais a nossa que requer uma longa fase de crescimento, sem recrudescimento em patamares imóveis, para que a sociedade como um todo possa sentir firmeza e apostar no real crescimento, com produção, demanda e investimentos maciços na indústria e comercio. O que temos sentido no provável governo que virá pela ascensão do Vice-Presidente Michel Temer, pouca coisa vai mudar na sua administração. Muitos são os candidatos a cargos de elevado grau de responsabilidade, principalmente, na esfera ministerial, os partidos que apoiam o provável futuro presidente continuam na política do dando é que se recebe, explorando essa fase embrionária quando há a necessidade efetiva de maior número possível de apoiadores para que possam aprovar o impedimento da atual presidente.
 
O PMDB, partido de Michel Temer, se transformou ao longo dos anos num partido verdadeiramente em uma empresa de venda e locação de apoio parlamentar , se esquecendo, portanto, de ser um partido musculoso, líder e de espírito executivo, no máximo é um apoiador medíocre, não suportando o bafo das vozes vinda das ruas, fato comprovado na sua última atitude quando largou o barco petista a deriva, em mar de maremoto e de noites intermináveis para a nação brasileira.
 
Dentro desse espírito é de afirmar que o próximo governo não é aquele que efetivamente desejávamos para nós, já vem com vícios incorporados no seu DNA, com uma equipe que troca apenas nomes, quando isso ocorre, mas o espírito é o mesmo. Por isso, enquanto o Brasil não fizer uma reforma radical na forma de governo, e isso é urgente, urgentíssimo, vamos continuar remoendo o entre sai de incompetentes adeptos as mordomias que o poder proporciona aos seus eleitos. Infelizmente chego ao inconformismo de acreditar que continuarei a emitir críticas a situação governista, se confirmado na quarta-feira (11), o afastamento por até 180 dias da presidente Dilma Rousseff, até um dia em que teremos um justo governo para um povo justo, porém desesperançoso.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 


 

Realisticamente, verificar o opróbrio da Presidente Dilma nem é preciso fazer liame arguto
 
 
O estado de esfacelamento em que se encontra o cargo da Presidente Dilma Rousseff é o resultado de um contínuo desgaste de uma gestão imponderada, inconsequente, despropositadamente de um egocentrismo nunca visto antes numa relação governo e governados num sistema presidencialista Democrático. É a esbornia de um grupo afeto a degradação humana, numa desfaçatez de compadrio promíscua exageradamente feérica. O dístico lulista “nunca antes nesse país” traduz bem o sentimento que quiserem impor a partir do momento em que a esquerda bancada pelo PT (partido dos trabalhadores), e seus aliados quiseram impor à nação brasileira.
 
Desde 2003 temos que suportar falácias demagógicas com insinuações de destemperança total aludindo ao atual governo, de esquerda, que tudo que foi feito nos últimos 502 anos no Brasil, foi milimétricamente mal feito, com proveito apenas para a direita que sempre esteve no comando da nação brasileira, como se numa divisão de butim, de esmera divisão entre os apadrinhados do coloio da nata social, quando, efetivamente o que se percebe é que esse novo período foi de implantação de um sistema de favorecimento à base governista num verdadeiro conluio de tranbiqueiros expert em desvios de finalidades, principalmente quando nas decisões de chusma de parasitas, com formação clássica de Joselito.
 
Nessa formação de gaudérios pátrios hoje se escuta estertores a solapar as últimas migalhas do erário federal, como quem, a saber, do fim de uma missão que definha com o passar dos dias e horas. No Brasil de hoje não há espaço para quadrilhas profissionais sem o devido castigo em curto tempo, estamos na era das plataformas digitais, tecnologia de ponta, quando somos observados a todo tempo, durante o tempo todo, a impressão que fica é que não estamos imunes à eficiência dos avanços e sua complexidade, ainda bem que os contornos nos foca sempre dentro da curva como a mostrar que somos todos iguais nessa bazófia.
 
O Brasil mergulhado numa crise tão profunda e merecedora das atenções internacionais e os megalomaníacos ficam querendo discutir o sexo dos anjos, tentando por biombos na sujeira resultante dessa devastadora administração que enlameia a alma mais pura da República. É de se lamentar tamanha irresponsabilidade das autoridades que deviam ser competentes, entretanto, ficam mergulhados no fosso da incompetência e negligencia numa demonstração que não tem nem compromisso com o bem público e a população que vive entediada com o descaso com os serviços que deveriam ser prestados de uma maneira pelo menos humanizada e digna. O que temos visto são os atropelos e descuidos com a vida humana quando necessita de cuidados dos serviços médico e paramédicos, além, evidentemente, de assistência hospitalar. Normalmente, os pacientes ficam em filas de corredores lotados e sem nenhuma segurança ao ser humano, quando assistidos, passam por uma triagem rápida e sem o devido critério que a situação requer.
 
Partindo para o campo educacional, o Brasil que se diz uma “Pátria Educadora”, não disponibiliza os recursos inerentes os custos previamente acordados com a comunidade estudantil, principalmente aqueles que estão no 3º grau, numa fase preparatória para ingressar no mercado de emprego numa sociedade demissionária e sem perspectiva, pois, o país sem recursos faz da indústria e comercio um verdadeiro muro de lamentações, fechando portas, jogando à rua pais de famílias que ficam amargando a desventura de ficar sem poder sustentar mulher e filhos, uma verdadeira humilhação para quem tem vergonha na cara como é o caso do trabalhador brasileiro.
 
Ficamos, portanto, cercados da insegurança que o país nos oferece, com dez milhões de desempregados nas ruas e a entrada da mão de obra jovem que entra no mercado todos os anos, não precisa ser muito inteligente para saber que o caos é o destino de todos nós. Antes disso temos que tomar uma posição, acredito que a atual presidente não ofereça nenhuma expectativa de um futuro promissor, pelo contrário, com ela já admitimos um continuísmo de muita agonia e sofrimento para a classe trabalhadora.
 
É preciso que o senado seja realmente eficiente e responsável e faço o seu dever de casa, afastando a presidente de suas atividades, e que possa assumir o comando o seu vice-presidente, nessa troca, que haja um tempo melhor, com novos rumos e um futuro esperançoso para os que querem apenas poder trabalhar e sustentar sua família com dignidade.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

 


 

O Brasil sem alternativas ao caos
 
A semana está se encerrando com um enfadonho estado de espírito para todos nós. Os números continuam a nos mostrar toda cadeia desoladora que nos metemos por conta e risco da administração pública federal. Ficamos pasmados com os 10.2 bilhões de desempregados que já temos em nosso país, cujo número supera os dois dígitos e acende a luz vermelha do desequilíbrio econômico que vem se mostrando dramático na proporção que o tempo passa e não vemos nenhuma ação ou reação contrária ao despautério administrativo que vem ocorrendo na Gestão petista, cujos resultados informados pelos órgãos competentes só nos deixa mais aflitos e perplexos diante da realidade sinuosamente exposta e interpretada pelas cabeças pensantes dos nossos contemporâneos.
 
Não podemos negar a fancaria administração do atual governo, se deteriorando, mais ainda, nos últimos dias quando a Câmara dos Deputados coloca o Executivo de joelhos, aprovando a admissibilidade do Impeachment da Presidente Dilma Rousseff, cujo processo já seguiu ao Senado Federal para o Julgamento das ações desastrosas da Presidente, dando dimensão as interpretações que levam ao cometimento de falhas graves cuja sanção mais grave é o afastamento da própria Presidente. Esse fato vem acarretando atitudes dentro do PT (Partido dos Trabalhadores), desde confronto interno, descontrole geral, implicando até mesmo discursos sem nexo, verdadeiras palavras soltas aos ventos, intempestivas e desnecessárias, trazendo apenas prejuízos ao próprio partido, numa demonstração clara e evidente da insegurança dos seus membros, talvez até pela inexperiência e afobação de muitos que não acreditavam que os problemas surgidos não chegassem à grandeza do comprometimento dos fatos.
 
A Presidente Dilma é uma das mais susceptíveis a conjuntura atual, ela sabe que o tempo urge e as dificuldades aumentam a cada dia, sua defesa é fraca e sem substancialidade para conter os avanços até seu impedimento legal, apesar da competência reconhecida do AGU (Advogado Geral da União), Ministro José Eduardo Martins Cardozo, que tem recorrido à tese do golpe, ideia que não aplacou, mesmo com apoio da ala governista mais radical que não emplacou a teoria do golpe imputado à elite opositora e a imprensa adversária.
 
É muito difícil verificar o governo anacrônico da Presidente Dilma querendo jogar os desatinos da sua administração na oposição e setores da economia quando sabemos que os deslizes e a falta de critérios administrativos da sua gestão fez o país retroceder duas décadas difíceis de serem recuperadas nesse ritmo alucinante de desenvolvimento que os tempos modernos nos impõe, até mesmo para atender a demanda resultante do crescimento vegetativo da própria humanidade, apesar dos controles, temos constatado um número bem maior que o próprio planeta possa sustentar dentro de pouco tempo, quando isso ocorrer, e não vai demorar muito tempo, o caos vai se instalar de forma implacável e sem possibilidades de recuo, a não ser uma terceira grande guerra para eliminar grande parte dos seres humanos da face da terra, o que seria um descalabro para a humanidade.
 
Embusteiras são as palavras e ações do governo em detrimento a coerência e a dignidade que se preza uma administração coerente. Como nos últimos dias o cerco tem aumentado e o afastamento da Presidente Dilma tem se firmado na avaliação das entidades que trabalham com as estatísticas, o grau de equilíbrio, no núcleo duro do governo, tem deixado muito a desejar. O golpe de misericórdia veio da própria Presidente Dilma, num gesto de desespero e desequilíbrio emocional tangenciando a barreira da loucura, apela a órgãos internacionais, como a Unasul e o Mercosul para que seja condenado a oposição e a imprensa brasileira, por conta de um suposto golpe, imaginado pelos governistas tentando contrapor a insatisfação da sociedade convertida em manifestações populares de todas as classes sociais e de diversos níveis, mostrando que o que os governista alegam é uma invencionice por não ter argumentos firmes para derrubar os anseios dos brasileiros que querem a liberdade e ausência total dos petistas junto a administração pública federal.
 
Teremos ainda expensas fora da realidade brasileira que serão questionadas futuramente, mas, é o preço que temos que pagar para que toda ritualística seja seguida até dia 10 ou 12 do próximo mês de maio, e a Presidente Dilma seja afastada por 180 dias, como manda o regimento e nesse prazo seja cumprido todos os caminhos e a decisão final seja tomada pelo Senado Federal que terá como presidente da casa o Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta

 

As bizarrices do atual governo vêm dos seus apedeutas assumidos
 
Enquanto escrevo esse texto a Câmara Federal continua na sua tarefa de fazer discursar todos os Deputados inscritos a falarem sobre autorização ou não do impeachment da Presidente Dilma Rousseff, cuja votação está prevista para amanhã (17), a partir das 14h00min horas, com término anunciado a partir das 21h00min horas. Confesso que chega a ser enfadonho ouvir tantas defesas e acusações de oradores, na grande maioria defendendo apenas sua posição no atual governo ou no próximo, claro que não foi possível ouvir a todos, mas, os que tiveram condições de me manter atento nas suas explanações, à República nada ganhou, nem de uma ala ou de outra.
 
O momento brasileiro é de extremo constrangimento para todos os políticos, principalmente os profissionais que vivem e se lambuzam no cocho da descompostura que se transformou nosso País nos últimos tempos. As malversações são frutos da própria incapacidade do governo ter humildade e reconhecer sua fragilidade administrativa e sua capacidade de gestão pública. O pior é que fomos todos mergulhados nessa degradação e sinistro. Vamos ter que pagar muito caro por aquilo que não fizemos, mas, fomos coniventes a partir do momento em que deixamos o barco a deriva e nada fizemos para salvar o naufrágio previsível e anunciado, bem antes da ocorrência do fato.
 
As atitudes da Presidente Dilma já eram de muito antes disfuncional, a renuncia fiscal feita no último ano de 2015 já era fruto da sua forma de governar tentando atrair para o seu núcleo de observância os setores produtivos em larga escala e de valor agregado alto, destacando-se as montadoras de automóveis e a indústria branca, gerando um rombo no orçamento do tamanho da sua indiferença ao erário público. Os saques a descoberto junto aos Bancos Públicos, tomando como exemplo o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, tomou um rumo até mesmo indecente, não só pelos saques irregulares como a quantidade de dinheiro e o tempo a descoberto, muitos foram os bilhões negativos e não providenciados em tempo de não configurar verdadeira falcatrua.
 
Além do já descrito tivemos o caso do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento econômico e Social), quando o governo tenta renegociar dívidas de R$ 150 bilhões, cujo montante foi autorizado pelo Governo Central aos amigos, de um grupo restrito e setores bem específicos, da República dos penduricalhos e seus mancebos cromados ou não.
Enquanto se aguarda a hora exata do inicio da declaração dos deputados pelo sim ou pelo não da admissibilidade do impeachment da Presidente Dilma Rousseff, o Brasil fica refém da sua cultura provinciana apostando qual será o resultado dessa contenda Democrática, indiferente como será o amanhã seja qual for o resultado final.
 
Nessa disputa política e Judicializada, qualquer que seja o resultado para o sim ou para o não, todos nós vamos sair perdendo. Os políticos, pelo seu desgaste natural depois de uma barafunda tão indesejável para uma sociedade que já é marcada pelos seus desmandos; o povo, pela falta de recursos e a maturação que teremos no tempo do País se encontrar novamente com sua legalidade e atitudes que possam restabelecer o grau de desenvolvimento inerente ao País que somos em termos de tamanho e recursos que temos; o País em si, esse vai passar por um processo de muita persistência e resiliência para conviver com uma nova realidade, dentro de uma política mais próxima das nossas reais necessidade, onde o empregado tenha tanta importância como o empregador, pois, ambos possuem a mesma importância para a Nação, quem sabe não retornos ao País de todos nós sem a política excludente que vivemos hoje, quando ficou estabelecido com ascensão do PT (Partido dos Trabalhados), ao poder, definindo bem os nós e eles, destacando quem era proletariado e abastados.
 
O jogo político imposto pela necessidade do momento prostituiu mais ainda o Congresso Nacional, as notícias que correm pelas sombras dos corredores dos Palácios da República, chega ser repugnante, nos dão conta da compra de posição dos Deputados, o governo loteando cargos para continuidade do seu sofrível governo, enquanto a oposição tenta fazer o mesmo para fazer um novo governo de coalizão sustentável e de desenvolvimento para o futuro, mesmo que seja um governo transitório.
 
No meio desse vendaval de ilusões, sonhos e realidade triste, ficamos a berlinda do Deus dará, envergonhados que estamos e necessitados que somos. Só temos um jeito, passarmos a limpo essa Nação tão maltratada pelos que deveriam tratá-la com dignidade e o respeito que ela merece, para tanto, se faz necessário que os marginais que assumiram o País tenham um pouco de desconfiômetro e se recolham a sua insignificância, permitindo que um novo comando assuma essa terra destruída pela soberba, pelo orgulho da cretinice e falta de amor a terra em que nasceu.
 
Lembrando que o grupo que se propõe a governar o País nesse governo de transição não tem a menor condição moral, é o mesmo grupo que estavam de mãos dados com o atual governo, desde o período anterior, portanto, qualquer que seja o resultado o final será o mesmo. Que Deus tenha pena de nós.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genivaldantas@hotmail.com

 

O brasileiro tem uma verdadeira quizila contumaz contra o atual governo
 
 
Quem viu a PT (Partido dos Trabalhadores) sendo aplaudido pela maioria dos brasileiros, pelo menos no primeiro governo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva (2003/2007), jamais podia imaginar que chega ser irredimível esse sentimento de repulsa contra os políticos que compõem o PT, e de rescaldo, na leva, todos os componentes dos partidos aliadas que constituem a base de apoio do governo Dilma.
 
Os números continuam a fornecer dados corroborando com o desastre facetado nas ações governamentais, seguidamente compostos de arroubos impensados, portanto, incorretos e infestados de erros milimetricamente condenáveis para alguém que se candidata e é eleita pelo voto popular a dirigir os destinos de uma nação sobejamente reconhecida como desenvolvimentista e em pleno crescimento, mas, com resquícios de um futuro pródigo e alvissareiro. Assim se realiza a profecia, tudo que é feito sem um critério avaliado e sistematicamente auferido por um corpo técnico capaz, eficiente e eficaz, a bancarrota virá sorrateiramente e proximamente.
 
O que está acontecendo com o Brasil já é de conhecimento universal, os governos tentam se manter no poder usando de artimanhas e artifícios mirabolantes, indiferentes ao que possa vir de mais perverso no futuro, o objetivo é um só, a manutenção do poderio dos encantos que o próprio poder proporciona. Temos um país que é governado por uma ala sem nenhuma experiência em políticas públicas que vem cometendo barbaridades em nome da governabilidade; outra corrente que já foi poder tentando voltar ao estágio anterior, incomodado com a posição de oposição, nesse caso, para retornar as benesses proporcionadas pelo feitiço do Estado.
 
Convém ressaltar, a grande massa não está descontente apenas com os preços majorados diuturnamente, cujo barulho das etiquetadoras já lembra os anos 1980, principalmente o governo Sarney, com seus planos insanos e mal elaborados, os juros escorchantes e abusivos, as falcatruas dos políticos mal intencionados e de malversações inimagináveis, da corrupção que solapa a moral e os bons costumes da nossa sociedade, e corroem a economia nacional, levando o Estado brasileiro ao estágio falimentar. Pior que isso, o brasileiro não suporta conviver com um governo feito e alicerçado sobre mentiras e disfarces inescrupuloso, tantos são os escândalos que não tem mais estrutura moral e emocional para conviver com a descompostura da insanidade que sobrou dos percalços dessa dicotomia tétrica e hilariante.
 
Nessa luta do mar sobre o rochedo sobram denúncias de corrupção para todas as alas, fica claro que não há inocentes nessa peleja, apenas quem cometeram pequenos ou grandes trambicares, mas, todos são comprometidos com desvio do erário público. É uma pena que tenhamos um Estado definitivamente permeado de corruptos e corruptores emaranhados na rede de pesca cujo arrastão feito pela polícia e justiça federal, está trazendo a tona nomes de pessoas e entidades que causam calafrios no mais indiferente do brasileiro quando se trata de política.
 
O rebotalho que sobrou dentro do Congresso Nacional em defesa do atual governo ainda sobrevive a lardear frases soltas aos ventos, tais quais: “não vai ter golpe, vai ter luta”. Essa frase é nova, deve ser uma peça de marketing montada na calada da noite para amedrontar os menos avisados e os que não têm firmeza de caráter. Não é o caso dos que querem e lutam pelo Impeachment da Presidente Dilma e a defenestração dos lacaios que invadiram a República com o único objetivo de se locupletarem do nosso suado dinheiro, pago com muito sacrifico pelos brasileiros de bem.
 
Finalmente, o relator da comissão especial do impeachment da Dilma, Jovair Arantes (PTB/GO), é favorável ao afastamento da Presidente, apresentando aos membros do Comitê, quarta-feira (06), parecer favorável a abertura do processo, mais ainda, possibilitou, no relatório, a possibilidade do senado incluir novas provas e discussão das pedaladas fiscais do mandato anterior, ou seja, de (2010/2014). Estamos chegando ao momento em que teremos uma definição do Congresso Nacional. Qualquer que seja ela vai ser muito dolorido para todos nós, se a Presidente Dilma vier a ser afastada seus apoiadores vão se insurgir contra os poderes constitucionais, nada devemos temer, somos a maioria e com razões suficientes para defender a causa que abraçamos. Caso o impeachment não seja aprovado, o Brasil vai continuar nessa esbórnia da inércia e do despudoramente governamental que temos convivido nos últimos anos.
 
Por tudo isso posta, só tem a lamentar nossa triste sina, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, mas, tenho certeza, se continuarmos abraçando essa causa justa, que é a luta pela Democracia e a devolução do Estado ao povo brasileiro, certamente, o bicho vai fugir, tudo é uma questão de tempo e perseverança, acreditar sempre, desistir jamais.
 
Genival Torres Dantas
Poeta e Escritor
genival_dantas@hotmail.com

 

Um país em decadência
 
 
Não é novidade para ninguém que faz 13 anos que estamos num processo de decadência que se não mudarmos alguns paradigmas comportamentais não vamos desacelerar o ritmo e a colisão com a tragédia total será inevitável. Tudo começou com o discurso mentiroso que se fundamentou o Partido dos Trabalhadores (PT), para conseguir o poder, aliado a outros partidos que lhe deram e dão sustentação na governança do Brasil.
 
Muitas coisas foram prometidas, tais como: reformas estruturantes e estruturais nas políticas fiscais, previdenciárias e trabalhistas, principalmente nesse tripé, levando o brasileiro a acreditar num futuro mais alvissareiro, principalmente para as classes menos favorecidas e dependentes do poder público, tanto na saúde, educação, mobilidade urbana e segurança pública, além, evidentemente do trabalho mais estável e recrudescente, no sofrido mercado de trabalho, insipiente nas suas ofertas e diminuto na estabilidade que o emocional coletivo tanto exige num mercado mais procurado que ofertado.
 
Hoje constatamos, o Brasil vive tentando sair do seu marasmo mergulhado numa decadência moral e financeira sobejamente cantada em verso e prosa pelos analistas políticos que tem amor pela terra mãe e não abrem mão da sua dignidade e compromisso com a verdade dos fatos. Quando foi feita a promessa da terra prometida baseada em peças de marketing com objetivos escusos, porém, direcionadas ao objetivo de arrematar o poder de governança, quando esse fato foi detectado na mídia nacional muitas foram às crônicas apontando o caminho que apontava para o atual quadro de incongruência política e moral que estamos convivendo, numa verdadeira bancarrota financeira aonde chegamos ao quase fundo do poço.
 
Muitos são os exercícios e exemplos que nos mostram o atual estágio, e para chegarmos a esse descaminho muita desídia foi praticada, com a conjunção do opróbrio e agruras. O ranking internacional nos aponta o 76°, uma queda de sete pontos percentuais, nessa fase do atual governo, está mais mal colocada que países Africanos como Namíbia e Botsuana. Não caímos por bestialidades apenas do governo central, estamos colhendo as tempestades plantadas pela absoluta falta de parcimônia dos nossos governantes, que sem nenhuma noção da administração pública, de modo sorrateiro foi jogando a nação no abismo da incompetência e imoralidade humana, local onde a justiça, a verdade e a vergonha são padrões esquecidos e não relevados. Lugar onde se exibe a maledicência, e ela são fartamente festejados desde que praticada contra os auditores do Estado.
 
Agora que o processo do Impeachment da presidente Dilma Rousseff, caminha para o seu desfecho, o maior partido do país, PMDB, da base aliada do governo, se sentiu no direito de se retirar de sua posição de apoiador dos desmandos praticados pelo mesmo governo Dilma, ostentando o título de defensor da honradez, como se assim fosse. Lamentavelmente, trata-se de um partido oportunista e aproveitador das benesses que o poder proporciona, independentemente de ideologia partidária, se importando apenas com o benefício dos seus, e suas oligarquias.
 
No momento o PMDB não representa nem uma fatia da oposição brasileira, mesmo que queira se infiltrar nela, a oposição, não tem méritos para tanto, diferentemente de outras épocas que realmente foi oposição e abraçou a causa de muitos brasileiros que freneticamente ficaram jubilosos pelos seus atos de bravura e brasilidade. Hoje é apenas um partido de 50 anos, mas, mergulhado na sua infantilidade e mesmice. Tendo ele, o partido o PMDB, em suas hastes i Vice-Presidente da República, Michel Temer, fica patenteado à ocupação do cargo por esse partido, caso haja vacância do cargo de Presidente da República.
 
Nesse caso há de se perguntar o que acontecerá com o Brasil se o Vice-Presidente for impedido de ser empossado, pela sua participação na Operação Lava Jato, denunciado por mais de uma vez; depois, tanto o Presidente da Câmara como do Senado, Deputado Eduardo Cunha e Senador Renan Calheiros, respectivamente, e ambos pertencentes ao mesmo PMDB, também denunciados na Operação Lava Jato. Sobrará apenas o Judiciário a nos agasalhar do desconforto da improbidade administrativa que se espalhou por entre as sombras dos muros dos palácios dos poderes Executivo e Legislativo. Pobres brasileiros pobres!
 
Genival Torres Dantas
Escritor e poeta
genival_dantas@hotmail.com

 


 

Escamotear o erário fugazmente fez do ex-presidente Lula um atrabiliário

 

Lavrar as determinações dos altos escalões da República numa velocidade impar tornou os membros da quadrilha implantada na cúpula governista uma ignomínia ao brasileiro de bem. Aquele que compra e paga suas contas com muito sacrifício e vive dentro da honradez e dos bons costumes, sem, em nenhum momento, se passar por vassalos do rei, ou tentar tirar vantagens espúrias que a República dos pixulecos oferece aos que convivem com a malandragem sob a sombra das muralhas dos palácios e seus meandros escusos.

 

Depois que o Juiz Federal Sergio Moro pôs o dedo na ferida encontrando claros indícios das falcatruas praticadas pelo ex-presidente Lula e seus séquitos, nunca mais o Brasil foi o mesmo. Ele próprio, o Lula, bem disso em voz alta e em bom som, que ele é a única pessoa a tocar fogo no país. Esse gesto traduz todo o sentimento de desespero em que o ex-mandatário se encontra, muita coisa tem se falado a respeito das suas posições e postura diante dos fatos em curso. Claro que a possibilidade do Juiz Sergio Moro decretar sua prisão é um fato real, muito embora seus processos tenham sido encaminhados ao STF (Supremo Tribunal Federal), por solicitação do Ministro Teori Zavascki, do STF, de quem é a relatoria do Processo Lava jato, naquela instância. Tudo isso por força dos resultados alegados pela defesa do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, que não se conforma em não ter foro privilegiado. Esse caso tomou dimensão estratosférica depois que a presidente Dilma Rousseff tentou nomeá-lo Ministro Chefe da Casa Civil e o ato foi anulado pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, STF, Gilmar Mendes.

 

Agora que a situação se complicou há informações que o ex-presidente Lula contratou 21 advogados para defendê-lo junto ao Supremo, claro que à custa não é o que importa a essa altura da peleja, o que realmente interessa ao ex-presidente é ficar distante das ações do Juiz Sergio Moro, e em último caso, há informações diversas na mídia nacional, que já foi aventada a possibilidade do ex-presidente pedir asilo político, preferencialmente à Itália. Não tenho dúvidas que muita coisa ainda vai ser escrita e inventada pelos meios de comunicações, mormente aqueles que não se preocupam com a veracidade dos fatos e suas consequências sem previsibilidades reais.

 

É evidente que o momento é de extrema agonia, agora que o PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, anuncia seu quase certo desembarque do governo, confesso que não foi surpresa, em outras ocasiões o mesmo partido fez seu desembarque de outro governo bem antes do naufrágio geral. É uma posição previsível para quem conhece esse partido de outros tempos e outras cabeças bem mais privilegiadas. Pelo andar da carruagem não há mais consonância para que o governo Dilma e o partido de Michel Temer andem juntos para o futuro, estão em posições antagônicas, não há mais clima, o timing foi perdido, agora só o afastamento pode levar o PMDB a se achar na política. Já há um namoro muito próximo do PMDB e PSDB, ambos já atuaram juntos, numa situação favorável aos dois, ambos saíram ganhando, mas, não se pode dizer que, se feito o acordo para atuarem nessa ruptura que se avizinha no governo, com a queda do PT e aliados, seja algo de futuro, há estudos que indicam o comportamento do PMDB, ele está sempre do lado do governo, com raríssimas exceções, ou mesmo exceção, o poder sempre inebriou o partido do saudoso Wlysses Guimarães, tinha o epíteto de Sr. das Diretas, esse tinha moral e cabedal político.

 

 

Infelizmente não temos um líder político que possa aglutinar as forças que formam a república, temos forças desmilinguidas, sem fôlego para encarar a belicosa tropa do PT, esses mesmo estando no esboroamento político. Lembrando ainda que a claque petista tem o escopo de perverter a sequencia dos fatos sem se importar com o que possa vir em seguida, com eles não há desídia. Faz-se necessário que se tome bastante cuidado para não termos um levante popular por conta dessa barafunda, sabemos dos nossos controles emocionais, mas os adversários políticos, que não são inimigos, mas se colocam como tais podem atuar como verdadeiros bandos de loucos. Temos, portanto, de procurarmos agir dentro da legalidade e do consensual.

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com

 

 

 


 

A sordidez dos atos do governo o transforma na derrocada fatal

 

As águas de março chegaram trazendo uma série de consequências em decorrência das fortes chuvas, acarretando intempéries da natureza em diversas áreas do Brasil. Nem mesmo as fortes enchentes que solaparam as terras paulistas e cariocas não foi tão forte como as sequelas que ficaram das manifestações do dia 13 passado e das passeatas, desfiles e concentrações públicas, sem nenhuma participação política, apenas iniciativas de grupos virtuais que marcaram presença firme nas principais cidades do país.

Não se pode afirmar que foi apenas agrupamentos de pessoas desocupadas que ocuparam as ruas e praças oferecendo apoio à oposição nacional em troca de algo no futuro. Foi propositadamente uma corrente humana desabafando sua alma pelo descontentamento com o Brasil atual que gira em torno de mentiras e desmandos nunca vista na nossa história recente, manipulada pelas nossas maiores autoridades que numa linguagem marqueteira procura fugir da realidade desesperadora por trás de cortinas e peças bem elaboradas por profissionais da propaganda, tentando vender uma imagem de um país criado pelo mundo da fantasia, quando à realidade vivemos como nos velhos tempos de dificuldades e penúrias para aqueles que achavam que tinham saído do estado de miséria com os ganhos sociais após a ascensão do Lulopetismo ao poder, gretado no seio da miséria e do infortúnio.

O tempo esse grande professor oculto nas missões e desilusões da humanidade, veio confirmar que a grande aventura iniciada em 2003, agora, indo para 14 anos de desventuras logradas pela irresponsabilidade dos aventureiros políticos que fazem a cúpula do petismo e seus séquitos, muito embora os ganhos sociais iniciais não possam ser negados, as faltas de absoluta aptidão para a boa condução e governabilidade de uma nação fizeram a história registrar, num curto período de tempo, uma verdadeira apoteose as avessas, jogando os sonhos e ilusões de uma grande massa de brasileiros na vala da descrença e desesperança, pois, como é sabido, as políticas sociais implementadas não tem sua sustentabilidade garantida, e o descaso para com a continuação dessas ações não são nem mesmo cogitadas, simplesmente vão sendo roladas como um projeto qualquer de oportunismo eleitoreiro.

O resultado dessa descrença do brasileiro é a agitação das massas pedindo o afastamento imediato da presidente Dilma Rousseff e a queda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nomeado Chefe da Casa Civil (18), e agora é assunto do judiciário para tristeza de todos nós. O mais contundente absurdo surge dos vazamentos de telefonemas do próprio ex-presidente, gravado com diversas personagens da República, gravações autorizadas pelo judiciário, e que denotam verdadeiro imbróglio a dignidade humana, em tentativas diversas para que a nomeação do Sr. Lula seja um aparato para blindagem do político diante das ameaças que cercam o líder político e suas travessuras no Processo Lava Jato, de conformidade com o dossiê que se encontra com o Juiz Sergio Mouro, encarregado de todo processo. O assunto da nomeação do ex-presidente tramita em várias varas e já chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal), o Ministro Gilmar Mendes dando parecer a um pedido de suspensão de posse do ex-presidente Lula, além de aceita, devolver o caso ao Juiz Sergio Mouro para o encaminhamento das medidas cabíveis, a apelação será feita pelo Advogado Geral da União (AGU) José Eduardo Cardoso, que se contorce para fazer valer a nomeação da presidente da República que só será definido dia 30 próximo quando se dará sessão do STF, até lá muita coisa pode acontecer em terras de indigentes.

O que mais preocupa aos simpatizantes ao atual governo foram os vazamentos telefônicos do Sr. Lula que qualifica o Judiciário brasileiro como uma instituição acovardada, assim como o Congresso Nacional, elevando-se o grau da animosidade entre os poderes da República, não há como se prever qualquer resultado dessa peleja, eu, particularmente, acredito numa derrota Jurídica do Sr. Lula.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


 

Boatos, invencionices, verdades e paradoxos

 

 

Com o avanço da Operação Lava Jato e suas desinências o Brasil é tomado por ondas de boatos, invencionices, verdades e paradoxos, criando um ar irrespirável, num ambiente tenso e desproporcional a leitura dos mais atentos leitores e observadores. No momento em que a notícia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi enquadrado na condução coercitiva, por ordem do Juiz Federal Sérgio Moro, os compinchas do político começaram a tomar posição chegando ao ponto da desordem pública em alguns locais pontuais, por conta da caterva desinformada que não sabendo fazer a leitura da ordem judicial já considerava o seu líder um prisioneiro do próprio sistema que ele ajudou a montar, a partir de 2003.

 

As ruas próximas ao Aeroporto de Congonhas, São Paulo, onde Lula estava sendo perquirido, ficaram definitivamente tensas, com os ineptos seguidores e contrários se agredindo, espalhando esse quadro de desinteligência a outros locais em âmbito nacional. Depois das informações prestadas aos delegados da Polícia Federal Lula foi ao diretório do seu partido e de lá deu sua versão aos fatos já repassados pela grande imprensa, colocando mais combustível na fogueira, alimentando ódio e ressentimentos na sociedade já tão magoada com a triste realidade que vivemos. Como sempre fez, era ali a vitimização da sociedade de direita que nunca lhe entendeu e sempre o perseguiu pelos benefícios que levou aos mais pobres, quando da sua gestão na presidência da República.

 

Depois do alcance político que o ex-presidente Lula conseguiu era de se imaginar que ele já não estivesse tão inepto na ordem da vida, seu espírito messiânico já estivesse mais comedido, e sua capitulação já fosse uma realidade pelo seu comportamento agitador, característica adquirida na sua militância sindical. Ledo engano, o sindicalista continua hibernando dentro dele, com a mesma raça e determinação, como se toda carga cultural adquirida na sua vida pregressa, e tão meritória, não tivesse agregado nada à sua educação e comportamento social. Infelizmente, o ex-presidente é vítima dele mesmo. Por isso mesmo, um perigo para a vida política do país, pode, com sua truculência e ausência de limites e humildade levar ao confronto entre irmãos, por questões menores como ideologia política, ou mesmo na defesa de direitos que muitas vezes não existem, apenas vaguei nas cabeças vazias dos megalomaníacos e aloprados.

 

Com o surpreendente pedido de prisão preventiva, por parte do MP (Ministério Público), do Estado de São Paulo, num processo independente do Lava Jato, a situação ficou mais tensa, com muitos desencontros de informações e muitas suposições e cogitações. Calçadas, bares e esquinas se enchem à boca da noite para os plantonistas trocarem suas informações e os pitacos são os mais infames possíveis, no arrepio dos devaneios surgem informações do futuro do ex-presidente. Fala-se que o seu partido, o PT, tenta convencê-lo em assumir um ministério, na tentativa de livrá-lo das garras do Juiz Federal Sérgio Moro, ficando um pedido de prisão a ser feito diretamente ao STF (Supremo Tribunal Federal), não ficando ao alcance de Juiz de primeira instância, portanto, uma nomeação apenas para blindar o senhor Lula. Um gesto imoral e hipócrita, o ex-presidente e a sociedade merece mais respeito da direção do PT, que não se cansa de cometer crimes e aberrações para se manter no poder.

 

Dia 13 próximo anuncia-se passeatas e protestos a favor do Impeachment da presidente Dilma, claro que queremos soluções urgentes aos nossos problemas mais imediatos, numa escala de grandeza segue a ordem, economia, saúde e educação. Todos eles em estado precário, em todos os Estados e municípios da Federação são, todos, vítimas da ação vexatória de um governo federal sem controles, eficiência e eficácia. Mas, há uma pergunta que precisa ser respondida antes que façamos uma loucura, quem assumirá o comando do país. Tanto o vice-presidente quanto os presidentes da Câmara Federal e Senado, por conseguinte, também, o presidente do Congresso Nacional, estão, todos, sendo citados na operação Lava Jato.

 

É chegado o momento de uma reflexão mais profunda e a classe política pensar um pouco mais na Pátria, esquecer um pouco seus partidos e a própria vida pública, num gesto patriótico fazer uma grande aliança de governabilidade na tentativa de tirar o país do marasmo, da borrasca, da falta de alternativas e viabilidades, sejamos francos, usemos a Democracia para o bem do país, façamos um gesto de piedade pelo menos por um período, mas que seja possível de enxergarmos a luz no fundo do poço em que nos encontramos. Os desempregados, endividados, doentes e os desesperançados por várias razões agradece encarecidamente. Não precisamos fazer a guerra para construirmos a paz, a paz é a consequência direta dos nossos gestos e ações.

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


 

Operação aletheia coloca o governo brasileiro de joelhos

 

Assim como num salto quântico, o Juiz Sergio Moro foi levando a operação Lava Jato num ritmo lento, porém constante, até chegar onde todos já imaginavam o cerne da questão. O tempo foi passando até muita gente pensar que o tema estava carcomido, tanto era a expectativa sobre a Operação Lava Jato e suas consequências. No inicio parecia muito mais um casulo isolado do mundo até chegar a crisália numa metamorfose transformadora digna do mundo animal. Assim o circulo foi se fechando e na vigésima quarta operação, tal qual o efeito da bomba de hidrogênio, seu efeito foi devastador no núcleo do governo central.

 

No dia anterior (03), a delação premiada do Senador Delcídio do Amaral (PT/MS), protagoniza uma verdadeira onda de boatos, delação não confirmada ainda nem por ele, o senador, nem mesmo pelo Ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas de um efeito de muitas leituras. O governo, através dos seus congressistas, tentam denigrir a imagem do delator, considerando-o inconfiável e desconexo, aquele que já foi seu líder no senado federal, o homem de confiança do governo para tratar de assuntos diversos tanto com a situação como a oposição. A oposição por sua vez tentar elevar o moral do político Delcídio na tentativa de jogar mais lenha na fornalha e usar sua delação como instrumento de desgaste ao governo, com esse recurso, usa do fato para dar substancialidade ao pedido de impeachment em andamento na Câmara Federal.

 

Hoje (04), o Brasil foi acordado com a notícia da Operação Aletheia, em busca da verdade, nela estava o fulcro do PT (partido dos trabalhadores), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi levado coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal, numa sala Vip, usada pela Federal, no Aeroporto de Congonhas, São Paulo Capital, e depois, do depoimento, liberado para seus afazeres. Para Lula, a atitude da Polícia Federal, foi um desplante, ele se sentiu prisioneiro diante das circunstancias, palavras dele momentos depois de tudo consumado. Enquanto isso, Brasília era transformada em palanques de políticos, tanto da situação quanto de oposição fazendo ilações a bel-prazer dos seus ideais políticos e em defesa dos seus argumentos.

 

Se tudo isso não fosse o suficiente para fechar uma semana de muitas notícias desfavoráveis ao país, principalmente no campo econômico, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dando o resultado final do nosso PIB (Produto Interno Bruto), do ano de 2015, com um resultado negativo de -3,8%, correspondente a menor taxa dos últimos 25 anos, alavancando comentários pessimistas para o ano em curso, levando os especialistas do mercado a julgarem um novo número bizarro para 2016, se assim se constituir teremos um verdadeiro flagelo para a economia nacional, e uma desdita para o empresariado brasileiro que ainda teima em investir no país devastado pela teimosia dos que não conhecem ou se conhecem são verdadeiramente incompetentes para administrar a coisa pública.

 

Como já foi dito várias vezes por pensadores brasileiros, estamos num barco sem rumo no meio de um maremoto em alto mar, com todos os instrumentos de navegação avariados, e o capitão em surto de síndrome do pânico, e para piorar, sua medicação foi deixada em terra, uma verdadeira tragédia a ser superada pelos súditos desolados e inconformados. Esse é o país que vejo mergulhado no mundo das probabilidades, cujo futuro é tão incerto quanto imponderável, e as consequências as mais incomensuráveis. A ideia de se ficar o bicho pega, se correr o bicho come, mas, se abraçar a causa o bicho foge, é tão demagógico quanto surreal. É chegada a hora de quem não perdeu o emprego zelar pela sua oportunidade de sobrevivência, quem perdeu rezar por uma nova oportunidade surgida dos novos rumos do mercado. E para o empresariado que continua apostando em novos tempos, é bom não ficar praticando as mesmas formas antigas, buscar novas saídas em direção ao ano de 2017, pois, 2016 será de difícil travessia.

 

Quanto ao nosso principal personagem, Lula, esse depois de sair do seu depoimento se alojou na sede do seu partido e fez o que mais sabe fazer, falar às redes de rádio e televisão, atuando como um verdadeiro artista condecorado com todas as estatuetas que o mercado oferece aos grandes astros. Mais uma vez, se sentiu a vítima do ano, levado à força pela Polícia Federal para depor, se sentindo um verdadeiro prisioneiro apesar da educação dos delegados daquela instituição policial; fez menção aos seus projetos sociais, quando presidente da República; tripudiou sobre a direita e a imprensa capciosa defensora das elites; alegou que não havia necessidade daquela providência, bastava o Juiz Sergio Moro fazer sua convocação que ele iria imediatamente ao seu chamamento, ele mesmo já fizera esse gesto espontaneamente em ocasiões diversas, mas, tanto a justiça quanto a polícia gostam de eventos pirotécnicos; pediu desculpas à sua esposa e filhos pelo constrangimento passado e a humilhação vivida por aquele gesto desnecessário.

 

Afinal, o ex-presidente Lula cresceu o quanto pode, levando sua mensagem aos seus sectários, deixou seu recado como todo pré candidato a qualquer cargo, vacilante quanto ao seu futuro político, numa tradução fiel de quem efetivamente já é o candidato da situação, enquanto a Presidente Dilma se manter aliada ao PT. Só não sabemos qual será o desfecho por parte da Justiça e Polícia Federal, há uma piada nas redes sociais que, a Polícia Federal fará uma atuação tão forte na vida pregressa do ex-presidente Lula, que, provavelmente, vão achar o dedo que falta em sua mão.

 

Esperamos que o bom senso prevaleça e que as diferenças ideológicas não seja motivo de desavenças e que não nos transformemos em fratricidas em defesa dos nossos ideais, que busquemos um consenso entre os díspares e que a justiça seja feita em qualquer circunstância, os inocentes sejam identificados e os culpados condenados pelos seus erros, sem nenhuma convulsão social.

 

 

 

Genival Torres Dantas

Poeta e Escritor

genival_dantas@hotmail.com

 


 

 

Evidências de desembarque

 

 

Na última quarta-feira (24), por 40 votos favorável e 26 contrários, o senado aprovou o projeto (PLS131/2015), de iniciativa do senador José Serra (PSDB/SP), aliviando o fardo muito pesado que representa os 30%, como obrigação de investimento, como operadora única na exploração da camada do pré-sal, cuja desobrigação desse investimento representa a liberdade de pedir ou não a exclusividade em cada poço, ficando ainda a cargo do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), considerando o interesse nacional, a Petrobras ficará com a preferência na operação dos setores ou blocos, no futuro, a serem contratados sob regime de partilha de produção.

Claro que uma ocorrência dessa natureza não é tida todos os dias, foi um caso histórico e singular nos últimos tempos, envolvendo setores da oposição, leia-se PSDB e setores do executivo encabeçado pela própria presidente da República, Dilma Rousseff, favorável ao tema e sua aplicação. Diante do fato, depois de tudo consumado, o PT (Partido dos Trabalhadores), se sentiu traído e começou a atirar para todos os lados, numa tentativa de menoscabar a vitória da oposição, considerando que esse projeto só trará prejuízos ao Brasil, impossibilitando a recuperação financeira da Petrobras, considerar a ausência de exclusividade na exploração na camada do pré-sal, é uma tese vencida, pois, a Petrobras só não terá exclusividade se ela própria abrir mão dos 30%, e isso se fará por culpa da sua indisponibilidade de caixa, o que ocorrerá, pela própria precariedade que vive o seu departamento financeiro, afetado pelos problemas ocorridos em decorrência da prevaricação e malversação, cujos resultados é de conhecimento geral.

Há setores do PT, os mais radicais, que consideram esse tipo de comportamento, alterando o marco regulatório em prática desde 2010, como um verdadeiro retrocesso, entretanto, a nossa leitura é que esse tipo de precaução e zelo pelo patrimônio da Petrobras é um ato de brasilidade e nacionalismo, não pode ser considerado um gesto neoliberal, independentemente se trará consequências negativas nas próximas eleições que se dará em outubro próximo.

O que ficou patente, nas entre linhas, e nos discursos pós-decisão da maioria do Senado Federal é que há um grande desconforto entre a Presidente da República, Dilma Rousseff, e o seu partido, o PT, e alguns políticos do bloco de apoio ao seu governo. Não há como negar a falta de harmonia entre o discurso e a prática dos envolvidos. Não há mais uma interação perfeita, uma defesa de pensamentos e ideias harmoniosa, cada um tentando dizer que não tem nada com isso, em termos de bancarrota. É muito fácil ser pai ou mãe de uma criança bonita, saudável, cheia de energia; difícil é aceitar a chegada de um filho indesejado, criticado, desajeitado e praticamente desenganado. Esse filho que me refiro é o segundo mandato da Presidente Dilma, foi um parto cujo feto foi tirado a fórceps, e o diagnóstico da verdadeira saúde da criança veio posteriormente, até então apenas inverdades, panaceia e devaneios.

Sinceramente, acredito num desembarque futuro, não sei precisar exatamente se ele se dará pela presidente ou se pelo partido, ambos não aguentarão um caminhar conjunto até o final da estrada, o percurso será longo e penoso! Se chegar até o final. Pelo tamanho e intensidade das chuvas de verão que estão ocorrendo e que continuarão a ocorrer, no mundo político nacional, pontes e viadutos serão destruídas e sequer uma pinguela será erigida como facilitadora da travessia.

 

 

Genival Torres Dantas

Poeta e Escritor

genival_dantas@hotmail.com


 

 

Se não aplacarmos os ânimos o plano político nacional ficará insustentável
 
 
Se o sentimento cristão que transita nos corações dos brasileiros não se apiedar de todos nós teremos uma situação caótica disseminada perigosamente radicalizada e inebriadora, de tal forma que o futuro ficará mais incerto ainda nessa crise de credibilidade política. O mosquito que transmite as várias doenças, inclusive com prejuízo para os fetos em período de gestação, em regiões pontuais em nosso território, já não nos assusta tanto, pois, a comunidade científica internacional já trabalha na elaboração de vacinas e medicamentos para a cura dos afetados. Entretanto, a roupa suja lavada em público pelos radicais do PT e PSDB, tem jogado para a plateia estarrecida, toda a sujeira dos bastidores da nossa política.
 
Não bastasse os desvios de conduta por parte dos governistas e seus aliados, com desvio de finalidades, casos específicos do Mensalão e mais recentemente do Processo Lava Jato, com apontamento de perdas de bilhões de Reais aos cofres da Petrobras, cujo processo encontra-se em andamento, parte com o Juiz Federal Sérgio Moro, Curitiba/PR, e outra parte no STF (Supremo Tribunal Federal). Agora surge o outro lado da moeda, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está sendo acusado de um caso amoroso, fora do casamento, com uma ex-jornalista da Rede Globo de Televisão, Miriam Dutra, se constituindo em desvio de personalidade, com agravante de o caso ter ocorrido anterior ao período de sua gestão na presidência da República 1995/2003. Fato esse desconhecido do público até agora, somente com o desenrolar do Processo Lava Jato a questão veio a tona, como se fosse uma situação colocada como cortina de fumaça, empando todo cenário do Processo Lava Jato.
 
É muito triste para uma nação como a nossa, religiosa e cheia de preconceitos, ter de conviver com esses transtornos políticos, quando alguém é pego no contra pé, tira-se do bolso do colete os males feitos dos adversários na tentativa de desviar o foco das atenções. É bom lembrar que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já deu seu testemunho anunciando o fato, inclusive dando sua versão sobre a origem do dinheiro enviado a reclamante, e o reconhecimento do filho mesmo que esse não seja seu filho biológico, assumindo a compra de um apartamento em nome desse filho, indo manter seus estudos, se for preciso.
 
O Brasil encontra-se com tantos problemas em seus tentáculos que ficar levantando sujeiras agora, que não traga retorno positivo ao país e que seja determinante ao nosso sucesso, transcende a capacidade de absorção do brasileiro. Primeiro temos que cuidar da realidade econômica e financeira do país, nossa economia que piora a cada dia, com sua inflação recrudescendo em patamares constrangedores para quem quer manter uma economia competitiva e exportando suas commodities e de preferência com preços que possam corresponder aos anseios dos empresários do setor agropecuário, único setor que ainda vislumbra com economia positiva no curto prazo.
 
Já sabemos que o nosso PIB ficará negativo mais um ano, para desespero de todos nós que acreditamos no Brasil. Já somos mais de 9 mi de desempregados na nação, mais de 100 mil lojas fechadas, levando ao fundo esperanças de emprego, uma maldita situação.
 
Os juros estagnaram num patamar altíssimo, ficando proibitivo qualquer investimento que se queira fazer com utilização de recursos de terceiros, a não ser os poucos privilegiados que tem acesso ao crédito financeiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
 
Assim ficamos atados aos nós que construímos nos últimos tempos sem nenhuma perspectiva de resultados melhores a não ser que ocorra um milagre econômico, coisa que eu não acredito, porém, confio na capacidade de reação do povo brasileiro e na sua criatividade, por isso, ainda não desisti do Brasil e nem vou desistir.
 
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@hotmail.com

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Finalmente começa o ano para os pantagruélicos sórdidos

 

 

O mal informado achava que o carnaval brasileiro de 2016 seria desmilinguido, insipiente, desmotivado e decepcionante, ledo engano. A crise vem provar mais uma vez que o povo sabe separar dificuldades de cultura, e só os pobres tem na sua formação básica, no seio familiar, esse entendimento pátrio incrustado na sua alma de brasilidade plena. Esse foi o carnaval da rua, quando os grandes centros que protagonizam as melhores peças festivas ao carnaval, tiveram a oportunidade de mostrar todo o gigantismo do esplendor de Momo, utilizando-se a mitologia grega.

 

Para corroborar com o que escrevo, cito as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Fortaleza e até mesmo Belo Horizonte, até então não muito citada na prática de um grande carnaval; essas capitais fizeram uma grande festa, recepcionaram uma grande leva de turistas brasileiros e até internacionais, que aproveitaram a fragilidade da nossa moeda e fluíram em direção ao país com a intenção de viver momentos de alegria gastando muito mesmo em outro país.

 

Quem viu de perto o nosso carnaval não acredita na nossa real situação, um país quebrado econômica e financeiramente, moralmente desacreditado, com um governo a beira de um ataque de nervos, em decorrência das suas próprias mazelas, sendo criticado mundialmente por sua insustentabilidade e incongruência. Com parcela de nossos políticos e empresários sendo investigados por corrupção passiva e ativa, num processo investigativo e seus tentáculos, Lava Jato, levando a nossa empresa Petrobras, de tantas glórias desde sua fundação (1953), até o escândalo criminoso na sua administração, a humilhante posição de 2º lugar em corrupção, posição que ostenta mundialmente.

 

É uma situação que levaria qualquer país sério a parar para reforma e balanço, não tem como conviver com esse tipo de sujeira e denodo e ficar calado, sem pedir uma posição aos nossos governantes no sentido de que seja feito justiça aos que deliberadamente usaram empesas do governo para malversações, com único objetivo de enriquecimento ilícito, acarretando prejuízo de bilhões ao cofre público, que é um dinheiro recolhido do povo e a esses é preciso que se preste conta.

 

Depois da passagem do carnaval, deixando alegria para as comunidades da Império de Casa Verde, SP, e Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, RJ, quando conseguiram o campeonato em seus respectivos Estados, mostrando força e gigantismo nos seus enredos e desenvolvimento dos temas. O Brasil finalmente começa o seu ano comercial, antes era tudo projeções, expectativas e projetos de viabilidade econômica e comercial. Agora sim, o parlamento começa a operar na sua plenitude, com vários assuntos seríssimos a serem resolvidos, tendo que tomar posição, tanto no Senado como na Câmara Federal, com seus presidentes arrolados no Processo Lava Jato e seus desdobramentos. O que vai acontecer com esse poder legislativo, tudo que for dito será mera especulação ou conjuração, essa é uma caixa preta que não há como fazer previsão para esse ano tumultuado que teremos pela frente.

 

Enquanto o Poder Executivo tenta superar a crise decorrente do processo de impeachment, correndo na Câmara dos Deputados, fica envolto com seus problemas de ordem econômica, sem perspectiva nenhuma para debelar a inflação, resolver o problema do desemprego e achatar os juros, que tanto corroem as economias minguadas dos assalariados, quando há, e capital de giro dos empresários brasileiros.

 

O que nos deixa mais perplexo é saber que o esforço feito para esconder a realidade que atravessávamos no ano de 2015, foi um verdadeiro pandemônio, com o governo fazendo renuncias fiscais em mais de R$40 bilhões, representando metade do rombo da Previdência, e de nada serviu de útil para a economia, fizeram uso do dinheiro sem dar contrapartida ao governo que lhe beneficiou. Esses desacertos existem por absoluta falta de planejamento prévio, ou mesmo visão da realidade, até mesmo descaso com o dinheiro público. Agora há uma pergunta que alguém vai ter que responder por essa barafunda, quem vai pagar essa conta, esse dinheiro não volta mais aos cofres públicos, isso é fato consumado, liquido e certo.

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com

 

 


Desesperança em pleno reinado de Momo

 

Janeiro/2016 já é passado, estamos começando fevereiro de forma calamitosa, a situação foi deflagrada pelos números e, noticias divulgada durante toda semana. Estamos colhendo exatamente o que plantamos nos últimos cinco anos longe da meta de 4,5% do IPCA, idas e vindas sem ter nenhum benefício na economia, contradições encontradas nos anúncios e notas fez o Banco Central cair no descrédito junto os agentes econômicos, o que vemos é uma corrida de loucos tentando salvar a própria pele na devastada economia nacional.

 

Segundo o IBGE o IPCA de janeiro ficou em 1,27%, o mais alto índice desde 2003, empurrando as previsões de inflação, para esse ano, para patamares maiores, sufocando toda crendice numa melhora nos nossos números, um desafio assustador para um país que vive uma situação de penúria total, tendo uma economia fraca, uma indústria quebrada e sucateada, sem condições de concorrer com a indústria mundial que se encontra em situação privilegiada pela cobertura dada pelos seus governos de origens; um mercado de trabalho em queda livre, mais trabalhadores somam-se aos já demitidos no ano anterior; juros estratosféricos inibindo qualquer empresário a buscar recursos no mercado financeiro para expansão ou mesmo manutenção do seu negócio. Atado aos nós do paradoxo que vivemos somos todos reféns da burrice, do despreparo e da falta de critérios na gestão de uma política de governo decrépita, mal conduzida e sem nenhum horizonte pela frente.

 

O que mais impressiona é esse mesmo governo continuar com sua propaganda institucional, falando de um futuro próximo de sucessos e abundancia, clamando todos para uma corrente de forças, objetivando a superação do atual momento da nação. Chega a ser triste e melancólico perceber que o governo não acredita no seu despreparo, confiança do povo na sua gestão e debilidade administrativa, ou acha que somos todos filhos da idiotice que permeia os labirintos dos palácios e edifícios locados na praça dos três poderes onde está a grande maioria de assessores sem nenhuma função que justifiquem a soma de salários que sangram mensalmente a mãe Pátria, deixando-a cada vez mais desfigurada e mórbida, tão definhada que assusta qualquer filho sua, por mais desamoroso que seja.

 

A ausência de acuidade para sentir o clima de desconfiança e repulsa no entorno das suas ações é sinceramente desnorteante, não há substrato que possa elevar o nível da desonra e desfaçatez, agora os holofotes se voltam ao núcleo da administração petista. O grande líder político do PT, ele é a própria sigla e significa todo o capital político do partido situacionista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esse agora é a bola da vez, será chamado para depor não mais como testemunha, mas, como investigado. Não é para ser comemorado, pois, trata-se de uma figura extraordinário que soube agir com determinação e firmeza quando na Presidência da República lutou bravamente pelo social e na sua gestão houve muitas melhores para os desassistidos e de poucos recursos; ampliou projetos, unificou outros e melhorou a vida de muitos. Entretanto, não soube brecar a gula de muitos que aproveitando da oportunidade, até da sua amizade a República foi trágica e covardemente dilapidada por aqueles que aboletados em cargos ou posições de confiança se portaram no papel do lesa pátria.

 

Sou da opinião que, quem quer que seja estando errado tem que ser investigado, seja ele quem for, porém, para ser honesto e imparcial, está na hora da polícia ou justiça, até mesmo ambos, procurem investigar elementos fora do núcleo petista e seus aliados. O senador Aécio Neves (PSDB/MG), já foi citado por delatores mais de uma vez, é preciso que se aprofunde nas investigações para que ele seja julgado, condenado ou inocentado, trata-se de um político da oposição com profundo respeito da opinião pública, ele mesmo, tinha que vir a público e exigir esclarecimentos para o seu caso, pondo fim a uma situação que está ficando insustentável para a oposição. É preciso que se faça justiça, chega de usar a Democracia para descriminar pessoas ou setores.

 

Precisamos sair desse clima de desconfiança nas instituições e pessoas, para isso é preciso que tenhamos posições firmes e fazermos escolhas criteriosas, pois, se continuarmos errando continuaremos a eleger bandidos para nos representar no setor público, é preciso ter consciência e admitirmos nossas falhas, fazermos uma reflexão, e não continuar errando como antes. Sejamos conscientes, livres e de bons costumes, escolhendo os melhores para nós, independentemente de ideologia ou partidos políticos, esses representam menos que o homens, esses refletem nossos pensamentos.

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com


 

 

 

 

Bagaceira nos caminhos desencontrados

 

Já faz algum tempo que os caminhos que levam aos ajustes de setores prioritários para o nosso país encontram-se desencontrados e desajustados. Por maior que seja o esforço da tigrada petista os resultados são deploráveis, sem nenhuma consistência ou que venha merecer algum crédito que possa ter um pálido sinal positivo para o futuro.

Parece até uma doença recidivante, voltando sempre ao ponto original, implicando com efeitos colaterais amplamente já conhecidos de nós pecadores brasileiros. Os jornais eletrônicos e os impressos, tem-nos alertado da simbiose motriz entre o capital e o trabalho, ambos convivendo na mesma esfera como se determinante fosse essa junção de valores estereotipados. Não tenho a menor dúvida que alguém vai sair lesado dessa sociedade carcomida pela distancia dos seus valores e filosofia, são ajustes que o tempo não aceita, dentro dos nossos padrões seculares, cujas barreiras sociais estão bem explicitadas no limítrofe das cidades, bairros e até mesmo ruas, com suas construções estanques, apenas observadas na arquitetura silenciosa dos pensamentos vaidosos que revestem a alma materialista dos ignóbeis.

Somos severamente informados pelos noticiários mais elementares das diferenças de tratamento dado aos pacientes de diferentes classes. Enquanto a medicina praticada nos hospitais particulares continua sendo de peculiares assertivas, não faltando medicamentos e profissionais tecnicamente capazes de um atendimento corretivo ou curativo de forma rápida e contundente. Nos outros hospitais, onde o assistencialismo predomina de forma a ser considerada muitas vezes a única fonte de recursos para manutenção do nosocômio, as dificuldades são extremamente explicitas e desumanas. No caso específico do tratamento de oncologia chega a ser repugnante a assistência dada aos seus pacientes, muitas vezes largados a própria sorte e aos cuidados de parentes abnegados, fazendo verdadeiras via sacras em busca de amparo, chegando a cruzar fronteiras interestaduais, procurando amparo em locais mais desenvolvidos, sem, entretanto, na maioria das vezes, conseguir seu intento. É impiedoso saber que estamos sendo administrados por tamanha incompetência por parte daqueles que deveriam oferecer uma contra partida aos que por muitos anos pagaram suas taxas, cujo recolhimento sempre foi um exemplo de gula e determinação dos órgãos competentes.

Para exemplificar com mais um setor que devia ter um cuidado especial, o da segurança pública, estamos no fundo do poço, somos sacudidos por rajadas de balas que cruzam as noites quentes do verão de pancadas de chuvas e barulhos do tilintar das balas perdidas nas grandes cidades, resultado dos duelos das facções rivais, ou fações contra policiais, muitas vezes esses policiais mal preparados e orientados, portanto armas superadas pelo tempo e uso, a enfrentar verdadeiros atiradores de elites que compõem essas facções assassinas, que terrorizam nossas cidades com seus crimes de violência e tráfico a perverter nossos filhos indefesos. Sabemos que essa é uma situação sem mudanças para os próximos anos, poderá até mudar para pior, enquanto não dermos uma educação correta para as crianças de hoje, estaremos, forçosamente, construindo cadeias para os homens do amanhã. Lamentavelmente, temos uma população carcerária com 60% superior à capacidade oferecida, para um sistema falho, mesmo dentro das limitações, imagine então essa população quase dobrada, resultado não poderia ser diferente, esses jovens encarcerados não têm a menor chance de se reeducar nesses ambientes promíscuos, empurrando os principiantes para o crime profissional e de alta periculosidade.
Enquanto estamos fazendo uma reflexão de dois temas básicos, segurança e saúde, a educação é lastreada por desesperança, sem perspectivas de melhoras para um futuro próximo.

Apostamos alto no pré-sal e os royalties que ele pudesse nos oferecer para investimentos na educação, em defesa dessa tese muitos brigaram tentando assegurar recursos para suas áreas e municípios. Sabemos que o petróleo entrou em declínio, o barril do produto bruto, em 5 anos caiu de U$100 para U$29 dólares, preço inferior ao salmão pescado aqui no Sul do Brasil. Esse recuo no preço do petróleo implica fundamentalmente na exploração do pré-sal brasileiro, com o agravante de termos uma oferta do produto superior ao consumo atual. Essa situação decorre da desaceleração industrial, em termos mundiais, o retorno do Irã ao mercado, com a revogação das sanções econômicas internacionais ao país, e a exploração do xisto, outro tipo de óleo, o tightoil (petróleo apertado), pelos EUA, além da extração em águas profundas do Golfo do México, passando os americanos ao 1º lugar na extração de petróleo, superando a Arábia Saudita, ficando esse último país com o menor custo de produção por barril de petróleo do mundo.

Tudo isso posto, temos que admitir que o nosso futuro seja incerto, qualquer que seja a corrente ideológica ou política que continue a administra o país, na realidade, vivemos cercados de malversações e incertezas, não sabemos o que poderá vir pela frente, nossos atuais dirigentes e seus opositores não nos inspira confiança, estamos a busca de um líder a nos conduzir, não sei se teremos oportunidade de conseguirmos esse herói nacional, a tempo de salvar nossa nau que já se encontra a pique.

Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
www.genivaldantas.com


 

A Paraíba perdeu o comediante Shaolin e o Brasil fica mais triste


Enquanto o Brasil chora o choro dos desvalidos por conta da atuação comprometedora da maioria dos políticos atuantes, distribuídos por vários partidos, na Paraíba, um dos seus filhos ilustres, deixa o palco da vida para se juntar aos imortais que já se foram e hoje fazem parte do bloco dos saudosos que viveram curto tempo, mas, o suficiente para deixar a pátria nas tardes quentes de verão mais tenebrosas que nunca. O acidente envolvendo Francisco Josenilton Veloso, Shaolin, em 2011, no seu Estado natal, foi de tamanha gravidade que depois de 1821 dias (conforme relato de parentes), de agonia foi para o plano superior aquele que nos acostumamos a aplaudir pelo seu trabalho meritório, principalmente na televisão brasileira, com suas imitações primorosas de astros e estrelas do nosso estrelato.

Enquanto os parentes e amigos choram o desencarne de Shaolin, invertendo o sentimento que tínhamos quando da sua companhia, somos invadidos por uma saudade misteriosa e impar, os artistas que costumam ocupar outros palcos, principalmente o da política, fazem grande esforço para fazer chorar os brasileiros que um dia tanto acreditaram nessa classe que numa época não tão distante foi tão meritória e hoje não passa de uma comunidade de ações deletérias a sociedade brasileira.

Descalabro é a palavra certa para identificar a contínua e exacerbada situação dos infortunados que transita entre a classe média e a plebe brasileira, essa última composta por uma parcela de 50 milhões de pessoas que ainda sobrevivem à sombra de um custeio mensal, denominado de Bolsa Família, mal distribuída e de forma desregrada, sem nenhuma contrapartida sem estímulo do retorno ao trabalho, fazendo do brasileiro pobre um viciado às ações sociais, denegrindo a imagem do povo brasileiro forte e trabalhador.

Enquanto isso, o governo central esmera suas ações no continuísmo exacerbado no trato com a causa pública, com o mesmo discurso de sempre apenas com novos calemburgos nos julgando os idiotas do apocalipse dos novos tempos, tal qual fedelho a ser castigado como se nós fossemos os pecadores e tivéssemos colocado o país nesse clima de tragédia bestial. O que se passa realmente é o desconhecimento total da administração pública aliada ao despreparo político, para suprir essas deficiências públicas e notórias, somente com apoio de outras correntes cujo comportamento esteja fora da curva, tanto quanto os próprios governantes, formando, desse modo, uma espécie de gladiadores da arena (congresso), a defender os malfeitos e mazelas dos futuros desterrados da nossa pátria.

O que temos visto na outra ponta é o povo desorientado e mal informado, lutam nos grandes centros pelo recuo da correção no preço das passagens dos coletivos urbanos. Nem sempre é o povo que encabeça os movimentos que destroem o patrimônio público e privado, os encapuzados estão ali apenas para praticar o crime da desordem em nome do povo, quando na realidade são malfeitores que nada defendem a não ser algum dinheiro dado por grupos que querem apagar o fogo com combustível e comburente. Portanto, vivemos num momento de terrorismo interno, prática antiga dos atuais governantes que dela se utilizaram no combate a ditadura militar dos anos 1960/1970/1980, e hoje tendo que conviver com esse caos provocado por pessoas que nada querem a não a desordem pela desordem. No meio da torrente encontra-se Estados e Municípios a serem arrastados para o abismo administrado que se encontra lá na frente, sem recursos financeiros para sustentar os custos impostos pelas regras do jogo moderno, quando era apresentado os serviços sem suas respectivas receitas para fazerem frente a nova realidade, resultando nesse estrangulamento já anunciado pelos órgãos de imprensa com bastante antecedência.

O passamento de Shaolin veio nos mostrar com mais clareza da diferença do palhaço que faz chorar e o que faz rir, Shaolin nos fazia rir pela sua genialidade e destreza com o trato com seus personagens, enquanto que os políticos nos faz chorar pelo destrato com seu maior capital que é o povo, seu eleitor. Enquanto essas práticas inaplicáveis na relação PODER e POVO, fizeram parte da política brasileira, seremos sempre esse bando de aloprados, seguidores de desocupados intolerantes com poderes de persuasão tão bem dotados quanto o ex-presidente Lula, a caminho do cadafalso, levado pelo Lava Jato, cuja caminhada em direção a sua sentença de morte política só será interrompida se o STF (Supremo Tribunal Federal), assim o quiser.

Genival Torres Dantas
Poeta e Escritor
genival_dantas@hotmail.com


 

Os embusteiros da República grassam a desgraça no país

 

Definitivamente o final de 2015 e começo de 2016 não foi um dos melhores a serem comemorados, particularmente tive contratempos na passagem do Natal, com silêncio total no meu telefone fixo e celular sem acesso a qualquer interurbano que tentasse fazer, não direi o nome das operadoras em respeito aos funcionários das empresas que nada fazem para justificar o nome nos meios de comunicação. É uma pena que tenhamos que conviver com esse tipo de empresários que não honram compromissos assumidos levando grande massa de consumidores a se sentirem prejudicados pela postura desses oportunistas de plantão disseminados no meio empresarial nacional.

 

Desculpem o desabafo inicial, apenas para me sentir mais leve ao escrever essa peça que nada tem a ver com desditosas barafundas do dia a dia do brasileiro comum, assim como eu. Mas, falando de Brasil, nada mudou nos últimos dias, se tiveram mudanças foi para pior para aqueles que esperavam notícias de alento para esse início de ano. Os números apresentados pelos indicadores econômicos, dos números oficiais e oficiosos, nos dão uma dimensão de como fechamos 2015 e as projeções não são nada alvissareiras a nos esperar.

 

Parece até que estamos à época do Império Romana que era proibida a travessia do Rubicão, materialização do limite sul da Província da Gallia Cisalpina, ao norte, separando da velha Itália ao sul. E assim estamos, impedidos de bocejar os nossos queixumes sob pena de sermos condenados pela situação bolchevique que inerte, à sua insignificância história, sobrevive a custa dos furos da Lei e dos ditames dos podres poderes desfigurados.

 

A situação atual lembra muito o roto pedindo esmola, de cuia e caneca, ao esfarrapado, no caso, governadores desorientados correndo ao governo central, em busca de socorro financeiro, na tentativa de aliviarem suas mazelas, provocadas pela completa falta de recursos orçamentários para cobrir os serviços sociais, já tão depauperados, cuja precariedade supera a linha do bom senso e da dignidade humana, tangenciando a incredulidade.

 

Que saudades da época da distribuição de renda com crescimento econômico, lembram-se dessas mentiras esfarrapadas? Hoje amargamos uma realidade de conteúdo amargo, de doloridas cicatrizes e repugnante aparência física, uma imagem desfigurada pelas próprias palavras infestadas de ódio e ressentimento de governistas inescrupulosos na tentativa de incutir na população a responsabilidade da tragédia brasileira aos governantes da direita as mazelas atuais, produtos da incapacidade de governança dos lesam pátria que administram, se é que podemos chamar de administração tamanho descalabro que reina em nossa terra.

 

Quem diria que um dia íamos depender, em termos de exportação, das importações de commodities da China, aquele país pobre, dos anos 1950/1960, diziam que era um país amarelo pelo fato de só comerem arroz, produto de larga produção naquela terra meritória que teve que abrir sua economia ao capital estrangeiro para ver os horizontes comerciais se alargarem e invadir fronteiras além-continentais, se constituindo numa das maiores economias, ostentando a posição nobre de segundo colocado mundialmente, perdendo apenas para os EUA. E nós retrocedemos nos números, somos largados no mundo dos inoperantes. Quando a bolsa de valores da China abriu no primeiro dia útil (04), com queda histórica, o mundo tremeu de receio, o Brasil ficou pasmado e a nossa bolsa despencou em direção ao fundo do poço, ficamos mais acuados com a abrupta queda dos preços internacionais do petróleo, chegando ao preço máximo de U$36, dólares americanos, péssima notícia para a Petrobras que espera um mínimo de U$50, dólares americanos, para o petróleo bruto, para que o pré-sal fique viável na extração das reservas brasileiras.

 

Que fará o governo brasileiro sem nenhuma credibilidade interna e externamente, pressionado por um processo de Impeachment em andamento na Câmara Federal, da atual presidente, um vice-presidente sendo citado no caso Lava Jato, além do próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) e o presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB/AL); o governo com uma rejeição superior a 70%, a economia em estado de calamidade, com inflação crescente, juros altos e desemprego atingindo mais de 01 milhão de desempregados em todo território nacional. Para complicar, a natureza não perdoa o nordeste com uma seca comparável a de 1915, o sul sendo devastado pelas águas de verão, principalmente o RS que já sofre com a calamitosa situação financeira, fruto de uma precária administração anterior, do PT, impondo aos funcionários públicos uma vergonhosa situação de penúria, recendo salários parcelados e com atrasos. Sem contar com a situação falimentar da indústria nacional, tendo que conviver com uma recessão descomunal, tendo que demitir funcionários e cortar custos para não fechar as portas dos seus negócios.

 

Esperamos que os ares do novo ano sirvam de inspiração para aqueles que detêm o poder, iluminando seus espíritos e façam o que tiver que ser feito, com ações Republicanas, seja ela qual for, não mergulhando o país nas sombras da escuridão perversa e causticante, num caminho de duro retorno com torrente de lágrimas do nosso povo.

 

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

Genvial_dantas@hotmail.com


Uma retrospectiva vociferada com desilusão e desencanto

 

O empoderamento do brasileiro em 2015 foi de uma forma crivelmente desditosa e torpe, não pelo comportamento dos necessitados, mas, pela forma delinquente que as autoridades transformaram um projeto social numa maneira cerceada pela absoluta falta de maturidade administrativa e coerência na execução dos planos que deviriam ser de cunho permanente e sustentável, não só pela abrangência como sua premência nos meios de acuidades das camadas mais pobres e sofridas e um país de longa data necessitado de cuidados especiais para aqueles que vivem fora da curva da tolerância e da dignidade humana.

Falar de retrospectiva no Brasil e jogar no ar um cheiro contaminado pela essência mancheia do político mais desprovido de caráter que soube com toda sua preponderante ação de tratar as coisas alheias como se nada fosse ou mesmo sabendo do proprietário trata-as como tamanha ausência de desvelo que nos espanta e nos entristece ao depararmos com essas mesquinharias sociais. 2015 foi o ano da estupidez e da patifaria política, tempo em que o homem, sem caráter, usou das mentiras mais infames para tocar um projeto político, no mínimo desrespeitoso para a maioria da população, quando foi usado de todos os meios e as formulas para que o objetivo fosse alcançado.

Nos meus sessenta e dois anos, confesso nunca ter passado por tamanho desatino comportamental tão delituoso quanto o que passamos em 2015. Nada que se possa comparar na história política universal das Repúblicas mais longínquas e toda narrativa das Democracias mais depauperadas que já tivemos notícias. Realmente, 2015 nos reservou momentos de desalinhamentos e torturantes ironias e desfaçatez que o Brasil terá que se esforçar muito para conseguir ter um período de tantas tragédias políticas que possam ser um dia lembrado o que temos passado no atual momento.

Fomos invadidos por um conjunto de pessoas associadas a um partido político e esse em conluio com outros, se fizeram proprietários da maquina administrativa do Brasil e solaparam o que havia de mais sólido nas nossas bases, ministérios, empresas públicas, cargos em alto escalão, com predominância no governo federal, que não satisfeito com as atitudes dos incautos, tentou ainda transforma-los em heróis nacionais, como se assim tivessem agido em nome de um povo pobre, porém nobre. Falácia dos desventurados hipócritas, mergulhados na insana aventura da atrocidade, tirara, por meio da subtração, dos mais humildes a possibilidade de uma assistência médica mais humanizada; uma educação mais próxima da dignidade; uma ação social mais justa, com segurança e mobilidade urbana mais condizente.

Apenas alguns enfoques mais objetivos e vistos a olho nu se for levantar as leviandades aplicadas por esses incongruentes anarquistas sociais vamos verificar que o prejuízo que eles causaram ao nosso país, num pequeno intervalo de 13 anos, e o número 13 aqui é bem representado, tudo que foi feito por eles na área social é muito pouco quando traçamos um paralelo com o prejuízo do conjunto da obra desestruturada, teremos que refazer o país durante algumas décadas se quisermos ter novamente uma Nação com condições de caminhar com suas pernas, dentro do prumo e do compasso.

O projeto da esquerda que tomou de assalto o poder no Brasil, teve um inicio de grande brilho, com um discurso humanizado, as ações voltadas aos mais carentes, tudo levava a crer que seria um projeto vitorioso, mas, foi um longo e triste inverno que se abatia sobre a Nação incrédula com as mazelas acometidas pelos devassos tiranos. Revestidos na indolência dos falsários passam a cometer crimes dos mais diversificados e conhecidos no meio político e policial, só praticados por esses e pelas aves de rapinas.

Somos hoje uma nação envolta com a justiça e prática criminosa dos políticos que se fizeram profissionais do crime, aliados que foram dos empresários e banqueiros de negócios escusos, levaram a bancarrota o erário público, de forma que estamos no fundo do poço, desacreditados que estamos junto a comunidade econômica internacional, somos jogados em patamares inferiores a cada dia, tudo reflexo da conduta nada republicana dos nossos administrados mal intencionados e larápios. Não podemos negar que no meio dos tantos corruptos e corruptores existem alguns que ainda não se deixaram contaminar pela lama da pilhagem e pelo falso mundo de brilho que a desonestidade aponta aos que nela vivem.

Amanhã quando tudo for desmascaro e contabilizado pela justiça teremos um balanço real do dolo praticado pelos inimigos da pátria, grosseiramente usam chavões como defensores dos pobres e oprimidos, mais um crime que cometem em nomes desses. Os guardiões da pátria não terão pena dos condenados pelas atrocidades e danos ao país, cada um pagará conforme seu crime, um dia, não sei se em 2016, 2017, ou mesmo em 2018, o Brasil irá se livrar das amarras da esquerda decrépita que um dia se julgou digna de administrar os destinos do país de tamanho conteúdo e moral como o nosso; até lá que venha um 2016 com mais alento para todos nós.


Genival Torres Dantas
Poeta e Escritor
genival_dantas@hotmail.com

 


 

Deus é a nossa melhor porção

Quando criança, no melhor momento quixotesco, tivemos nossos castelos desmoronados por uma atitude da igreja católica, da minha cidade, o pároco local revestido da sua autoridade de monsenhor convocou as mães da paróquia a levarem seus filhos à Igreja Matriz num horário prefixado, para que ele pudesse, de forma unilateral, revelar as crianças daquela época que o Papai Noel era apenas uma figura da invencionice popular alimentada pelo marketing capitalista com único objetivo de fomentar o comercio, no período das festas de final de ano.

 

Assim caíram por terra as esperanças de todos nós de recebermos a visita, na noite de véspera de natal, do velho e bondoso velhinho, que, mesmo vivendo num mundo distante da nossa realidade sabia sempre os nossos desejos, e mais ainda, nossas necessidades, os presentes por ele trazidos eram condizentes com o nosso modesto padrão.

 

Fomos crescendo, aos poucos formando nossa personalidade, o poder de criação um tanto limitado, aquela ocorrência na infância tinha influência direta com cerceamento de ideias, fui aos poucos observando que o mundo tinha muito mais de fantasia do que de realidade se quiséssemos ter um pouco de felicidade, um verdadeiro contrassenso para os meus princípios. E assim fui demarcando espaços, conceitos, predicados sem procrastinar nada que fugisse e levasse meu lenitivo a um efeito colateral evitando sequelas para o futuro.

 

Com o crescimento físico e o atingimento da adolescência fui observando que Papai Noel era uma das muitas figuras que componha o imaginário da humanidade, todas formadas para tentar ludibriar, com facetas múltiplas, a grande maioria com direcionamento especifico e cuidadoso, o único tento era fazer dos menos privilegiados, em termos de habilidades e conhecimentos, presas fáceis e sem correr riscos para o futuro. Essas configurações davam-se em vários campos e com líderes de diversos segmentos.

 

Ficava mais claro a cada dia que os menos esclarecidos tinham mais facilidades para serem ungidos e obedecer a orientações de outros, sem grandes dificuldades ou reações contrárias. Dessa forma não foi difícil compor a massa afeta aos encaminhamentos e descaminhos, principalmente em fases agudas de crises mais demoradas e acintosas trapalhadas dos mal preparados. Com essas características fui observando padres, pastores, advogados, médicos, comerciantes, políticos e tantos outros formadores de opinião, com a porção maléfica mais latente, por assim, mais aguçada, voltada para o descaminho.

 

Não foi difícil conseguir separar minha porção maior, por isso, mais próxima da verdadeira vontade de ajudar o mais próximo, se não pudesse ajudar pelo menos me afastar dos desejos mais animalescos, no sentido de prejudicar o semelhante. Essa fase foi importante na minha formação, quanto mais eu alimentava o meu lado bom mais bondoso e generoso eu queria ser, dessa forma fui alicerçando sobejamente esse ser que tem trilhado por caminhos menos tortuosos, e assim, ajudando de certa forma aqueles que necessitam de orientações para não descerem em estações erradas e procurarem a companhia de pessoas incertas.

 

Tenho repetido a quem me procura, Deus é nossa porção maior e melhor. Todas as vezes que fazemos bem a alguém ou alguma pessoa, sem nenhum interesse de retribuição, somos tomados por uma alegria imensa, uma verdadeira luz nos invade nos fortalecendo cada vez mais. Esse é o exato momento que temos absoluta certeza que Deus é isso, a nossa porção melhor trabalhando em benefício de outras pessoas e de nós mesmo.

 

Quando chega o Natal procuro fazer minhas reflexões, sei do imenso pecador que sou, das minhas fraquezas, dos meus inúmeros pecados, dos meus fracassos por tantas vezes com pouca fé ou quase nenhuma, das derrotas sofridas e lamentadas, mas, sempre procurando tirar proveito para errar menos nas próximas lidas. Sei que meu reconhecimento do quanto sou fraco não anula minhas fraquezas, entretanto, ele me robustece, alimenta minha alma de forças até estranhas, porém, dão-me a certeza que não devo parar de lutar, dessa forma, tento ganhar as batalhas diárias, sabendo que a guerra é longa e cruel e que um dia tudo se resolverá e a paz será eterna.

 

 

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com

 


 

 

Arroz, feijão e lágrimas

 

O Brasil tem muito pouco para comemorar no Natal que se aproxima, 2015 está terminando pior do que começou, um ano bizarro, cheio de anomalias nas suas políticas básicas, com catalisadores direcionados aos novos tempos de cerceamentos com implicações a vários setores que inovam e sustentam a economia ativa da Nação, verdadeira situação empírica até mesmo para os mais devotos e voltados a fé e esperança na boa índole do ser humano.

 

De novo apenas a exuberância da prática criminosa dos afeitos da devassa e dos espoliadores do erário público, quando é crível apontar, hoje, o Brasil como um dos maiores índices de corrupção em todo planeta terra, tristemente vergonhoso para nós que estamos vivendo e até de certa forma fazendo a história nesse momento de verdadeira tragédia de uma geração que nos últimos 60 anos fez a evolução da tecnologia e seus meandros ser superior ao que a humanidade tinha atingido até os anos de 1960.

 

No plano econômico e político começamos o ano em crise, ambos se alimentando das suas fragilidades, carcomidos pelo ranço da desditosa ira dos incapazes de trabalharem por um objetivo coletivo sem se locupletarem do alheio, prática reinante em nosso país desde sua descoberta, apenas ampliada e adaptada aos novos tempos, com uso das novas tecnologias sendo utilizados no manejo dos recursos desviados e enviados a outros países na tentativa de dificultar o rastreamento dos valores usurpados, dos impostos pagos pelo contribuinte que é a verdadeira fonte de alimentação de um governo que tem a obrigação de administrar esse patrimônio com verdadeira lisura e honestidade suprema.

 

Com o passar dos meses a crise transformou país num caos econômico, com desemprego em alta, inflação chegando aos dois dígitos com tendência crescente, juros num patamar proibitivo para quem precisa de crédito de capital de giro como fomento aos negócios; a desconfiança no governo se agrava na proporção que o tempo passa, não abrindo qualquer possibilidade de investimentos por parte do setor produtivo para incremento da economia, ficando esse setor, principalmente o industrial, parado e mergulhado no silêncio das máquinas paradas por absoluta falta de compradores no mercado interno. O mercado externo esperando estímulos para ajudar nas nossas exportações, muito embora tivéssemos um saldo positivo, até aqui, nesse setor, mas, cuja participação chega a ser ridícula.

 

No plano político a crise piora com o impeachment da Presidente Dilma em Andamento e o pedido de afastamento do Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), em tramitação no STF (Supremo Tribunal Federal), os dois processos devem ser apreciados somente em fevereiro próximo, depois do recesso, ficando esses assuntos por conta dos fuxicos e boatarias que devem minar as cabeças poluídas dos futriqueiros de plantão. Para carregar as baterias da artilharia dos desocupados e sinecuras, finalmente, começa a tomar corpo a saída do Ministro Joaquim Levy, da Fazenda, cargo que ele devia ter deixado bem antes, quando percebera que era um simples objeto decorativo , pois, o comando da economia brasileira continuava às mãos de Presidente Dilma, ele, o ministro, ficou todo esse tempo engolindo sapo e sendo desrespeitado nas suas tarefas mais elementares, por pessoas de linhagem prosaica.

 

Como já é sabido, nesse Natal teremos uma similaridade com os demais natais passados, mas, a grande maioria do povo brasileiro vai se contentar com as lembranças dos assados e das bebidas fartas e frutas da época, vão ter que se contentar com o nosso precioso feijão com arroz, nada contra os dois, sou fervoroso apreciador da dupla, com o complemento das lágrimas de muitos, sentindo, certamente a ausência de uma mistura carregada na decoração do prato, tornando a noite natalina mais festa. Essa diferença tem responsáveis, esses vão ficar aboletados nos salões nobres da República, comemorando o dissabor dos incrédulos pagadores de impostos, recolhidos no mundo insignificante que povoam na nossa pobre República.

 

 

 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

Genival_dantas@hotmail.com

 


 

 

Deputados incautos e chulos transformam conselho de ética em masmorra

 

Sempre achei que tudo na vida tem limites e exceções, entretanto, o comportamento de determinas figuras, tidas como impolutas, que deveriam se comportar como tais, tem mudado meu pensamento com relação a essa prerrogativa inerente aos formadores de opinião e os representantes do povo brasileiro.

Os últimos episódios ocorridos no ambiente do conselho de ética da Câmara Federal demonstram claramente o despreparo por parte dos nossos representantes, não tendo nenhuma condição psicológica para discutir, intermediar, confabular, discordar, serem inquiridos no calor do debate sem extrapolar os valores éticos, morais e comportamentais sem partir as vias de fato, como no velho oeste americano, ambiente que reinava a truculência, pelo fato de não haver ambiência educacional naquela época e naquela região, lá, onde viviam os brutos e o homem branco civilizava os nativos índios a base de tiros e açoites, isso se passava nos séculos XV e XVl.

Estamos em pleno século XXl, tempo em que um único curso universitário não representa nenhuma independência ao seu portador, há uma necessidade premente que o cidadão profissional tenha além do curso superior, algumas especializações, mestrado na sua área específica, quando não se exige o doutorado nas maiores escolas internacionais.

É a sociedade exigindo muito mais dos seus integrantes, essa mesma sociedade que já é controlada pelas plataformas digitais, com sua engenharia de ponta norteando os paradigmas de excelência. É uma nova postura da sociedade seletiva e selvagem ao mesmo tempo, impondo ao homem que entra em novo século com inicio de mais um milênio com a força tarefa de novos ingredientes para que o sucesso sorria aos mais preparados e lapidados conforme exigência desses novos tempos, não podia ser diferente, no entourage a concorrência se prepara para esses desafios.

O que nos assusta é a total ausência de preparo nos homens e mulheres que são indicados para dirigirem nossas vidas e da nossa nação. Há uma verdadeira preocupação com o eu, sem a mínima dedicação ao trabalho solidário e coletivo, razão da existência dessa classe voltada principalmente aos mais carentes e indefesos, e suas necessidades mais básicas, chegando a urdir nesses privilegiados e eleitos pelo povo, verdadeiras maracutaias com objetivos bem claros de se abastarem do poder e nele se locupletarem como se fosse a coisa mais normal dentro do cargo público. Lógico seria pensar, para esses o fato de transformarem o ambiente da ética na política como um verdadeiro cassino de apostas desonrosas, troca de socos e pontapés significam apenas gestos a mais, nada mais que isso.

Pobre povo pobre que tem um Congresso Nacional composto por alguns elementos sem compostura e sem moral, enquanto essa banda podre lá permanecerem o nosso país não terá solução, ficaremos a trocar figurões por figurinhas, nada mais que isso. A nação vai continuar descendo a ladeira da economia, vamos sendo tragados por povos pelo menos mais sensatos que nós, nossa mão de obra sendo dispensada do mercado de trabalho, nossos professores cada vez mais mal remunerados e desrespeitados no seu ambiente de trabalho, nossa saúde internada numa UTI, sem material médico e aparelhamento sucateado num espaço físico em desacordo com as normas mais elementares; enquanto que a matança nas ruas prossegue, nossa polícia já confrontada e isolada em seus quarteis, aparelhadas com armamentos obsoletos e temerários aos seus usuários.
Somos prisioneiros da máquina administrativa medíocre, mentindo aos quatro cantos do mundo que somos fortes, firmes e orgulhosos do que somos. Mentira, engano, engodo, somos todos farinha do mesmo saco, aceitando o confronto, humilhante para a Democracia, de um Executivo vivendo de poucos projetos sociais, sem sustentabilidade, por pura incapacidade política e administrativa, tentando sobreviver a um Impeachment, a ser instalado por uma oposição incongruente e obtusa, até mesmo para apresentar um projeto de governo caso o intento popular prevaleça.

Enquanto o querelante indigesto e impetuoso sobrevive no cargo de presidente da Câmara Federal, mesmo com processo correndo no conselho de ética, contra ele, e sendo esse um profundo conhecedor das normas internas da Casa, surfa na onda das brechas da Lei para, peremptoriamente, indispondo-se com qualquer um que cruze seu caminho e tente continuar com o processo naquele conselho.

O Brasil e os brasileiros não merecem isso, nessa contenda não haverá vencedores, apenas perdedores, todos nós sairemos perdendo com essa barafunda de incongruentes desejos e apegos, para esfrangalhar mais ainda o clima político que nos reveste a presidente da República e seu vice entra em rota de choque, fazendo desse impasse mais um motivo para que a Nação se aprofunde na lama da bancarrota.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

dantasgenival@hotmail.com

 


 

Nem só dos santos e mortos é novembro

 

Definitivamente novembro passou a ser um mês de todos os desagravos, penúrias, confrontos e desatinos. Não obstante o grau de gravidade reinante na atmosfera político após a reeleição da presidente Dilma Rousseff (2014), novembro último foi um caos total para os governistas em pânico com o afunilamento e tensão provocados pelos desfechos da calamitosa administração do governo petista. Os últimos dias do mês foram realmente desconcertantes, tudo começou com a prisão do amigo do ex-presidente Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai, na Operação Passe Livre, numa menção ao livre trânsito do Bumlai dentro do Palácio do Planalto. Na sequência foram deflagradas as prisões do banqueiro do BTG Pactual, André Esteves, em São Paulo, e o do senador Delcídio Amaral (PT/MS), em Brasília, além de outras pessoas envolvidas no caso.

 O transtorno causado pela operação deixou a situação tensa e mais complicada, o descontrole passou a ser acintoso, e a tônica nas conversas de bastidores do Congresso Nacional, além das referências no plenário, tanto da Câmara como do Senado Federais sempre carregadas de ideologismo, cada corrente tentando mostrar o seu lado positivo em busca de minimizar a crise na sua atmosfera política.

Finalmente é o chegado o mês de dezembro, último mês do ano e a grande chance de tentar reverter fatores negativos e situações desastrosas decorridas em vários aspectos, tanto político como econômico. Ledo engano, o quadro continua tenso, os partícipes da conjuntura nacional ficam presos aos laços de confrarias e confrades, pior ainda, a situação se complica, o IBGE mostra os números da nossa economia cada vez mais minguada, sem esperança de recuperação dentro do período, os gestores da área procuram salvar o ano de 2015 das pedaladas fiscais buscando aprovação, no Congresso, do projeto que autoriza os feitos em dissonância com a Constituição, aliviando a tensão e evitando nova desaprovação do TCU (Tribunal de Contas da União). O objetivo foi alcançado. Por larga margem de votos o Governo Federal tem autorização para fechar as contas com novos números, dessa vez  com 120 bi negativos, em substituição aos 55 bi positivos (números redondos); naquele momento era a grande notícia que o governo precisava para comemorar a vitória da batalha travada no plenário do Congresso.

De repente, mais do que de repente, é anunciado que o Presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), tinha aceitado abrir a questão do impeachment, não dando trégua nem mesmo de horas aos governistas, e assim estava formada mais uma batalha, já esperada, não tão cedo, havia conversas de bastidores que a situação estava atrelada às votações favoráveis ao governo. Alguém pisou no acelerador antes do tempo e a calamidade volta a ser a cena da política nacional, e os confrontos passaram a ser os ditames como sintomas do jogo marcado. Não podemos esquecer, horas antes, a Comissão de ética da Câmara Federal já tinha confirmada abertura de inquérito contra o próprio Eduardo Cunha, por decoro parlamentar.

Enquanto a economia despenca, os preços sobem, os juros aumentam, a popularidade da presidente Dilma cai, a perplexidade do povo, com a gestão irresponsável do governo petista, é maior que a decepção que o governo tem com a atitude de Eduardo Cunha, no caso do impeachment. É de se lembrar, a oposição já tinha largado o barco na tentativa de segurar o presidente da Câmara na cadeira daquela casa e agora faz coro com outros partidos situacionistas na tentativa de cassar o mandato do deputado agora acuado pela possibilidade real de ser julgado pelos seus pares no plenário da Câmara.

O resultado dessa peleja não sabemos qual será, mas, o país jamais será o mesmo depois do mês de novembro último e começo do mês de dezembro. Qualquer que seja o resultado político das duas situações, tanto do Eduardo Cunha quanto da Presidente Dilma, o Brasil é o grande perdedor por tê-los como comandantes, um dia, em dois postos tão importantes no país. Certamente, aqueles que votaram nos dois, a grande maioria que assim agiram, estão arrependidos dos seus gestos, agora não é hora de arrependimento, terão que refletir bastantes antes de votarem nas próximas eleições para não se sentirem corresponsáveis por tamanha desgraça que possa ocorrer no futuro na Nação. 

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

www.genivaldantas.com


 

Banalização da vida


A sensibilidade Humana é insuficiente para nos levar a caminhos mais favoráveis às relações entre os diferentes e minimizar os problemas advindos desse vácuo existente, levando ao medo da vulnerabilidade com a criação da banalização da vida e seus contornos. Há um verdadeiro pavor na sensação de abandono que fomos submetidos pelos nossos pares, com a recorrente falta de tolerância, indulgência, perdão, compaixão e benevolência, práticas tão comuns num passado tão distante e empregadas pelos nossos ancestrais de forma contundente e persistente.

Os últimos acontecimentos, no âmbito internacional, com a derrubada do avião russo com mais de 220 tripulantes mortos, o ataque absurdo em Paris, França, com 127 mortos e 99 feridos, em várias frentes de atentados terroristas, nos mostra a dimensão do desprezo pelo ser humano e a extrema necessidade do exercício de poder do homem sobre o homem, uma prática milenar, mas, tem se intensificado com a evolução intelectual da ração humana, desmistificando o conceito de que quanto mais evoluído mais inteligente ficamos. Ledo engano, somos providos de um sentimento de autossuficiência que vai além dos nossos limites, quando chegamos a desprezar o valor e o esforço alheio, nos limitando a ver apenas as nossas qualidades encortinando os defeitos que temos e que são tantos que nos torna absurdamente insensatos.

Quando lançamos o olhar sobre o nosso país constatamos que fazemos parte do mesmo universo permeado de pernósticos lacaios, contaminantes da política nacional fazendo da Nação brasileira terras dos percalços e intolerantes nocivos. Nesse ritmo frenético não nos resta nem mesmo fragmentos de uma vida digna de ser vivida. Vejamos como exemplo da tese a tragédia de Mariana, MG, quando 11 inocentes habitantes perderam suas vidas e 13 estão desaparecidos, fatalmente amanha serão incluídos nas estatísticas elevando o número de mortos. Esse caso é emblemático, traz na sua história todo o menosprezo pelo direito humano, fundamentalmente, o direito a vida. O rompimento da barragem de dejetos minerais não aconteceu dia 05 último, vem ocorrendo ao longo do tempo, a partir do momento em que o descaso norteia as ações governamentais, de longas datas, isso significa que esse assunto não é mérito do atual governo.

O aparelhamento do Estado vinha sendo feito de forma gradual e progressiva, com a entrada da esquerda na gestão pública brasileira o ritmo virou um frenesi, esse fato tornou o Estado incompetente nas suas ações, controles e gestão propriamente dito, quando os resultados trouxeram à tona as barbáries com o aparelhamento da máquina pública com pessoas estranhas às suas entranhas, de tal forma que a falta de competência técnica para exercer determinados cargos ficaram evidenciados em elementos ali colocados apenas para agradar a determinados partidos ou parceiros políticos, sem nenhuma qualificação profissional na maioria dos ocupantes dos cargos, tratados apenas como negociatas nos balcões de trocas estabelecidos na prática do governo participativo e governança compartilhada.

O estado de espírito dos atuais governantes impregnados de vícios do antigo comunismo com a centralização do poder, aculturamento da personalidade e desejo intrínseco de sua pseuda superioridade à burguesia antecessora na gestão do Estado. Esquecem os governantes atuais da alteridade que existe no ser humano até mesmo para que a raça exista, uma situação inerente ao ser, além disso, não há razão para não conviver com os diferentes, a fixação dos seus pontos de vista, não aceitando perdoar, com conotações de agruras diante das críticas, só torna o governo mais insólito e tosco, dando a entender que a maioria dos seus componentes foram lapidados a machado.

A falta de recursos humanos para responder pela área técnica do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão encarregado da fiscalização junto às barragens, somente em Minas Gerais são 663 unidades contra um contingente de 12 técnicos para o controle da demanda, esses números justificam a ideia de que há um verdadeiro menoscabo por parte das autoridades da Agência Nacional de Águas (ANA), não oferecendo profissionais treinados para operar com uma área tão crítica para o nosso ecossistema, fato é, os prejuízos causados pelo acidente, junto ao meio ambiente, ainda não pode ser comensurado.

Dessa forma, já temos a perda, pelo menos por algum tempo, dos recursos oferecidos pelo Rio Doce em toda sua extensão e o seu entorno, com a contaminação das águas e a matança dos peixes que ali povoavam. Agora vem o mar que deverá sofrer outro prejuízo com a chegada das águas contaminadas e contaminantes, especialistas ainda não sabem a extensão desse malefício causado aos habitantes do mar e seus recursos naturais que certamente terão um prejuízo incalculável.

 

Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
www.genival_dantas@hotmail.com


 

A Esquerdopata tem ressaibos de compadrio, Supercilioso e ignóbil


Seria bem mais fácil olhar os Lírios dos Campos, andar entre penhascos no Morro dos Ventos Uivantes, fazer uma reflexão sobre a Serra da boa esperança; palestrar sobre a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, dissertando sobre seus heróis regionais; discutir a Guerra dos Mascates em Pernambuco; conjecturar sobre a Inconfidência Mineira; discutir sobre a Conjuração Baiana ou Revolta dos alfaiates, da Bahia; invocar a Confederação do Equador, no Nordeste brasileiro, traçando um parâmetro sobre o absolutismo de Dom Pedro l e o Governo Centralizador, aboletado no Brasil com ascensão do petismo e sua forma amorfa. Tudo isso seria fácil se difícil não fosse tentar interpretar a história no seu tempo e as narrativas que ficaram como legado dos nossos ancestrais e historiadores.

Toda história tem sua dicotomia, normalmente a cena é a mesma, personagens recriados de forma quase autêntica, o desenvolvimento do tema difere por questões ideológicas e filosóficas, por mais independentes que sejam seus autores, resquícios ou fragmentos pessoais ficam sempre por entre linhas dos textos e contextos.

Imaginemos uma biografia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escrita independente, por dois biógrafos de correntes ideológicas antagônicas, sem nenhum compromisso com a verdade dos fatos e com a história escrita. Evidentemente que seriam dois textos completamente dissonantes. O simpatizante da esquerdopatia daria ênfase nos feitos do seu governo, com fortes conotações às realizações no campo social, com ascensão das minorias, robustecimento do salário mínimo, alargamento da classe C, nova classe social que se expandiu com empobrecimento dos seus membros, portanto, todos sendo nivelados por baixo, evidentemente, e com prejuízos para os que ali já se encontravam, desalojados da confortável posição conseguida aos longos dos anos, com sacrifício e luta.

Quanto aos custos que a Nação teve que pagar por esse projeto necessário, porém, implantado de forma absolutamente estapafúrdia, sem um estudo preliminar e as suas consequências para o futuro do país, se tínhamos condições de fornecer recursos fazendo desse projeto algo sustentável, se outras áreas seriam afetadas, e o que de fato ele poderia ser de positivo no sentido de tirar, verdadeiramente, o homem à margem da sociedade e coloca-lo dentro do mercado, sobrevivendo com seus esforços, agora treinado e valorizado pela sua sociedade e seus familiares, respeitado pela oportunidade oferecida e o futuro se oferecendo de forma diferente com novos horizontes se deslumbrando, como que um novo mundo colorido se desfraldando para os seus sonhos. Esses fatos certamente não seriam apresentados, menos ainda comentados.

No outro texto, com viés a direita, não tenho dúvidas que os préstimos do ex-presidente Lula seriam questionados de forma crítica e segregados, quando seriam levantadas as dúvidas desarrazoando de conceituação difusa todos os predicados e seus benefícios ao país. Não podemos antecipar o futuro, mas, pelo andar da carruagem, os escândalos que povoam o imaginário popular e as pautas do Judiciário nacional nos dão a certeza que muita coisa negativa virá pela frente; tudo isso faria parte da obra desenvolvida na vida do ex-presidente. Todos os contornos de cumplicidade com seus companheiros petistas seriam hilariantemente apresentados nos mínimos detalhes para que não fosse insurgida nenhuma tese ou conceituação.

Certamente não estaremos nesse futuro imaginado, mas, deixaremos escritos para que possam ser aproveitados e que sirvam para dirimir dúvidas das duas correntes, e que possa, nesse tempo, daqui a muito tempo, espero, que alguém com responsabilidade e com pragmatismo, possa levantar os dados verdadeiramente concisos e relate o que efetivamente passamos no início do século XXl.


Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
www.genival_dantas@hotmail.com


 

Da crise a decadência, o caminho da incompetência

 

A crise que ocorre em nosso país não é recente, simplesmente ela foi ignorada, disfarçada e relevada por quem devia ter olhado de perto com o cuidado e acuidade de quem respeita o patrimônio público, com verdadeiro espírito republicano. Infelizmente a democracia tem suas falhas, principalmente quando no meio das comunidades que fazem parte da política estão figuras nem sempre impolutas, mas, verdadeiros lacaios, sanguessugas a serviço dos desmandos e depauperação do erário público. 

Os últimos 04 anos refluíram 20 anos por conta da insensibilidade administrativa e do excesso de orgulho pela falta de humildade em reconhecer erros menores, chegando aos grandes erros de gestão cuja reparação será feita em pelo menos mais 20 anos de atraso no nosso país, com a recuperação das políticas industriais e o reerguimento do parque industrial notoriamente sucateada pelo descaso governamental. Os recursos mal empregados na saúde não trarão de volta nossos mortos, vítimas da calamitosa situação reinante nesse setor, por conta e risco da inoperância e desvio de foco dos profissionais da área. O medo e os traumas será a marca indelével que ficarão no corpo e na alma dos cidadãos que vivem nas médias e grandes cidades convivendo com os crimes diários contra os trabalhadores e estudantes, que sufocados, buscam locais menores para levar seus familiares tentando de um pouco de paz e possibilidade de sobrevir a esses tempos de perversa promiscuidade social. Enquanto isso, sofremos com a falta de tato e primazia com o setor educacional que gasta em excesso, mas gasta mal, fazendo com que esse seja um setor que não evolui, estamos sempre no entorno dos países colocados nas últimas posições de destaque mundial.

Na proporção que o tempo passa a situação se agrava e se converte em papel carbono de outras épocas de desmandos não tão congruentes como agora, mas, que nos deixa transtornados por sabermos que os tempos vindos são de maiores dificuldades, por experiências passadas. Os números não mentem e eles nos apontam um caminho em direção ao túnel do tempo perdido, ao vale dos condenados, não por pecados cometidos, porém, por atos e gestos de contemporâneos que nunca deviam ter participado de uma gestão pública tão deplorável e deveras humilhante para o país, não só pelo processo em si de decadência social e moral, mas, pelas peculiaridades manifestas nas ações dos nefastos administradores do nosso país no decorrer dos últimos 13 anos.

Claro que nem tudo está perdido nesse período de turbulência administrativa, salvou-se o social, entretanto, seus ganhos podem ser anulados se ações urgentes não forem manifestadas na correção de práticas que possam trazer o país de volta aos trilhos do ponderável, eliminando os fantasmas, da inflação e dos juros estratosféricos, que nos assolam e nos deprimem, num retrocesso com perdas incalculáveis para os brasileiros que jamais poderiam imaginar numa nova realidade trágica, cujo quadro negro fez parte dos nossos dias de penitências e sofreguidão no período pré-redemocratização, quando éramos tragados pelo nefasto descontrole da economia nacional, cujas lembranças das sensações desconfortantes nos remeteram aos tempos das tragédias brasileiras, cuja repetição está a poucos passos, já vejo a luz difusa se aproximando com muita velocidade e intensidade.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva insiste em colaborar com o recrudescimento da crise, na sua última fala aos seus liderados, em reunião do PT, foi taxativo ao afirmar a dissonância entre o discurso e a prática do seu partido no transcurso das últimas eleições e o comportamento da presidente Dilma, no exercício das suas funções, se transformando num verdadeiro contraditório, entre a teoria e a prática. Um fato que vem elucidar alguma dúvida que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pudesse ter na acusação da oposição contra a campanha eleitoral de 2014, na prática de estelionato eleitoral.

As palavras do ex-presidente não deixam claro se ele quer se eximir de responsabilidades da prática de seus correligionários petistas, como uma peça de marketing de apologia a sua lisura e honestidade na condução das suas tratativas, ou, se, efetivamente, ele discorda de tudo que está aí em jogo, piorando o quadro e se apresentando como o salvador da pátria para uma nova eleição, se ela for suscitada por decisão judicial, com anulação da anterior, ou mesmo para 2018 quando ele, Lula, já é o único pressuposto candidato ao cargo de presidente da República, por livre e espontânea pressão dele mesmo junto ao seu partido PT.

O que observamos é uma total ausência de ações que possam melhor a situação brasileira, pelo contrário, tudo tem corroborado com o aumento da crise nacional, os números anunciados nos últimos dias comprovam os ditames da derrocada. Os Índices de Preços ao consumidor Amplo (IPCA), de outubro, impactaram mais ainda a inflação oficial, passando de 0,54% em setembro para 0,82% em outubro, num registro de maior alta desde 2002.  Temos uma inflação acumulada de janeiro/outubro de 8,52%, e dentro do período de 12 meses de 9,93%, portanto, o prenúncio de uma inflação de dois dígitos para 2015 está se confirmando, pois, ainda temos 02 meses para fecharmos o ano.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta/www.genivaldantas.com 


 

O sonho do idílio não pode morrer


O planeta terra passa por uma metamorfose das mais significantes e num curto espaço de tempo. Não tenho dúvidas que não somos apenas partícipes desse processo, mas, contextualizados em toda sua plenitude. Fazemos parte de um momento da história universal quando as transformações mudam conceitos, formas de vidas e maneiras de pensar dos homens que sempre buscaram respostas positivas nos mistérios que a vida nos envolve.

Depois de milênios ainda buscamos a terra prometida, a historia nos narra os feitos de Moisés e seu povo em busca de um novo mundo que lhe desse paz e prosperidade, com liberdade. No século passado (XX), a primeira e a segunda guerra mundial fez dos Europeus um povo andarilho, por outros continentes, em busca de oportunidades, para muitos, feitos negados em solo natal. Nos nossos dias temos visto pela mídia eletrônica e acompanhado pelos noticiários a odisseia de nativos africanos, no sentido inverso dos europeus daqueles tempos, buscando uma chance de sobrevivência, no velho continente europeu.

A história se repete sempre de forma diferente, mas seguindo príncipios básicos, manutenção da vida e da sobrevivência com dignidade. Mesmo por terras alheias, de costumes nunca antes vividos, tendo que se comunicar por idiomas de difícil interpretação, falando apenas a linguagem que os corações entendem que é a linguagem do amor e da fraternidade. Essa migração internacional é acompanhada por uma grande parcela de humanismo e solidariedade, práticas dos povos de bons costumes, independentemente da formação educacional, prevalecendo sempre a formação moral e cívica.

Sempre nos prontificamos na ajuda humanitária, um exemplo típico foi o pós grandes guerras, anos 1910 e 1940, quando aqui aportaram e trouxeram suas luzes, ao nosso país, oriundos do Oriente e da Europa, com grande participação no desenvolvimento do país, notadamente o Estado de São Paulo e o Sul do Brasil, tendo Santa Catarina um dos Estados brasileiros que mais recebeu contribuição cultural, transformando esse Estado num cantinho europeu, tanto é a identificação dos hábitos e costumes trazidos pelos migrantes que se fixaram em nossas terras, o que damos graças a Deus.

O Brasil continua dado sua parcela de colaboração nesse momento de muita dificuldade e desespero quando leva de famílias que chegam em nosso território, muitas vezes na ilegalidade, tendo que contar com o apoio dos nativos de nossa terra para buscar a legalização e conseguir trabalho, num mercado trabalhista deficitário, numa profunda crise econômica, degradável quadro ético por uma fatia limitada dos políticos que comandam os destinos do nosso país.

Entrando nessa seara, lamentamos profundamento que o Brasil não possa colaborar mais substancialmente com nossos irmãos de desdita, pois, como brasileiros, somos eternos andarilhos em busca de horizontes por continentes diferentes, nos aventuramos quando a situação fica difícil, mesmo com ausência de guerra declarada, temos esse espírito aventureiro. A migração interna ela é rotineira em nossa raça, sou produto desse sentimento, do desejo da busca, da procura de oportunidades, mesmo tendo de embrenhar por terras virgens ou pouca exploradas, mas que tenha um horizonte prometedor.

Que não matemos, pois, a esperança no peito do homem, qualquer que seja sua origem, raça, credo ou condição social, sejamos fraternos, assim como o mundo em algum momento da vida nos aceitou com fraternidade, nos proporcionando oportunidades e apontando caminhos que percorremos com acertos ou não, mas, alguém apontou um caminho, fomos felizes em segui-lo, nesse gesto não há uma determinação da nossa porção inteligente, há sim toda uma atmosfera contida de energia positiva vinda do desconhecido mundo que se abria em nossa frente e nos proporcionava a possibilidade de uma amanhã diferenciado e que pudéssemos no futuro retribuir com o mesmo gesto aos que deles viesse a depender.

Que bom que percebemos que somos todos iguais, dependentes ou não, estamos todos fadados a ajuda da mão estendida e do coração solidário dos nossos pares, nesse caso, se você ainda está sem entender a variante que se apresenta em sua frente, pare, pense e siga o que lhe compraz.


Genival Torres Dantas                                                                                                                                 Escritor e Poeta                                                                                                                     www.genivaldantas.com


 

Na ausência da axiologia confunde-se “Res Pública” com “Res Privata”

 

No atual governo apócrifo, os transgressores tentam de forma até estapafúrdia se manterem no poder, principalmente os políbios que se dizem acossados e se refugiam nas casamatas, cercados pelos seus sectários com objetivo único de amealhar simpatizantes na tentativa de fugir das regras impostas constitucionalmente e usadas politicamente por adversários na tentativa de afastamento de ocupantes dos cargos de relevância e relevantes.

Refiro-me principalmente ao presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, que, sob a égide do cargo em que está revestido, procura manter-se nele mesmo tendo contra si acusações sérias de malversação no cargo, tirando proveito em benefício próprio. Essa situação torna-o impossibilitado de continuar nessa função, mesmo ainda que continue como deputado federal, até que seja denunciado pelo conselho de ética, daquela casa, e tenha seu mandato cassado.

É uma situação no mínimo estranha, trata-se de um cargo da República, de suma importância, o terceiro homem na hierarquia no sistema democrático, regime presidencialista com a adoção bicameral, incorporada pela República Federativa do Brasil. Isso posto, a grande dificuldade do afastamento do atual presidente da Câmara Federal, é o momento de extrema delicadeza que se encontra o país, com a crise econômica, sendo asfixiada pela crise política, moral e ética que estamos sendo submetidos e vivendo um verdadeiro drama republicana.

Enquanto o governo federal é acusado de inépcia e inércia, coisa rara em um só governo, e, ao mesmo tempo, vários processos de impeachment contra a presidente em exercício, a Casa Legislativa que trata do assunto, Câmara Federal, continua sendo presidida por um presidente, ainda, com todas as condições jurídicas, entretanto, não tem a menor condição ética e moral para presidir um assunto dessa importância e na atual conjuntura.

O deputado Eduardo Cunha continua presidindo a Câmara Federal, sem apoio da situação e oposição, esse último procura se manter ausente dos acontecimentos que circundam o deputado Cunha para não ter comprometimento com o assunto, uma questão de posicionamento político, pois, o deputado Cunha, é, hoje, um político quase morto, mas, não encontra-se morto, quem o conhece sabe que enquanto ele respirar como político, oferece perigo ao governo e oposição, pela sua extrema habilidade como político e seu conhecimento das normas daquela Casa de Lei.

Na outra ponta, o relator do orçamento de 2016, mesmo sendo governista, do PT, tenta mergulhar o governo em águas mais profundas e escuras, quando tenta cortar R$10 bilhões do Programa Bolsa Família, ajustando-o aos recursos disponíveis para aquele exercício, com a justificativa de torna-lo equilibrado, evitando dessa forma, novas e insustentáveis pedaladas fiscais, tão criticadas nos últimos tempos, ao ponto de novo pedido de impeachment para a Presidente Dilma Rousseff, agora justificado nas pedaladas no primeiro ano, em exercício, do novo mandato da Presidente.

Enquanto essa pendenga continua, a Presidente da República sente-se desconfortável no cargo, por mais tranquilidade que ela tente demonstrar e transparecer, é uma situação incômoda, sua gestão foi fortemente atingida pela ineficiência e ineficácia, com o agravante do grau de corrupção por parte de elementos que estiveram no seu governo, e por essas práticas indecorosas, enquanto estiveram em cargo importantes no decorrer do seu primeiro governo, se transformaram em presidiários como réus confesso, assumindo até, alguns casos, a figura de delatores e suas impressionantes delações premiadas, tão importantes para a consagração do trabalho, habilmente executado, pela Polícia, Justiça e Ministério Público Federal.

A situação parte do pressuposto imponderável, não bastasse os problemas internos, que são tantos, políticos, éticos, econômicos e governabilidade, surge uma situação nova que é desconfortante para todos nós brasileiros, não de governabilidade, mas de respeito ao nosso país e nossas joias da República.

A Venezuela, país de práticas bolivarianas, de tantos favores e deferências recebidos por parte do governo brasileiro, nos últimos 13 anos, desabona e veta o nome do ex-senador e ex-ministro da Justiça e membro do STF (Supremo Tribunal Federal), o gaúcho Nelson Jobim. Reconhecidamente, um dos mais extraordinários juristas e Democratas do nosso país, com uma longa folha de serviços prestados a Nação. Foi desautorizado pela aquela Nação a ser o nosso observador nas próximas eleições que terá a Venezuela.

Uma verdadeira afronta que o Brasil não pode permitir, a Presidência da República terá que pedir explicações as autoridades daquele país e não substituir o escolhido para aquela missão, no caso, Nelson Jobim, e ficar fora dessa tarefa como gesto de repúdio.

 

 Genival Torres Dantas                                                                                    Escritor e Poeta                                                                                            genival_dantas@hotmail.com 


 

 

 

Da crise ao esfacelamento um passo de gigante depauperado

Como eu gostaria de efusivamente escrever sobre bons resultados que o Brasil obtém no seu desenvolvimento industrial e cultural, e as crescentes medidas ao atendimento modelar que tem sido feito pela saúde pública brasileira, como também, das medidas corretivas e auxiliares na exemplar mobilidade urbana, tão bem tratada pelo governo e invejada pelas grandes potências mundiais; como ainda, a tranquilidade que reina mormente nas grandes concentrações urbanas em todo território nacional, em decorrência de políticas assertivas advindas da administração da segurança nacional e absorvidas pelas secretarias estaduais de segurança pública.

Esse sonho descrito acima não passa de um desejo que não é individual, é uma aspiração coletiva que acalenta o imaginário nacional. Estamos todos carentes de um novo norte que venha ao encontro da paz tão esperada e vista tão distante do olhar preocupado do homem e da mulher que olha o horizonte sem enxergar nem um sol de liberdade que possa surgir vinda atrás dos montes ou do além mar.

Em compensação, temos seguido o caminho ouvindo dos arautos da republiqueta imaginária, contidas nas mentes poluídas dos desnorteados, como numa música cantada pelos subservientes como quem querendo embalar os ideais nada republicano por parte dos que se acham no direito de tudo fazer em nome de um projeto ideológico e partidário, sem nem mesmo respeitar a Constituição Federal, aquela que preconizam a lealdade aos destinos e as metas dos homens e mulheres que fomentam a Democracia como um marco de respeito à Pátria Mãe.

Tudo que se tem feito em nosso país, principalmente na área política, nos últimos tempos, é tratar do Impeachment, ou não, da presidente Dilma Rousseff, e do decoro parlamentar do presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha. Uma situação “sui generis”, há os que querem a permanência do deputado no comando da casa legislativa, para tanto, não concordam com seu afastamento por acharem que ele representa um caminho ao esperado impeachment desejado pela oposição, se constituindo nesse ato, uma forma de chegarem ao poder antes de 2018, ano das novas eleições.

O que nos deixa pávidos é a total ausência de um projeto de governabilidade, por parte da oposição, que venha alimentar um pouco de esperança naqueles que já acreditam na continuidade, com sucesso, do atual governos e seus séquitos, que levam o país à beira de um abismo nunca visto antes, o pior é que o insucesso do governo decorre por absoluta falta de gestão ou iniciativa que venha mudar os rumos que o nosso destino tomou nas mãos do atual grupo governista.

Essa dicotomia observada entre oposição e situação, vem do naco do próprio momento que não nos oferece uma terceira via, que seja razoável ou que expresse um sentimento com responsabilidade patriótica, trazendo a esperança de ver nosso país reconstituído, voltando a ter uma produção, efetivamente, positiva. Vislumbrar um atendimento médico com dignidade aos que precisam dos recursos públicos; uma educação competente aos que buscam um futuro melhor, para isso, é preciso que o presente seja revestido de um padrão de melhor qualidade do que temos hoje, infelizmente decaindo a cada ano que se passa, segundo as estatísticas apresentadas.

Esse é um contexto de um país que foi um gigante adormecido, hoje não passa de um corpo dopado pelos seus incautos e malévolos, sangrado em seus recursos pela malversação dos dilapidadores do erário público e perdulários do alheio. Mesmo assim, nada fazem para justificarem uma nova chance para apresentarem suas desculpas, pelo menos aos que, ludibriados, os elegeram, e esses mequetrefes, transformaram nosso país, aos olhos do mundo, na masmorra dos incompetentes e insaciados dos desejos do poder.

Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genival_dantas@Hotmail.com 

 

 


 

Imponderável é não aprender com os erros cometidos

 

Com as derrotas no STF (Supremo Tribunal Federal), TSE (Tribunal Superior Eleitoral), CGU (Controladoria Geral da União) e o Congresso Nacional, imaginei que o Governo Federal tinha definitivamente chegado ao fundo do poço, ledo engano. Agora o MPF (Ministério Público Federal) anuncia rascunhos de pedaladas fiscais relativo ao em exercício em curso, 2015, cujos detalhes estão sendo levantados, alguns bilhões de Reais usados pelo governo junto aos bancos públicos, nesse caso, é a recorrência que leva seus autores à improbidade administrativa.

 

Usarei o eufemismo, caso impensado, para não ser descortês com a autoridade maior de nossa Nação, partindo do pressuposto que tudo que é autorizado pelo Palácio Central, em termos de recursos da União, tem que haver sua rubrica ou de um seu representante legal, legitimando as ações governamentais. Esse é apenas mais um fato que volta a por a atual administração no olho do furacão que insiste em permanecer no entorno do planalto central.

 

O Jornal O Estado de São Paulo, no último domingo (11), trouxe algumas matérias de especialistas e editoriais, fazendo uma verdadeira análise, fiel ao momento dramático que vivemos, sem aplacar nenhuma instituição, nem foi indulgente para com qualquer autoridade no exercício dos seus cargos. Não é de hoje que temos consciência que a situação só se agrava, uma verdadeira instabilidade foi instalada, tanto no campo político como econômico, travando qualquer ação que possa vir em socorro aos gravames da economia nacional desprovida de qualquer gesto ou ação governamental que possa ser peremptório a sangria que há no orçamento tão comprometido, e comprometedor para o fechamento do atual exercício fiscal.

 

A bancarrota é inconteste, aquilo que parecia a salvação da educação, com seus royalties, se transformou numa incógnita, continuamos apostando no famigerado Pré-sal, prospecção de combustíveis fósseis em águas profundas, como matriz energética, óleo e gás, enquanto outras potências mundiais já estão avançadas e redirecionando seus recursos financeiros em alternativas mais viáveis e atualizadas, com previsões para o futuro como um uso de combustíveis mais limpos e renováveis, como o biodiesel, álcool, elétrico, eólica, solar, ou híbrida. Sabemos da utilização dos combustíveis fósseis, além de não serem renováveis, têm uma série de inconveniências apontadas pelos defensores da natureza e sua sustentabilidade que desaconselha investimentos maiores nesse setor, por absoluta falta de retorno, conforme projeções, para um futuro bem próximo. Seria de bom alvitre direcionar o potencial da Petrobras no desenvolvimento de projetos em busca de alternativas para os tradicionais produtos fósseis numa gradual substituição na proporção que a obtenção do óleo e gás fiquem escassos, produtos finitos, e não venhamos a ter dificuldades para o futuro.

 

A produção industrial continua capenga, com o custo financeiro e desemprego em alta, o mercado ficou vendedor, principalmente a indústria automobilística e a linha branca, juntamente com a eletrônica, com a ausência de financiamento mais factível aos que ainda se arriscam a comprar alguma coisa, nesse momento de incertezas, ficamos realmente sitiados. Mais um complicador se encontra no horizonte. Dia 05, última segunda-feira, 40% do PIB mundial, fecharam o acordo, A Parceria Transpacífico (TPP), juntando duas potencias mundiais, EUA e Japão, além de mais 10 países, Ásia, Oceania e Américas, das Américas, além do EUA, México, Chile e Peru foram contemplados. Em contrapartida ficamos aliados, presos e subservientes ao Mercosul, um ridículo acordo que não nos favorecerá nada em termos de potencial de mercado, estamos atrelados a países como Argentina e Colômbia, sobejamente conhecidos como países perigosos para seus fornecedores, estando sem divisas para honrarem seus compromissos internacionais. Portanto, mais problemas pela frente.

 

O Brasil tem solução, claro que tem, não basta rezar, a salvação brasileira passa, necessariamente, por uma nova matriz política e ética. É tempo de reformular, traçar novos planos, trazer para dentro do contexto sangue novo, voltado para uma missão de renovação com interação e espírito de brasilidade, desnudado de cunho partidário, ou filosofia partidária, essa prática foi nociva para a Nação brasileira, devemos esquecê-la prioritariamente. Qual o caminho, temos que enxerga-lo, não adiante dizer que se correr o bicho pega e se ficar o bicho come, temos a terceira via, ou opção, se abraçar a causa o bicho foge. Mas, terá que ser uma ação coletiva, todos por uma única causa nobre, a Pátria.

 

Se a Presidente Dilma Rousseff vai renunciar ou será cassada, não estou discutindo o mérito da sua saída, mas, ela não conseguirá unir o país daqui para frente, não há credibilidade nem nela e nem na sua base aliada, pelas práticas condenáveis que recrudescem a todo o momento. A classe política não é constituída apenas de elementos ímprobos, há os que resistem aos descalabros, e esses poderiam ajudar na reestruturação do país, enterrar, definitivamente, as velhas práticas das antigas oligarquias, reconstruir a república para os republicanos, com novo pacto federativo, onde todos os federados fossem de fato e de direito, iguais e soberanos. Nem pequenos nem grandes, fortes, no seu conjunto e nos seus propósitos, com Estados mais independentes e prefeituras tratando seus munícipes com a dignidade que eles merecem e precisam ser tratados.

 

 

Genival Torres Dantas

Poeta e Escritor

dantasgenival@hotmail.com

 


 

 

Um dia para ser esquecido pelo governo

 

Para os simpatizantes do governo Dilma, ontem (07), foi um dia para não ser lembrado, mormente se a sequência das ocorrências tiverem desfechos negativos daqui para frente. Três fatos devem ser ressaltados que deixam claro o momento de tormenta que passa o governo Dilma Rousseff, apenas para ilustrar a afirmativa, há um dito popular que diz: quem planta vento colhe tempestade.

 

O Congresso Nacional, pela segunda vez na semana, por mais esforço feito pelos líderes que verdadeiramente apoiam o governo, não deu o necessário quórum para votação dos vetos pendentes na pauta e de profundo interesse do Palácio, com medidas impositivas, dos próprios congressistas, elevando o déficit primário, aumentando dessa forma a calamitosa situação governista. Pendente, ainda, o reajuste dos técnicos do Judiciário, elevando-se mais o desconforto governamental, além de outras medidas embaraçosas para o orçamento do próximo ano (2016), já havendo previsões de especialistas, de crescimento negativo, com inflação que recrudesce na proporção que o tempo passa e não há melhoras nas contas públicas.

 

O STF (Supremo Tribunal Federal representado pelo Ministro Luiz Fux) negou o pedido do AGU (Advogacia Geral da União, Luís Inácio Lucena Adams), para afastamento do conselheiro do TCU (Tribunal de Contas da União e relator das contas de 2014, do Governo Federal, Augusto Nardes), a reação do TCU foi totalmente desfavorável ao governo, pois, por unanimidade a tribunal rejeitou as contas em questão e deu parecer para decisão final no Congresso Nacional.

Foi uma sequência deixando os governistas atordoados e procurando chão para pisar. Não foi, apesar de tudo, nenhuma novidade para grande parte dos brasileiros que acompanham o desenrolar dos fatos e a forma bolivariana como é conduzida a nossa nação, em palavras objetivas e diretas, é uma governança, sem um projeto delineado, sem um tratamento aos setores que necessitam de uma atenção com forte cunho de cuidados especiais, tais quais pacientes ocupantes de UTI; entretanto, esses pacientes são observados apenas em corredores de hospitais sem a mínima condição a acuidade de profissionais competentes e especialistas nas suas doenças que evoluem para a morte. Esse é o Brasil atual, num quadro comparativo e numa análise objetiva.

 

Essa situação não é novidade para ninguém, as crises avançam e se transformam na proporção que a indiferença seja colocada em prática em resposta aos efeitos colaterais. Primeiro tivemos a crise moral e ética, se transformando, na sequência, numa crise econômica, as duas juntas trouxeram a ingovernabilidade ao nosso país. Temos visto o Governo Federal em apuros com seus disparates, suas ações na politica de compartilhamento de governança, sem, entretanto, acertar com os anseios da sua base, levando, dessa forma, que grande parte dos seus membros, insatisfeitos com a partilha de cargos e privilégios outros, não siga os ensinamentos da cartilha delineada e apresentada para o devido cumprimento e obediência dos seus membros.

 

Infelizmente o resultado foi triste e melancólico, um congresso sem o devido quórum para realização dos seus trabalhos regimentais, uma pauta trancada apenas por desejos pessoais e interesses partidários, ficando o país sempre relegado em segundo plano, uma excrescência, uma anomalia inaceitável, um abscesso de difícil diagnóstico, mas, o resultado final, se não for cuidado a tempo, nós já sabemos. O que nos alivia é saber que as nossas Instituições Jurídicas estão trabalhando dentro da normalidade que a Democracia exige, pelo menos isso, e não podia ser diferente, para tanto, tivemos que lutar muito e por muito tempo para conseguirmos a redemocratização no nosso país.

 

Genival Torres Dantas​

Escritor e Poeta

www.genivaldantas.com


 

Uma reforma que não altera a crise nacional

No meu último artigo falei a respeito dos números que continuavam sinalizando o quadro crítico tanto político como moral e econômico, do governo central, em direção a bancarrota e levando por arrasto a economia privada. Com a tão esperada reforma ministerial, e secretarias com status de ministérios, o anunciado não passa de um rearranjo mal formulado, imprudente e insólito para o momento de aflição e desconfiança do brasileiro de inteligência mediana.

O PMDB, partido que mais exigia mudanças já tinha seis ministérios sob seu comando e foi contemplado com mais um, totalizando sete ministérios de relevante peso no organograma ministerial, com recursos de R$98,7 bi; o PT, partido da própria presidente, teve que se contentar com nove ministérios com recursos orçados em R$75,5 bi, valores correspondentes ao orçamento para o próximo ano (2016), portanto, muito embora tenha sob sua administração uma quantidade maior de ministérios, tem uma receita menor.

O restante da administração do governo federal foi rateada entre os demais partidos da base aliada escalados para aprovarem com seus congressistas todo plano de apoio aos desafios que virão com a nova política econômica adotada pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, e os pedidos de cassação da Presidente Dilma Rousseff, cujos processos de impeachment encontram-se na Câmara Federal.

Esse novo modelo de compartilhamento vem no momento em que o governo apresenta um quadro esquálido, pela inépcia governamental e suas ações incipientes e o próprio comportamento abantesma da composição anterior. É bom lembrar que da forma que foi avençado o quadro gerencia de primeira linha, ficou claro a divisão de poderes para os apadrinhados do Planalto, em três fatias bem divididas; o ex-presidente Lula, Luiz Inácio da Silva, o vice-presidente da República, Michel Temer, e o Congresso Nacional, ficando para a presidente em exercício o dever de cumprir o papel de mandatária, assinando por direito tudo que for acordado pelos seus nomeados, aliás, nomeados pelo comando do rateio e despachar de conformidade como manda a etiqueta. É uma pena, mas, teremos daqui para frente uma presidente que preside mas não manda, pelo que já estudei da velha e nova República um fato novo, nunca visto antes em nosso país, uma verdadeira renuncia branca.

A voragem daninha dos sibaritas do conluio da Lava Jato e outras malignidades que povoam a pátria desprotegida dos séquitos fez um governo insepulto, em operações de mãos sujas detonando todo o moral e o prestigio internacional que tínhamos até então. Não podemos dizer que o atual governo, precedido pelo do ex-presidente Lula, não tenha havido progresso, ou legado positivo, em alguns setores, principalmente na área social; infelizmente os danos causados no todo soterraram os feitos do inicio da administração sonhática, com a absoluta falta de controles, ou mesmo instrumentos de avaliações, sem as medições necessárias e locações de mão de obra técnica para ajudar no ordenamento das ações que pudesse arrefecer as atitudes dos ímprobos saqueadores do erário público.

Os governos do PT não tinham nenhum projeto de governo tudo estava baseado num projeto de poder, dessa forma, o resultado não podia ser diferente, como foi afirmado pela militância petista, na última eleição, eles seriam capazes de fazer até o diabo para manter o governo, realmente isso foi feito, materializado na mentiras de campanha da Presidente Dilma.

A presidente perda uma grande oportunidade de mostrar um pouco de equilíbrio e gestão, impondo algumas condições nessa nova reforma, mantendo, como exemplo, um técnico no comando da educação, em substituição ao professor Renato Janine Ribeiro, que pudesse dar a mesma respeitabilidade ao demitido, e agregasse valor para reabilitação de um setor definhado. Em outra pasta, alguém que não fosse um confronto direto com os militares e áreas sensíveis, Aldo Rebelo (PC do B), não é a pessoa mais indicada nesse momento de estremecimentos para assumir o Ministério da Defesa; enquanto a área da saúde precisava de alguém com experiência maior e com transito nos vários setores do seu entorno, Marcelo Castro não é bem o que se esperava para esse setor entubado na UTI.

Quando se faz uma reforma puramente política tentando sustentação e apoio para salvar um governo, o resultado é realmente desastroso, nada mais modelar como o que foi feito de tão próximo da acuidade danosa. Tentar fazer diferente repetindo erros do passado é no mínimo grotesco e estapafúrdio, essa prática não nos levará a nada, tudo vai continuar como antes, o mais perigoso é que a crise continue se aprofundando, pois, muitos foram os desagradados, ficando de fora da divisão do bolo alheio, o dinheiro público não representa favorecimentos de poucos, mas a utilização de recursos em benefício de todos, nesse ritmo de prevaricação por tantos barnabés o final do atual governo não será nada brilhante, pelo contrário, será no mínimo doloso.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

www.genivaldantas.com  


 

Os números como testemunhas da piora na condução da economia

 

O resultado primário (receitas menos despesas, exclusive juros), nos sete primeiros meses desse ano, apresentou um número que pouco gente observa, fato não ignorado pelos observadores técnicos da área econômica e traduz uma realidade distorcida no que se refere a política de combate a crise. Tivemos um déficit de R$7,6 bilhões e R$240.4 bilhões de juros, portanto, os juros foram responsáveis por 96,9%, do rombo contra 3,1% negativos no resultado primário.

Vários fatores tem contribuído para esses números desconfortáveis e apavorantes que norteiam o raciocínio e a lógica dos brasileiros que não entendem muito da macro economia, mas entendem do dilema de ver seus negócios prejudicados em função dos erros de gestão por parte da equipe econômica do governo. O número absurdamente alto dos juros já pagos, de janeiro até julho desse ano, decorrem em função da alta taxa da Selic, imposta pelo Banco Central, na tentativa de segurar o consumo. Essa política seria válida se efetivamente o mercado fosse consumidor, mas, não o é, estamos passando por uma fase de recessão, até mesmo de estagnação, a partir do momento em que temos inflação alta com produção baixa.

O Brasil continua errando na condução da economia desde o momento que tentou estimular a política do maior consumo, acreditando que essa forma traria maior produção, e assim criava-se a esteira de alimentação entre elas. Isso é correto quando não há inflação e a produção é crescente, com o mercado de trabalho em alta, o que não é o nosso caso, estamos com o nível de desemprego assustando a quem encontra-se ainda trabalhando e na iminência de a qualquer momento fazer parte das estatísticas negativas no setor empregatício.

Outra situação que é temerosa é a tragédia do rombo no caixa da Previdência Social, em março último tivemos um déficit de 2% de equivalência ao PIB, se continuarmos nesse ritmo de patamar do crescimento da economia, arrecadação, inflação e reajuste do salário mínimo, aquilo que era previsto para 2030, irá antecipar para 2016. Esse caso é de providências urgentes e emergentes para que amanhã os já aposentados não corram os risco de ter seus salários achatados e até mesmo sem serem pagos, boa aposentadoria é aquela que você recebe com pontualidade e sem receios que lhe falte, mesmo que seja muito pouco para quem recebe, tamanho é o problema que é análogo a uma guerra social, confronto que nunca tivemos e não desejamos em tê-lo.

A crise não se encerra apenas na economia, estamos pasmos em acompanhar o desajuste de harmonia entre a Câmara Federal e o Senado, seus dois presidentes não se entendem, Deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), e o Senador Renan Calheiros (PMDB/AL), respectivamente, procuram usar suas posições para impor ideias pessoais em prática e posições políticas. Dessa forma foi criado um impasse sem precedente, Eduardo Cunha quer a inclusão na pauta de votação, ainda na data de hoje (30), da reforma política, ou eleitoral de tão pífia, juntamente com os vetos presidenciais.

Os vetos mais importantes para a economia são os de números 26, Reajuste dos funcionários do Judiciário, e o 29, paridade de reajuste para todos os Aposentados; eles representam um custo adicional de R$ 36,5 bilhões para o próximo ano, é tudo que o governo não quer e não pode assumir. A reforma política mantém o financiamento de campanha de pessoa jurídica, desejo de Cunha e vetado pela presidência da República. O resultado desse imbróglio, foi o adiamento da pauta e a esperança que o governo tinha em ver esse assunto resolvido junto ao Congresso Nacional.

Essas perolas transformam o ambiente do Poder Legislativo num verdadeiro picadeiro de circo mambembe, com espetáculos estapafúrdios e mal dirigidos, com conotações de uma pobreza espiritual que extrapola toda e qualquer expectativa da plateia sôfrega e patética, um verdadeiro vendaval de incoerências e incongruências.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

Genival_dantas@hotmail.com

 

Um partido dividido entre ser ou não ser governo

 

Vários são os fatores que determinam a falta de crédito no governo central, entretanto o motivo que mais influência esse ponto de vista é exatamente a falta de unanimidade incondicional dos partidos da base aliada que fazem o alicerce de apoio a sua sustentação.

Enquanto o sistema surfava em águas propicias ao esporte da moda, principalmente nos países emergentes e de cultura voltada ao imediatismo, ao atingimento de metas sem levar em consideração os meios, interessando apenas o fim, deixando de lado qualquer resquício de probidade ou moral, queimando as gorduras acumuladas em tempos de muita rigidez e critérios embasados na integridade e na ética, tempo esse distante de tudo e de nós, principalmente nós os que lutaram por uma pátria em que os nossos filhos e netos pudessem se orgulhar dos seus antepassados, vaidosos de uma terra que definitivamente avançava em direção a um novo tempo de esperança, desenvolvimento sustentado, e um futuro certo para outras gerações futuras.

Tudo isso ocorria, tudo estava bem, um mar de rosas parecia ser uma constante na vida de todos, até que a verdadeira realidade aparece entre a nuvem de fumaça que sobrevoava sobre a terra prometida e jogava por sobre o solo toda uma tragédia humana localizada no lado de cá do equador, e no arresto descortinava-se a negra máscara da descompostura, os ventos traziam sinais de devastação e desalento para os próximos anos, era o despertar para um inferno zodiacal que passava a marcar nossos dias de intranquilidade.

De toda a estrutura que marchava junto com o sistema os partidos políticos eram os que mais usufruíam das benesses do poder e do jogo das conveniências, o anfitrião (PT), era o mais nutrido e vistoso, com pose de eterno mandatário, parecia até que tínhamos voltado ao sistema de capitanias hereditárias, do início da nossa exploração, pelos desbravadores, com entradas e bandeiras desfilando por entre a selva e a relva brasileira, na caça aos animais e homens nativos que aqui habitavam e viviam sossegadamente formando esse país de extensão continental. Para desespero desses nativos, os invasores foram ocupando os espaços que eram deles e passaram a pertencer aos seus conquistadores, nem que para esse intento a vida lhe custasse o preço da ousadia de defender seu lugar.

Séculos já se passaram, a sociedade hoje já não se limita as marginais dos rios que traziam o sustento e seguravam o homem ao seu entorno para sobrevivência das raças, constituídas em tribos que viviam em ocas, nas suas tabas. Fazemos parte de uma sociedade bem dividida, o que mais nos diferencia é exatamente o valor existente na sua conta bancária, você vale o que você tem em termos de reservas materiais e econômicas. Sua reserva moral é subjetiva, não é mais medida nem qualificada para que se possa ter uma posição no seu meio social. Antigamente, até tempos atrás, os ratos viviam sob os escombros dos esgotos das cidades, hoje eles passeiam por entre as grandes construções, sobre pisos de mármores, desfilando seus termos mais caros, com gravatas italianos, mostrando seu poder, mesmo que não carreguem nenhuma capacidade moral, se sustentando na hipocrisia dos regimes fraudulentos sob a égide dos furos da lei.

Temos muito a lamentar o que ostentamos em nossas lapelas, simbologias de descompostura e fisiologismos baratos e nefastos, tangenciamos o macarthismo, quando os cidadãos são patrulhados e caçados em nome de uma lei que expira nela mesma. É nessa atmosfera asfixiante que o país assiste a mais deprimente situação de um partido político que já o símbolo da resistência à ditadura brasileira (1964/1985), quando o bipartidarismo agrupava em um deles os mais relevantes democratas que já tivemos e lutaram pela nossa pátria.

Hoje, esse partido é o modelo mais desfigurado da ocupação de espaços na República Federativa do Brasil. PMDB, que um dia já foi o MDB, de tantas glórias, grande número de seus filiados procuram tirar proveito da fragilidade de um governo sem rumo, e exige uma fatia considerável dos seus ministérios que ficarão, depois da operação desmanche que se anuncia, para poder lhe dar respaldo político, por isso, apoio para que o impeachment da presidente Dilma não continue na Câmara Federal, cujo presidente é um dos membros mais influentes do partido, mesmo sendo um dos citados na Operação Lava Jato.

Esse é o meu Brasil dos descalabros, da patifaria que reina no seu núcleo e nas suas frestas, é o Brasil das maculadas mãos que vão soçobrar nesse mar de lama sobre a areia movediça que cobrem a verdade dos fatos que nos consternam tanto! Esse é o meu Brasil que amo tanto e não vejo nele nenhum órgão ou instituição que possa se levantar e tentar tirar das mãos impetuosas essa tragédia que se anuncia, cujos resultados sórdidos não temos como comensurar.

Genival Torres  Dantas 

Poeta e Escritor

genivaldantas.com                 


          

 

É impossível manter benefícios em crescimento com a economia em recessão

 

O governo sente que desbordou ao perceber a economia não se recuperar apesar do trabalho da área econômica e o esforço de alguns parlamentares que tentam ajudar na recondução da economia aos trilhos, mesmo sabendo da nítida ineficácia dos remédios aplicados com suas doses cavalares e de efeitos colaterais nocivos ao conjunto de vários setores, tanto do governo como do setor privado.

A política que antes era frutuosa hoje tornou-se calamitosa, de proporções incalculáveis, a formula apresentada não era tão danosa, mas a falta de tato na condução dessa prática fez com que os resultados fossem se encaminhando ao descalabro e o total descontrole e ineficácia nos resultados. O país que antes se encontrava em pleno crescimento, com taxas invejáveis até mesmo no velho Continente, a Europa, se transformaram em números pífios, desmotivadores e decepcionantes.

Acreditávamos que o futuro tinha chegado para essa nação tão crédula no seu potencial e esforço, mais uma vez fomos parados pela mão do tempo que nos pede mais tempo para chegarmos ao futuro que tanto ansiamos. Somos reconduzidos a posição de duas décadas passadas. Para voltarmos onde paramos de crescer vai ser preciso muito tempo e muita determinação, com a participação de uma gestão pública ausente da nefasta mentalidade perniciosa dos corruptos e corruptores que infestaram com suas presenças todo complexo econômico do país, estrategicamente colocados em posições de controles nas grandes empresas, mormente aquelas que trabalham com a área da infraestrutura, contratadas e contratantes, de forma que o cerco fechado ficou fácil para as ações devastadoras tornando o mercado das grandes construções, de melhoramentos para o país, numa verdadeira mina de recursos a serem explorados e desviados por aqueles que fizeram o trabalho suja da corrupção.

Novas medidas são tomadas, vetos são feitos pela presidente que tenta tornar menos penoso o caminho a ser percorrido até o início da estabilidade do país, o Congresso responde positivamente aos apelos dos condutores da nova política, foi feito um chamamento geral, incluindo-se aí até mesmo a oposição, que também deu sua parcela de contribuição pelo menos nos primeiros 26 vetos votados na noite de ontem (22), no Congresso Nacional. Não podia ser diferente, a hora de extrema anormalidade, o prejuízo já é enorme, novos ralos não podem ficar à disposição da gastança exagerada, pelo contrário, deve-se colocar vetores para eliminar desperdícios.

Os números não nos ajudam, já há uma projeção de uma inflação bem próxima aos 10% anualizada, o dólar dispara e acumula uma alta bem maior que os índices de países com suas economias devastadas bem antes que a nossa, ultrapassando o valor de R$4 reais; o desemprego cresce na proporção que o tempo passa e não há uma volta da credibilidade do governo pelos investidores e empresários do mercado produtivo. O desalento tomou conta da classe estudantil, que sem esperança do retorno das aulas nas principais Universidades Federais, ficam parados e incrédulos, enquanto professores continuam em greve e o governo fazendo ouvido moco como se o assunto não fosse da sua alçada.

Os que tem o plenipotenciário para, de alguma forma, ajudar na reestruturação do país, encontram-se parados, esperando por uma mudança que possa surgir na área administrativa do governo central, com eliminações de ministérios, remanejamento de pessoal, e até cortes de servidores, juridicamente passíveis de dispensas, numa ação paliativa, não definitiva, dando satisfação à sociedade, que espera um pouco mais de ação do governo. E o que temos assistido são verdadeiros massacres contra a população com o efeito de aumento da carga tributária e a recondução de impostos já sepultados e agora lembrados para fazerem parte de um conjunto de alternativas viáveis ao saneamento das dívidas e do infortúnio que nos acomete pelas mãos desditosas do atual governo.

O que mais lamentamos é que a área social é a que mais padece nesse momento, as políticas de apoio aos mais carentes foi sem dúvida administrada sem nenhum zelo ou cuidado, levando a gestão do governo Dilma a uma gastança exacerbada, uma verdadeira farra dos bilhões, e esse governo fantasioso, sem medir as consequências danosas dos seus atos, agora, por força da pressão externa, ao seu governo, se sente obrigado a frear a economia, realinhar seus projetos, parar ações do PAC, esperar a poeira da devastação assentar, contar que o povo tenha paciência e suporte os desafios que estão por vir, para que a própria presidente possa se manter no cargo, caso os seus atos não se tornem motivos de impeachment, se aceito pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o processo já corre na Câmara dos Deputados.

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genivaldantas.com 



 

A política tentando se equilibrar no resto de esperança

No meu último trabalho, “Há uma crise inconteste entre a Presidência, o Congresso e as ruas”, fiz uma reflexão sobre a reedição do CPMF, o famigerado imposto sobre operação financeira. Hoje quero falar a respeito do dirigismo existente na economia brasileira, principalmente no aspecto das suas práticas realizadas de forma incontestavelmente distorcido e mal dirigido, cujos resultados são questionáveis e até mesmo contestados até mesmo por seus apoiadores menos fanáticos.

As alocações de recursos em empresas tidas como as TOP do mercado teve um resultado devastador sobre toda a economia, foi feita uma seleção aleatoriamente, sem nenhum critério técnico, baseado no favorecimento de afilhados, em segmentos de mercado pontuais, e o retorno do aporte de Capital para essas empresas virou empréstimos duvidosos com recebimentos mais incertos ainda.

A celeuma criada sobre esse assunto foi desgastante para a área econômica do governo central, tornando-se até tema de discursos da oposição, sobre o tema, merecidamente, pela falta de zelo e cuidados com o erário público, pois, todo dinheiro utilizado pelo BNDES é de origem do tesouro que é sempre obrigado a repor volumes de numerário que saem do caixa do banco e não há o retorno esperado, essa exceção da regra, normalmente ocorre em situações anômalas como a que estamos falando.

Os vários erros de gestão cometidos pela administração federal trouxe uma desconfiança muito grande por parte do grande público brasileiro, são inúmeros os casos citados diariamente pela imprensa nacional, tornando a popularidade da presidente Dilma muito baixa, pior que isso, com um grau de desconfiança assustador, não que se desconfie da pessoa física da presidente, mas, sua gestão é de longe uma das mais claudicantes que tivemos, ou que temos, em toda história da velha e nova República. Esse fato tem resultado em situações embaraçosas para o comando do governo.

Há uma corrente entre políticos de oposição que trabalham com a possibilidade de impeachment, baseado nas famosas pedaladas fiscais, assunto que está sendo visto pelo TCU (Tribunal de Contas da União), além da forma não tão republicana, como a reeleição da presidente foi costurada, com falta da verdade absoluta sobre a situação econômica do país e sua gravidade, sendo desfraldada apenas depois do resultado das eleições, em novembro último, depois do assunto consumado. Esses fatos tornaram a sobrevida da presidente no cargo temerária, por diversos aspectos, tornando o PT (Partido dos Trabalhadores), seu endossante direto, pois é sua filiada, e ele, o partido, o principal bloco de apoio, componente da base aliada.

Não é hora de embate político, é o momento de alianças criteriosas, honestas e profícuas para darmos uma solução dos problemas criados pelo executivo, não de forma consciente, não acredito nessa possibilidade, mas de caráter irresponsável, por não ter criado mecanismos possíveis de detectar desvios de comportamentos e falta de ética de uma boa parte dos seus séquitos, desprovidos de qualquer moral e conduta dos bons costumes, se prevaleceram dos cargos e saquearam os cofres públicos em situações distintas e diferentes, mas com resultados idênticos, principalmente nos dois maiores casos de corrupção já levantado no mundo dos barnabés, que é o Mensalão e o Lava-Jato, de tão promíscuos viraram símbolo da devassidão.

Com o resultado do STF (Supremo Tribunal Federal), ontem (17), tornando inconstitucional o financiamento de campanha eleitoral, parte dos problemas relacionados aos futuros financiamentos estão resolvidos, entretanto eles não foram eliminados, sempre há brechas nas leis. O que temos que resolver é a pendenga que ficou com as falcatruas feitas até agora e sob a mira da Lei. Não desejamos que seja feito um julgamento precoce com a condenação sumária da presidente, não obstante, a falta de alguma condenação trará uma malefício enorme ao mundo político nacional, nesse caso, nem o céu nem o inferno, que seja feito a vontade da Lei, mas, que seja feito dentro da sua competência e critério, sem arroubos, sem ideologismos, que prevaleça o bom senso e a verdade absoluta.

A oposição não deve se sentir confortável para tomar qualquer medida condenatória, é bom lembrar, num passado recente, quando era poder, a atual oposição, leia-se PSDB, maior partido de oposição em atividade, cometeu também seus pecados, não na mesma proporção que o atual governo, mas de forma não muito Republicana, principalmente na reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, deixando ruídos na comunicação na compra de votos no Congresso Nacional, e na história reminiscências e dúvidas até hoje não esclarecidas.


Genival Torres Dantas                                                                                                                                   Escritor e Poeta                                                                                                                               www.genivaldantas.com  

 


 

 

Há uma crise inconteste entre a Presidência, o Congresso e as ruas

 

Por mais que queiramos nos afastar do momento político que passamos, o barulho que há entre os populares, estudantes e intelectuais, em conversas de botequins, roda de amigos, ambientes em clubes esportivos, ou mesmo na caminhada diária tentando começar um dia mais disposto, tudo nos leva a demanda entre poderes constituídos, mormente o Executivo e Legislativo, uma verdadeira queda de braço, antes velada, hoje exposta e anunciada aos ouvidos do mais simples e humilde morador da República Federativa do Brasil.

Partindo da premissa que cada poder com seus encargos e responsabilidades, muito tem nos assustado a interferência, principalmente, do Executivo sobre o Legislativo, talvez, e principalmente, por esse último ter a chave do cofre, sendo esse fato determinante para exigir contrapartidas, primordialmente, na liberação de verbas e atendimento de favores à sua base de apoio, que fica amarrada as manobras e boa vontade do governo central.

Mesmo o Governo Federal tendo as prerrogativas que o cargo lhe atribui, é penoso ver a cantilena daquele poder tentando apoio para aprovação de projetos do seu interesse, sem necessariamente ser de interesse da nação, de tanto observar o fracasso recorrente nas propostas do governo, seus aliados no Congresso tem lhe negado o apoio incondicional que era esperado, pelos motivos já mencionados. A falta de consecução dos propósitos, dos eleitos interlocutores, da máquina governamental, fica evidenciado a absoluta ausência de uma coordenação de liderança dos comandantes junto aos seus comandados.

A tentativa de aprovação de um imposto sobre a operações financeiras, indiferente se CPMF, ou outra denominação, o que fica claro é a total ausência de apoio daqueles que deviam hipotecar solidariedade nessa tarefa de difícil sucesso, conforma vaticina os maiores e melhores observadores políticos do país, esses apoiadores ficam ausentes nesse momento crucial, se aliando a oposição que fundamenta seu ponto de vista no fato de ser oposição ao governa e não a Nação, e mantem a decisão de não mais elevar a carga tributária que assola o poder de compra do brasileiro assalariado.

Como esse fato é de conhecimento do próprio governo, não vendo a menor possibilidade de fazer o reajuste, ou implantação com a alavancagem de um imposto antigo, corre em busca de apoio dos governadores federados e que fazem parte dos partidos da base aliada. Para essa missão é oferecido uma parcela do imposto a ser implantado, ficando a diferente entre os 0,20%, do governo, e os 0,17 ou 0,18%, adicionais, aos Estados da Federação. Triste é ver um governo sem apoio para implantar qualquer posição em socorro aos seus próprios desmandos, mais triste é a nação não ter noção de quem é o comando da economia, uma hora está perfilado com o Ministro da Fazenda, em outro momento com o Ministro do Planejamento, na maioria das vezes ninguém a quem recorrer ou apelar.

Essa imagem de descontrole do Governo Central, fica iminente ao ver o país sem caminhos ou saídas para a crise que avança sobre qualquer possibilidade de ajustes, e essa situação de desajustes foi implantada pelo próprio governo que insatisfeito com o percentual de 35,47% sobre nosso PIB, pode elevá-lo para 36,2% do mesmo PIB, considerando apenas, 0,20% de aumentos. O mais grave é que o governo repassa à sociedade brasileira a conta que o povo não deve, não usufruiu das benesses do dinheiro gasto. Para o próprio governo cortar na carne é repassar ao povo o custo do seu desgoverno, até agora nada foi dito ou lembrado, ou mesmo aventado com a possibilidade de cortes na estrutura do governo, como eliminação de 25% dos seus ministérios e barnabés, sem nenhum conteúdo técnico ocupam cargos de confiança apenas para agradar aliados políticos, sem, entretanto, oferecerem qualquer contribuição a nação, pelo contrário, funcionam como verdadeiros chupins do erário público, pagos pelo contribuinte tão maltratado pela máquina governamental.

O que nos conforta é que as medidas anunciadas não passarão no Congresso Nacional, já há consenso entre os congressistas, tanto da oposição como da situação consciente, esses abnegados e vigilantes brasileiros vão trabalhar para que essa anomalia imposta pelo governo seja rejeitada de forma integral, passando apenas aquilo que venha representar contribuições ao Brasil sem afetar os brasileiros, principalmente os mais carentes. Esperamos que esse comportamento não seja apenas um acaso, uma improvisação inerente aos políticos desprestigiados e como forma de retaliação, mas, se transforme numa atuação constante e definitiva para que tenhamos alguma luz para o futuro incerto da nossa Pátria.

 

Genival Torres Dantas                                                                                                                                 Escritor e Poeta www.genivaldantas.com 


 

A solidão da alma

 

Quantas vezes somos pegos sozinho, mesmo em companhia de várias pessoas, em ambientes completamente festivos, e nosso espírito é de verdadeiro retiro, isolado entre as luzes que traduzem o recinto alegre propício aos momentos de confraternizações, por entre os sons dos burburinhos, efeito das prosas, muitas vezes desencontradas, pessoas jogando conversas fora, apenas se fazendo presente entre muitos ausentes de alma. Somos todos compostos por esses detalhes que fazem parte das nossas vidas, independentemente de classe social, poder econômico, sexo, religião, até mesmo a faixa etária fica indiferente nessa hora, somos acometidos da solidão coletiva, aquela que nos impõe momentos de análise mais profunda e de efeito de correções dos erros cometidos, das falhas involuntárias até, ou não, das palavras que pronunciamos e que de tamanha profusão ofendeu muitos, até mesmo do nosso silêncio quando o momento exigia uma resposta e um posicionamento de nossa parte.

É pensando nessas tantas vezes que nos deparamos com o inconformismo da alma que somos remetidos a pensarmos sobre o que vem acontecendo com o mundo em construção, administrado por uma nova geração que de tanta pressa têm se perdido nos labirintos que o ritmo dos afazeres exigem e de forma cada vez mais célere. Nessa corrida necessária para não ser atropelado pela multidão que vem em forma de avalanche, e ser pisoteado pelos mais espertos e velozes, os erros passaram a ser fatais, pois, não há mais tempo de consertos ou remendos, para sobreviver com um projeto de vida positivo somos todos levados pelas estradas sem variantes nem contornos.

Os mais experientes também padecem da mesma doença da pressa e vão de forma desconexa e dissonante, interpretando seu papel nesse grande teatro que é a vida. Para nosso desconforto e decepção os epílogos nem sempre são como estava previsto no script, mesmo porque, nas caminhadas há sempre descaminhos, trechos em declives de tão acentuados são propícios aos deslizes, curvas próximas aos 45° de elevados índices de acidentes, trechos com tantos buracos que parecem estradas que levam nada a lugar nenhuma.

Dentro desse quadro de negritude plena o comando da vida fica também em mãos nervosas e sequiosas, não podia ser diferente, somos todos iguais nessa noite sem lua e sem vento a levar o barco à terra segura. Estamos todos procurando um norte que nos comporte e que se adeque as nossas necessidades básicas, já não suportamos o clamor dos desvalidos e desorientados, esses, muito mais que nós, que temos um pouco de discernimento e sabemos caminhar, mesmo tortuosamente, pelo muito que aprendemos e sabemos, ou pouco pelo que tínhamos de aprender, mesmo assim não somos capazes de andar ereto como ereto devia ser o homem depois do sapiens.

O pior de não ter para onde ir é não ter com quem ir, estamos nessa fase de incertezas e desencantos, um país com a nossa dimensão continental, hoje sofre da solidão dos líderes, se existem estão escondidos por entre os muros de arrimo para não ter que assumir uma missão das mais ingratas. Pior que construir uma máquina e coloca-la nos trilhos, é conserta-la deixando-a em condições de uso, refazer os trilhos, ter maquinistas preparados para transportar passageiros incrédulos no sucesso da viagem. Esse é exatamente nosso país, com uma máquina sucateada no pátio de manutenção, um maquinista sofrendo de síndrome do desacerto, sem nenhuma condição de seguir viagem, na solidão dos trilhos desalinhados, com a alma esvaziada sem nenhuma companhia que lhe sirva de alento, o que já lhe foi tão farto, hoje é uma estação vazia, como se fosse meia luz a esconder a deterioração promovida pelo tempo de exacerbação de uma opulência fictícia, da luz reluzente de um castelo de areia, de uma conta no vermelho sem provisão e previsão de pagamento.

A nação hoje é um campo de almas isoladas mergulhadas na solidão da esperança, vendo a sofreguidão daquela que vê no isolamento do cargo, a indiferença dos antigos aliados que sem escrúpulos jogam-lhe pedras, como se eles não fossem corresponsáveis pelo estado de penúria que estamos sendo submetidos, no compasso da espera tentando uma luz que possa surgir de algum lugar sinalizando o caminho a ser seguido e menos penoso.

O golpe de misericórdia foi dado, já não somos bons pagadores, nosso conceito foi desmilinguido, jogado num patamar inferior, ao mesmo nível daqueles que não souberam, como nós, honrar os compromissos assumidos, as promessas foram esquecidas e o respeito pelo outro ignorado, portanto, o ser humano sendo banalizado, tudo isso em nome da soberba e do nariz empinado; pelo projeto de permanência de poder aventureiro, sem nenhum conteúdo e sem critérios.

Não há como renascer das cinzas, como um fênix, tudo foi consumido, por isso, consumado, sejamos realistas, mas, não podemos nos entregar, esperar que um filho da pátria, e há tantos que podem e devem ser voluntários a essa missão tão nobre, dentre tantos que não fogem a luta, venha o nos tirar do marasmo e do desconforto moral e ético que nos jogaram depois de 12 anos, acordado que fomos, de um sonho sonhado no país das maravilhas, que pena, tudo não passou de um conto de fadas, quem sabe até envolvidos no conto do vigário, o tempo nos dirá!

 

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genivaldantas.com

 


 

Insensatez é querer imputar sistematicamente falhas a terceiros

 

O governo no seu consuetudinário das suas destoantes prerrogativas lança mais um balão de ensaio na tentativa de apresentar um novo pacote, um verdadeiro imbróglio escamoteado nas entrelinhas do desespero, para aprovação do orçamento do próximo ano, inovando, como sempre para pior, lança dentro do Congresso Nacional e no colo dos seus ilustres componentes, o dever de revisar e consertar os erros crassos da sua inoperância, repassando aquela casa de Lei, a responsabilidade de ajustes do orçamento, o que sempre foi e é uma responsabilidade do Executivo.

Como é sabido, depois de ver a inoportuna atitude ser enxovalhada e rejeitada pela sociedade incrédula, desiste momentaneamente, tenta mais vez, como lhe é peculiar, sem saber bem como tratar os seus afazeres, uma nova peça orçamentária mal elaborada, com a possibilidade de criar recursos para superar o déficit apresentado, tornando em positivo um resultado inicialmente negativo de R$30 bi, para isso, lança a ideia de aumentar o imposto de renda, cujo sacrifício maior ficará por conta da classe média assalariada, pois perderá R$60 bi, para fazer o resultado positivo nas contas do governo, de 0,7%, número inicialmente apresentado pelo Ministro da Fazenda, Joaquim Vieira Ferreira Levy.

Essas idas e vindas à execução do orçamento para o próximo ano é um reflexo direto, de quem está perdido no emaranhado de incertezas que paira sobre aquela pasta, da Fazenda, e os mentores da economia; como bem sabemos o Ministro Levy não é o responsável direto pela nossa economia, existe sem números de bisbilhoteiros, mal informados, pitaqueiros e donos da dosimetria do apanágio da viuvez, procurando desnuviar o que já se transformou num vendaval de desilusões. Nessa hora de incertezas e desalentos bem melhor seria se cada um se responsabilizasse pelos seus afazeres e deixassem quem realmente entende do ofício trabalhar sem intervencionismo nocivo ao resultado final de cada operação.

Enquanto o documento fica sobre malhete, esperando uma posição firme do governo federal, e antes disso, o Senado federal aguarda a cota de sacrifício proposto pelo próprio governo, eliminando 10 Ministérios, o que corresponde a quase 25% do setor, em números redondos, mas que não seja feito apenas a eliminação dos Ministérios, que seja feita um corte de custo e mão de obra nessa mesma proporção, e não desativar os órgãos e transferindo seu pessoal para outros setores, sem a devida dispensa de pessoal que possa legalmente ser dispensado, caso específico dos alocados dentro do governo sem nenhum concurso público, apenas para atender compromissos partidários, ou seja, servindo de cabide de empregos, o que tem tornado um hábito nos últimos 13 anos, como projeto de poder.

O mais alarmante é não ver nenhuma iniciativa do governo federal com intenção de fazer sua parte nessa difícil tarefa de descontinuar o modelo gerencial ora em execução e por em prática gestos e atitudes aglutinadoras de pensamentos positivos e colaboradores, tirando do caminho as amarras indesejáveis a nossa economia. Além de nada fazer para contornar os problemas cruciais que atinge toda a nação brasileira, o mesmo governo tenta passar à opinião pública a ideia que está tudo bem, anunciando a terceira etapa do Nossa Casa Nossa Vida, quando as construtoras envolvidas nesse processo encontram-se endividadas e com sérios problemas de liquidez, exatamente para falta de pagamentos por parte do governo que não tem honrado seus compromissos junto aos fornecedores de vários setores. Essa atitude sem nexo não é mais um ato de irresponsabilidade administrativa, mas uma questão de lucidez e problema mental. Enquanto isso, outra ala governista anuncia acertos e desaceleração no programa Nossa Casa Nossa Vida.

Esses conflitos de interesses só eleva a tensão no sistema já tão abalado e desacreditado, tornando as coisas incontroláveis e sem previsões de um acomodamento dentro de um prazo factível e viável na elaboração e execução. A presidente Dilma definitivamente parece que desacredita nos próprios fatos do dia a dia, quando tenta achar que pode até ter errado, se errou foi por conta dos gastos sociais, como se esse fato lhe credenciasse a gastança exagerada.

Com esses impasses até mesmo a permanência do Ministro Joaquim Levy fica absolutamente incerta e todo sistema vulnerável, por culpa absoluta da falta de clareza por parte de um governo incoerente até mesmo nos fundamentos dos seus conceitos, cortando gastos na educação quando se apresenta como uma Pátria Educativa.

 Genival Torres Dantas

 Escritor e Poeta

www.genivaldantas.com

 

 



Um caso de difícil solução

 

 

Já disse um dia uma ex-ministra do governo Dilma: quando a coisa está feia relaxe e procure entrar em transe, claro que a afirmativa não foi bem com essas palavras, tudo é questão de interpretação, mas o sentido é o mesmo. O nosso país tem convivido com uma tragédia de constante, incessante crescimento e espessa expansão, composta de veleidades calamitosas e incongruentes ideias manifestadas pelos nossos gestores de limitada coerência.

Não bastasse a crise moral, econômica e política, agora temos um quadro de uma dramaticidade empírica, pois, seus “artistas” são de longe os grandes protagonistas de profundas mudanças no jogo das cadeiras, sempre se justificando pela permanência no poder e dele se espraiando entre as frestas dos organogramas com uso dos seus tentáculos polivalentes e de uma gula incomensurável, manifestações dos olhos gordos dos insaciáveis. Vendo a safra chegar ao seu final, antes do tempo, com colheitas incertas para o futuro, descaminhos deslumbrando-se como forma de cascatas de cachoeiras caindo sobre um poço raso e de pedras pontiagudas, não é de bom arbítrio esperar por uma enxurrada tornando as águas mais volumosas e céleres em direção ao desfiladeiro, nesse caso a queda seria fatal.

A prudência diz que é melhor descer do barco, tentar chegar à margem, mesmo com risco da adversidade do tempo aliado a distancia e o cansaço, que seguir em barco desgovernado e sem piloto, com um desenho futurológico de um desfecho de final trágico, ou seja, uma tragédia longamente anunciada. Seria um erro crasso, para quem em tantas outras oportunidades já saltarem de outros botes em águas menos perigosas, continuar sem perspectiva nenhuma apenas pelo bel prazer de continuar puder, sem poderes, e oprimidos pelo próprio sistema a lhe exigir coerência na prática dos malfeitos, um termo carinhosamente usado pelos delituosos na consumação dos delitos, nada novo, apenas práticas dos novos tempos.

Esse partido de patranhas desmedidas tem nome e CPF, com invejável controle dos poderes constituídos, detém a vice-presidência da República, a Câmara Federal é presidida por um dos seus membros e o Senado Federal em conjunto com o Congresso Nacional são também presidido por outro dos seus membros mais operosos. Muito embora seja o principal aliado político nessa estranha montagem de governabilidade, portanto, participante da base aliada de apoio ao governo, sente-se a vontade para sair do acordo político e ainda, propagar suas ideias de verdades ilibadas, mesmo estando o governo, seu aliado, mergulhado em um mar de mentiras, origem de todo esse desgoverno que cai sobre nossas cabeças, numa situação bastante desconfortável para nós que não apostamos nada nessa conjuntura de caráter demoníaco. Por essa razão, tenho um sentimento de extrema sinistrose para com o futuro do meu país, sinto que ele esteja fadado ao descompasso e descaminho por um longo período.

Caso o sistema de governo atual não suporte o clamor das ruas e por razões outras que não seja a sua própria vontade, mesmo que vindo dela, o futuro fica tão incerto como incerto é o atual quadro de negritude absoluta. Quando existe a queda de um governo, espera-se que a oposição assuma uma postula de governança e com o apoio popular, e dos poderes que uma Nação é envolvida, haja uma trégua entre as forças e prevaleça o consenso e tudo seja feito pela governabilidade do país. Entretanto, o que há no Brasil é uma situação descaracterizada pelos absurdos cometidos na gestão de muitos desajustes, uma oposição fragilizada, com os mesmos princípios dogmáticos, sem oferecer nenhuma alternativa viável e que possa trazer um mínimo do novo, e nesse bojo, trazendo um pouco da esperança que o povo ainda tem nas nossas lideranças que fraquejam diante do impasse criado pela absoluta falta de confiança na classe política.

Somos, portanto, todos reféns, ilhados e sem equipamentos de navegação, a mercê de um tempo bom, e que venha ao nosso socorro um navio de alta cabotagem, e confiável, que nos tire da terra em chamas e nos coloque em outra margem, porém do mesmo país, ainda não atingido pelas labaredas da insurreição esquerdista, tão maligna quanto sórdida, que temos convividos nos últimos anos.

 

Genival Torres Dantas

genival_dantas@hotmail.com

www.genivaldantas.com


 

Os algozes da República tiram o viço do tesouro

 

O ufanismo extremado e exageradamente contido na defesa da politica governamental, pelos seus sectários, só aumenta a certeza que temos da absoluta falta de conhecimento de políticas publicas e noções da ciência administrativa que devia ter o cidadão que se dispõe a defender uma causa, seja ela meritória ou não, mas, que se faça com consciência e conhecimentos dos fatos para que durante o embate não seja uma preia de fácil domínio.

Pobres seguidores do governo petista, depois de tantos desacertos e desventuras do sistema desacreditado, interna e externamente, cercados por mentiras escabrosas e devaneios sonháticos, ilhados pela lama que desestrutura qualquer plataforma de sustentação, imagine se erguida em areia movediça, como é o caso da atual administração federal.

Finalmente, a outrora massa de manobra, hoje elite do poder, se rende as verdades que vieram à tona na proporção que o dinheiro foi sumindo, o mundo encantado da fantasia desmoronou, a falta de critérios e conhecimentos para formular um projeto viável e de longo prazo, fez dos ganhos sociais conseguidos nos últimos 20 anos viraram fumaça e entre nuvens desapareceram por entre as serras e as matas que ainda insistem em permanecerem como testemunhas de um tempo que não mais voltará.

Os novos tempos mostra uma terra sem controle e sem governo, enquanto às grandes cidades o preço para conviver no seu seio, muitas vezes, custa à própria vida, pela presença do crime organizado que mantém controle de uma população temente e carente dos recursos mais elementares para a subsistência do ser humano, nesse entrave que é a polícia tentando não perder o total controle e os criminosos que fazem reféns os mais desditosos, impondo-lhes normas e procedimentos para se manterem  dentro de suas comunidades, adotando (explorando), os próprios filhos dos trabalhadores que ali moram, para servirem de mensageiros, mulas e informantes para o trabalho do tráfico, hoje, já sendo visto em plena luz do dia, e em espaços que ultrapassam o limítrofe da cracolândia, dentro das metrópoles brasileiras, e se insurgindo por entre escolas e ruas tementes e mal cuidadas.

O caos é o espelho que temos e somos, o brasileiro já é um povo com a massa trabalhadora de 8% de desempregados, estudantes sem vislumbrar uma situação de estabilidade nos seus ofícios, o governo já não garante o financiamento que antes era mantido como um símbolo dos novos tempos e de uma administração voltada plenamente para o social.

A saúde pública não mais atende os mais aflitos e necessitados, é preciso que tenha sorte para ser escolhido entre os mais enfermos e ter a felicidade de usar um leito hospitalar, produto em falta pela escassez de equipamentos e mão de obra especializada e abundancia de moribundos.

Enquanto vamos driblando a própria sorte para não morrermos a esmo em qualquer fila de qualquer Estado e de qualquer cidade, é preciso ter o devido cuidado para não ser atropelado por um carro desgovernado, dirigido, muitos vezes, por alguém em verdadeiro estado de embriaguez, ou drogado por qualquer droga que lhe convenha, que se aventura pelas ruas como a não respeitar a lei, se ela, a lei, não é respeitada nem mesmo por aqueles que deviam respeitá-la.

Nos corredores dos palácios são costuradas negociatas políticas para que aprove o orçamento do ano seguinte, já estruturado transparente e cristalino, com um déficit calculado, acima de R$30 bi, visto sem óculos nem lupa, e informado para não haver dúvidas e nem acusações de improbidade administrativa. Uma verdadeira panaceia! O governo prefere tomar medidas de solapam, sem critérios e nem medidas, apenas o fazer por fazer, sem medir as consequências da inconsequência, como retirar um fardo das costas, jogando ao ch&atil